sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Síndrome do "Meme Egoísta"


Trazer a pesquisa para o contexto social é o sonho de muitos extensionistas, professores e militantes. Já foi discutido, há algum tempo, o papel da extensão na sociedade, e o quão prejudicial é a omissão do conhecimento, da parte de vários pesquisadores, para a comunidade.

Me sinto enojado com a hipocrisia de pessoas que clamam por amor, amizade e justiça, e mesmo assim tentam trancar o conhecimento para si. Uma prática muito comum é a não divulgação das informações. Uma entre vinte pessoas irá compartilhar notícias sobre o meio acadêmico, por exemplo.

Em relação aos trabalhos, estes são considerados "sem valor" ou "sem credibilidade" quando feito por muitos autores... que palhaçada!! Isso é desculpa de uma sociedade egocêntrica que visa apenas o desenvolvimento das pessoas mais próximas. As panelinhas.

As pessoas pesquisam escondidas, não querem falar que estudam, não dizem, ao menos, sobre o que estão pesquisando!!

Para que pesquisar então? Para guardar o conhecimento consigo como uma forma doentia de adorno sadomasoquista? Alguem vai ler seus resultados não vai? Sua ideia vai ser divulgada não vai?

Que vão pra o inferno os hipócritas sem-vergonhas, que querem restringir o conhecimento, ou mastigá-lo e cuspir em cima dos estudantes! Se bem que nos dias de hoje, é só você dar bobeira que sugam o teu sangue até a ultima gota, e você será o último a saber!

Que dilema..





Ps:

Esse é o Post número 200 do nosso Blog!!
Eu quase não estou acreditando nisso!!! =D Parabéns Equipe Holística Diária, vocês são demais!!!

Digam SA!!! =)

Impossivelmente possível

O termo mais fiel existente é a probabilidade. 50%, 60%, 0,093728%... O que dizem esses termos?


Talvez não digam nada, apenas excluem a "mãozinha" do querer de alguém. Confuso? Vamos esclarecer. Qual a probabilidade de nascer uma menina? 50%. Qual a probabilidade de nascer uma menina filha de pais de pele clara, nascer com a pele escura? 25% (hipoteticamente). Qual a probabilidade de nascer ou ter nascido uma menina no ano de 2008, na cidade de campina grande, no hospital da FAP, às 8:00 horas da manhã, filha de Maria e de José, e que os pais se conheceram em uma viagem no exterior, se atraíram e posteriormente casaram? 0,08232421%. Consideravelmente nula, possivelmente cabível, talvez improvavelmente testável.


Essa historinha toda remete apenas a um ponto final: Probabilidade. Independente do querer de algo ou alguém, coisas acontecem. Dá-se o meio termo de 50% ou metade para a maioria dos casos. Comprar ou não aquele objeto? Ir ou não? Dependemos do "não-tão-livre-arbítrio". A liberdade é condicionada a 50%. Estudei horas por dia, durante meses, assistia e participava das aulas no cursinho/colégio, a concorrência do meu curso fora de 2 candidatos para uma vaga e fiz a prova do vestibular. Qual a probabilidade de eu ter obtido uma das vagas disponíveis? 90% (hipoteticamente). Eu passaria ou não, só que tive mais chance de passar. Se passei, não foi deus nem Jesus cristo que quis. Buda também não. Fora apenas a probabilidade. Não o querer dela, fora apenas o seu ato, inconseqüente e insensível, palavras tão antropocêntricas.

Não estudei horas por dia, não participava das aulas no cursinho/colégio, a concorrência do meu curso fora de 18 candidatos para cada vaga e fiz a prova do vestibular. Qual a probabilidade de eu ter obtido uma das vagas disponíveis? 10% (repito, hipoteticamente). Eu passaria ou não, só que dessa vez a probabilidade seria menor. Se não passei, normal. Se passei, seria deus? Muitos afirmam que sim. Normal, a burrice está na genética de 94% da população (hipo, bem hipotético).

