sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sociedade Civil, Estado e Mercado II

Contrapondo-se à publicação do Trecho Bíblico passado, esta nos traz um viés biológico da problemática. E define a sustentabilidade pelo fator saúde/conservação como é colocado em negrito abaixo. Nada de mobilização, nada de intervenção social, só passividade. Esse modelo de transição ecológica será censurado pelo Mercado, o Estado é comandado implicitamente pelo Mercado, que vai fazer com que esses agricultores se tornem consumistas de fato, santa extensão hipócrita. Duvido se esse professor não fosse de uma Instituição de Ensino Superior, não houvesse um apoio da EMATER, ele estaria ainda desenvolvendo este trabalho. Devemos colocar conclusões mais críticas. Não só receber esses modelos prontos de revolução passiva instantânea.
Como é sabido, o ideal de sustentabilidade que vem sendo construído nas últimas décadas teve um grande impulso a partir de 1972, com a Conferência de Estocolmo, e ainda requer grandes transformações nos modos de vida e nos padrões de produção e consumo vigentes nas sociedades. Seria dispensável afirmar que qualquer patamar de sustentabilidade que se almeje alcançar vai exigir grandes cuidados com a base de recursos naturais da qual dependem a atual e as futuras gerações. Por isto mesmo, o desenvolvimento sustentável exige a construção de estilos de desenvolvimento rural e de agricultura sustentáveis. A atividade agrícola, na perspectiva da sustentabilidade, deve proteger e conservar os recursos naturais não renováveis assim como deve produzir alimentos sadios, livres de contaminantes químicos (e acessíveis a toda a população). Ademais, a agricultura para ser sustentável não pode ser causadora de êxodo rural, assim como não pode ser responsável pela contaminação do ar, do solo e das águas. Também não pode ser geradora de externalidades incontroláveis que afetem negativamente a saúde de homens e animais.

Portanto, caminhar no sentido da construção de estilos de agricultura de base ecológica faz parte do imperativo socioambiental da nossa época. Não obstante, dadas as complexas condições objetivas impostas pelo padrão de desenvolvimento rural e da agricultura (sejam elas de natureza econômica, social, cultural ou política), ou mesmo pelos limitantes ambientais determinados pelos níveis de degradação dos agroecossistemas (que precisam ser recuperados para permitir a construção destes novos estilos de agricultura sustentável), a busca da sustentabilidade precisa ser guiada por um processo de ecologização permanente e continuo no tempo e por uma transição agroecológica gradual e segura.

CAPORAL, F. R. Superando a Revolução Verde: A transição agroecológica
no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. http://www.agroecologia.uema.br/publicacoes/Superando.pdf

1 comentários:

Botou pra descer!!!

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Duvido se esse professor não fosse de uma Instituição de Ensino Superior, não houvesse um apoio da EMATER, ele estaria ainda desenvolvendo este trabalho. Devemos colocar conclusões mais críticas. Não só receber esses modelos prontos de revolução passiva instantânea.
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BOOOOOOA!

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