O que define algo é simplesmente a probabilidade, e que, independente de ser alta ou baixa, coisas acontecem (assombroso?). Ao assumir o pressuposto de que sou um indivíduo especial e que, por isso, Jesus ou deus, ou seja lá quem for, só quer o meu bem, a probabilidade deixa de existir. Passei no concurso (foi deus quem quis). Não passei no concurso (deus achou melhor assim, ele sabe o que faz). Caberia um vasto espaço para uma boa gargalhada, mas dou a liberdade de escolha do leitor de rir ou não.

O achismo, vastamente empregado na sociedade por intelectuais que só tem força de expressão embaixo do próprio teto, e força apenas contra crianças e acéfalos, virou moda. Não existe mais o correto, o real, e sim o que José acha ou Paulinho.

A probabilidade não trabalha com essas ferramentas. Aos que consideram a existência de um deus, a ele ficou empregado apenas o trabalho de jogar os dados, o resto a probabilidade define. Pergunta final: Qual a probabilidade de outro alguém escrever um texto igual a esse, e o mesmo texto estivesse sendo lido por você nesse exato momento? 0,00000000004345234. Uma coisa tenho certeza, você está lendo.

Deus morre aqui.

Holistica nossa de cada dia

Queridos amigos e amigas do Holística Diária, boa noite!

Gostaria de falar um pouco sobre nosso querido Blog.

O Holística Diária esta tomando dimensões maiores do que o esperado, e isso é uma vitória!

"Comemorai-vos!" hehehe

Neste mês conseguimos um link para o Holística Diária em uma notícia da UEPB, e a divulgação corpo a corpo esta ocorrendo muito bem!

Este "fenômeno" é consequencia de um trabalho bem feito. É sinônimo da seriedade, da inteligência e da criatividade da nossa equipe: Os queridos autores. Aos leitores, o ouro! Porque se há conteúdo de qualidade neste espaço virtual, ele foi escrito para vocês, e pensando em vocês! Gostaria de agradecer a todos que vem acompanhando o blog, e me desculpar em alguns aspéctos:

  1. Exite uma diversidade de autores em nosso Blog e, consequentemente, de idéias. Alguns textos podem agradar a uns e outros não, isso é evidente. É esta diversidade de idéias e é este diálogo saudável que estamos buscando. Quero me desculpar pela falta de Homogeneidade na nossa Heterogeneidade de posts!! Acontece que todos temos outras ocupações, e muitas vezes não temos tempo de postar com frequencia... mas isso será sanado, não se preocupem.
  2. Em segundo lugar gostaria de pedir desculpa por meio que ter transformado nosso querido blog em uma pequena "casa de luz vermelha" abrindo espaço para inescrupulados virem e destruirem os nossos debates filosóficos. Digo que daqui pra frente, os comentários anônimos, ou os pseudônimos, não relevantes serão apagados. Medida justa, e em respeito àqueles que passam horas atrás do teclado bolando um texto legal para postar aqui, e para os leitores que sempre se comprometem em participar ativamente e de maneira saudavel dos nossos debates.
Além disso, quero deixar algumas dicas para vocês, autores, para agilizarmos ainda mais a dinâmica do nosso blog, e conseguirmos mais credibilidade.
  • O nosso blog presa pela diversidade, porém devemos usar o bom senso, ou no mínimo, parcimônia, ao escrever nossos textos, e pensar se estes irão ser realmente relevantes.
  • O Blog é um espaço de todos, então não vamos recriminar sem fundamentos nenhum, ok? Um ambiente saudavél é melhor para todos.
  • Fiquem atentos a fatores estéticos em suas postagens. Um post atraente rende leitores!
Ex:


1 - Tem gente esquecendo o título!! Gente, o título é o "chama" pra sua postagem! E uma postagem sem título não aparece no google quando alguém for pesquisar por ela.

2- Usar imagens sempre é bom. Quando você coloca imagens no seu post, ele aparece automaticamente no slideshow que fica do lado direito do nosso blog. Quer seu post passando la? Coloca uma imagem nele! (Pode ser do seu PC ou qualquer uma hospedada na net)
Ps: Vamos usar bom senso nas imagens também ta?

3- Um texto justificado se torna mais organizado e mais gostoso de se ler. ;>

4- Links "clicáveis". Quando agente quer recomendar algum endereço de site, para não colar aquela URL toda troncha no post, e fazer o leitor ter que copiar e colar, é legal usar esta ferramenta. É só selecionar o texto que você quer que seja "clicado", clicar no botao, e colocar o link na caixinha.
É mais lega clicar aqui
Do que: Visite esse site: http://holisticadiaria.blogspot.com/

Outra coisa legal sobre links, é que durante nosso texto podemos colocar links pra outras postagens, de colegas!! Assim, valorizamos os nossos companheiros, e ainda enriquecemos nossos posts!!

5- Os marcadores são fundamentais para uma boa navegação. Imagine que eu quero ver só as postagens que tem a ver com a Caatinga... Eu posso usar a busca, porém é mais eficiente clicar em uma sessão que diga: Caatinga!
Temos do lado direito uma nuvem de tags que são as nossas categorias de posts, como vocês já notaram! Assim que vocês atribuem um marcador a seus textos, por exemplo, Ciencia, o mesmo irá automaticamente para esta nuvem.

6- Caso tenha alguma dúvida sobre os marcadores já existentes, clique em "mostrar tudo" e a lista toda será apresentada.

Então é isso pessoal, fica aqui o meu muito obrigado a todos que vem acompanhando, e um grande abraço!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

É Burrice e Palhacada viu Anônimo!!!


Será que ótimos alunos são aqueles que sentam na primeira fila anotando todas as pausas pra respiração dos nossos "maravilhosos professores".. e, no fim das contas não lembram nem o que bioluminescência?!

Ou aquelas que no dia da prova vão com micro saias do tamanho de um band-aid pra distrair professores babacas... e enquanto esses babam elas confirmam nos lembretes todas aquelas respostas sobre bioeletrogênese e têm no fim seu tão merecido dez?!

Ou aqueles que adoram o mestre querido na sua frente pra ter sua boa nota, e por trás malham o pau no docente decadente?!

Eu acho que não...

Mas nós, queridos "Ofídios", sabemos quem e o que faz a real diferença ali dentro...
E, por isso, não tenhamos a danosa esperança de libertar a todos; pelo contrário, deixe-os vendados, presos... afinal de contas nós sempre precisaremos de alienados, inclusive daqueles que (imerecidamente) AINDA estão hierarquicamente "acima" de nós. Quem nos servirá se libertarmos a todos?
Deixem que os capazes se libertem por merecimento, por mérito.. Só esses são dignos da luz do conhecimento! E isso não é crueldade, é justiça: "Seleção Natural"!

No livro traduzido várias vezes há uma passagem interessante:
"Não lancem pérolas aos porcos"!
Então não desperdicemos nossa peçonha com discussões que não compensam nem para alimentar nossos egos, por se tratar de algo tão insignificante e desprovido de qualquer respaldo, por mínimo que seja... É "garapa"... O Anônimo é café com leite!

Eu nunca vi um palhaço anônimo ser reconhecido pelo sucesso... nem um pseudo herói covarde ser estimado por seus grandes feitos... Assim, Anônimo e Covarde são adjetivos complementares que conduzirão nosso tão nobre comentarista ao "elevado degrau" abaixo de nós, que é onde ele conseguirá chegar! Sempre abaixo de nós!

Incito que façamos algo mais proveitoso do que perder nosso tempo com o que está aquém de nossas perspectivas... Minha sugestão de algo que insere-se imediatamente acima desses comentários toscos é o Bitstrips! Deleitemo-nos!
Pronto! Já perdi tempo demais com nada por hoje... Vou almoçar!!!
"SA" Amém!

Evolução Ontogenética

A Evolução Ontogenética, compreende o atual Devo, do Evo-Devo, a Biologia do Desenvolvimento. Uma das formas de evolução, onde compreende o nascer, envelhecer e morrer, a ontogenética. Outro tipo de evolução está ligada a separação de grupos com caracteres em comum, a Filogenia. Um dos que falaram que a Ontogenia recapitula a Filogenia, foi Haeckel, e abriu um grande passo para a inserção da Filogenia na Ciência.

"- Cadê a evolução acontecendo agora?"

Esse é um dos sensos-comuns utilizados por aqueles que adoram argumentos 'ad hominem'. Podemos ver a evolução ocorrendo agora, a partir do que chamamos de Ontogenia.

Nasce, cresce, reproduz e morre.

Poucos sabem disso, e poucos querem ver a evolução in loco?

Um exemplo de cladogênese, divisão de grupos de 'bichos/plantas', está ligado aos indivíduos que têm ciclo de vida pequeno, "poucos anos de vida". Através das diversas reproduções e parentescos de quadragésimo grau, podemos perceber a variabilidade, e até mesmo a especiação como ocorrem em drosófilas. Então, o que é o ciclo de vida senão a Ontogenia? O que são diversos ciclos de vida senão a variabilidade? O que seria a Filogenia senão a causalidade de diversas reproduções onde ocorrem a variabilidade?

"Post especial ao meu amigo Uirá, feliz evolução ontogenética."

sábado, 25 de outubro de 2008

Onipotência? Onisciência?

"Can omniscient God, who
Knows the future, find
The omnipotence to
Change His future mind?"

Karen Owens

Opine sobre...

Capitulo VII da Constituição Brasileira

Bem hoje estava conversando com o nosso amigo e criador do Blog Holística Tiago sobre a reabertura da inscrição do vestibular da UEPB, estava comentando a ele que não acho essa reabertura da inscrição injusta, pois acho que todos os alunos de instituições publicas tem direito a isenção, pois entrará na universidade aquele que se preparou e estudou mais para prestar o vestibular. Entrará aquele que mais se capacitou para realizar a prova. Pois bem resolvi ir atrais de algo que me axuliasse na exposição da minha opinião e busquei me basear na constituição.

Capitulo VII da constituição:

-Dos Direitos Fundamentais Dos Brasileiros:

4. Igualdade de Oportunidades:

Assim como a igualdade perante a lei se constitui em um dos pilares do Estado de Direito Liberal.
Abstratamente considera, o principio da igualdade de oprotunidades nada tem de particularmente novo:não passa da aplicação do principio de justiça a uma situação, em que existem varias pessoas em competição para obtenção de um objetivo unico, isto é, de um objetivo que so pode ser alcançado por um dos concorrentes-o mesmo numero de jogadores em cada um dos times adversarios, o mesmo numero e a mesma dificuldade nas questões de um concurso publico, por exemplo.
Ela passa a ter importancia politica quando, transplantado para a vida politica de um Estado, isto é , quando tem por objetivo colocar todos os seus membros na condição de participar da competição pela vida ou pelo que é vitalmente mais significativo, a partir de condições iguais.

Espero que todos opine sobre esse assunto, pois assim faremos um debate democratico e chegaremos a uma conclusão na qual ajude a resolver qualquer embate sobre esse assunto que se repercutiu tanto em nosso Estado.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Síndrome do "Biologia é um saco"

Após tantos estudos, tantas tendencias pedagógicas que viram e foram, por que a sociedade ainda está presa no conceito contextualizado de disciplinas e "matérias" isoladas? Porque ainda existe essa dicotomia?

Como em qualquer bioma, ou ecossistema, um determinado organismo só vai sobreviver se as condições estiverem favoráveis para tal. Acontece exatamente assim para modas ou "tendencias". Presenciamos um descaso com a educação por que este descaso está "muito bem, obrigado", sendo nutrido por um sistema manco, ou melhor, capenga.

Desde que tenho contato com estudantes de cursinho pré-vestibular, ou do ensino médio como um todo, venho contraíndo um certo nojo de como os conteúdos, até então chamados de programáticos, estão sendo dispostos e apresentados para estes jovens. Tomando como exemplo a "disciplina" de Biologia, posso afirmar sem medo que grande parte dos alunos acha a mesma "um saco", como eles mesmos expliclam: "Nome demais para decorar", "Coisas que eu nunca vou usar na vida" e a mais trágica: "Não tem nada a ver com a área que quero"...

Mas como não pode ter a ver com a área que esse rapaz quer afinal, se ele vive em uma sociedade, que esta inserida em um bioma, onde ecossistemas estão interagindo. A própria criatura é um ser vivo, que depende do seu funcionamento fisiológico e hormonal para porder chegar a esta conclusão! Como esses jovens podem ser tão cegos a tantas coisas às estações do ano, à comida que esta na sua mesa, a hora que vão ao banheiro, ao sexo!?

Simplesmete porque existe substrato para sustentar a ignorancia.

Neste caso, ataco diretamente o ponto mais alto, o que causa grande parte desta alienação. O vestibular. Este exame se torna motivo de três anos de estudo (ensino médio), ou até mais, para quem estuda cursinhos por aí afora. A prova é totalmente "bitolada" e leva em consideração termos arcaicos, cálculos intermináveis e uma descompartimentalização da mente destes alunos, que se desligam do mundo e partem para cima de livros com conceitos mais arcaicos ainda.
Não tiro a razão de quem fala que a "disciplina" Biologia é chata. Ora, do jeito que ela é apresentada para os nossos estudantes, o que poderíamos esperar?! E a história continua, se refletindo em várias outras áreas do conhecimento, que alguém muito inteligente dividiu para facilitar a formação de profissionais alienados que não se dão conta que vão morrer sufocados com o aumento do CO2, ou que não sabem o porque aquele tombo de ontem criou uma "casquinha".

Pode parecer repetitivo, mas irei (Iremos) repetir e ir contra esta corrente até o pilar cair!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Criticas Matinais

Hoje, acordo e me deparo com o argumento do lucro, visado pelos cientistas, ou melhor por toda estrutura científica. Acordei, li os noticiários, e logo percebi "Químico que deu Nobel a colegas, hoje dirige uma van", contando a história de Douglas Prasher.

Os sensacionalismos começaram quando mostrou que ele ficou desempregado, e com baixa-estima por não ter ganhado a bolada de alguns milhares de dólares como gratificação ao ganhar o mega prêmio da Indústria Científica.

Claro que perguntado pelos repórteres da New York sobre algo ligado ao lucro, responde prontamente à imprensa, que não estava confortável com a situação de perda do prêmio. Embora, acho que outras perguntas tenham saído quanto a vida dele, só colocaram as perguntas de cunho "interesseiro" para ele, do estilo "- Como você se sente sem o prêmio?", "-Como foi essa experiência de não ter o prêmio em mãos?", ... "- Como você se sente sem os milhares de dólares.?". Esta última, acho que foi descaradamente, uma das primeiras, embora seja achismo de minha parte.

Será que o fim de fazer Ciência atualmente no mundo é esse? Lucrar?

É o mesmo sistema de ir a qualquer Congresso Científico atualmente, há os orientadores, os bolsistas e os futuros bolsistas. Não há mais profissionais, mas futuros empregados na indústria da Ciência, onde vão tocar outros eventos científicos parecidos, para perpetuar essa transmissão cultural extremamente danosa à Academia.

Enquanto isso, o Prasher dirige uma van, e é claro, com todo sensacionalismo por parte dos entrevistadores, responde timidamente.

"Há outras pessoas que mereceram muito mais do que eu", afirmou. "Elas ralaram a vida toda pela ciência, eu não."

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Medicina Pecuária

A medicina veterinária agora é pecuária, este é o retrato atual do curso de Medicina Veterinária nacional. Os bacharéis, intitulados "doutores", estão maquinando melhores estratégias para satisfazer o ego(centrismo) em busca do capital. O que me surpreende é que diversos deles são filhos de latifundiários, que criam em seus currais diversas cabeças de gado, lucrando demasiadamente em cima da morte de animais. Animais estes que são bem estudados pelos próprios, tanto economicamente, quanto biologicamente, as células nervosas, os impulsos nervosos, o ato reflexo, a dor. Não entrarei em ditames biológicos em minha argumentação, mas principalmente em cima do "tanto economicamente".

Após a criação do curso de Medicina Veterinária, cursos, a exemplo de Zootecnia, entraram em jogo para satisfazer a demanda do Mercado, a cada dia os subsídios aumentaram para a Indústria da Carne, do Desmatamento e da, conseqüente, Desertificação. Um exemplo é analisar o discurso do "- Agregar Valor" e entreter a população com argumentos de produção animal, qualidade do queijo, do leite, caprinocultura, ovinocultura. Aplicar, em segundo lugar, a argumentação: "- Na Paraíba não precisamos de biólogos para estudar o mar, e sim a Caatinga, estudar o mar é desnecessário!". São duas argumentações que utilizou um dos cabeças do INSA, Instituto Nacional do Semi-Árido em palestra na Semana de Biologia de Cuité.

O que realmente assola o Semi-Árido atualmente? A Pecuária, mais precisamente a Caprinocultura e Ovinocultura. Além dos bovinos compactando solo, transformando a vegetação arbustiva em herbácea, e o estrato herbáceo em solo pedregoso, observamos grandes áreas, onde a Produção Animal se apropria em prol do lucro. Como não conseguimos instalar uma forma de renda onde não extrairíamos os recursos naturais altamente adaptáveis, mas sim valorizaríamos em troca do tão almejado salário mensal. Poderíamos utilizar a publicidade de nossa fauna e flora altamente adaptadas ao ambiente (nos respectivos habitats), pesquisas com substâncias que são utilizadas pelas comunidades rurais advindas da Caatinga (sem antes a biopirataria patentear a substância), utilizar-se da Agroecologia com plantas nativas e de valor comercial, juntas, constituindo os agrossistemas. Muitas outras atitudes podem ser utilizadas para valorizar nossas riquezas biodiversas, heterogêneas, históricas e culturais, estas últimas sequer são citadas. A política da fauna é a pecuária, e política da flora é a monocultura, a convergência destes é o espelho do Mercado, da Agropecuária, que recebe incentivos exorbitantes do governo, se já não bastasse as empresas aplicando milhonárias cifras em prol do lucro.

Não é preciso estudar o mar? Então, se poucos soubessem o poder da ecologia e do holismo no mundo, saberíamos também tratar a maior parte do planeta com respeito. Cito isso em comparação simplória, estudada no ensino fundamental. A comparação da Hidrosfera com a Litosfera, o quanto a hidrosfera influência na temperatura, nos ventos, na precipitação, na vegetação da Caatinga? Argumentos danosos, provocadores, e dignos de senso-comum são disseminados todos os dias pelas palestras no Brasil e no mundo, posso exemplificar isso pois pessoas-chave de representação do Semi-Árido são as principais disseminadoras destas falácias estapafúrdias.

Espero que discursos em prol de uma Caatinga com gado de corte, pecuária extensiva e intensiva, estatísticas baseadas em cabeças de gado, não sejam mais utilizadas, devido às propriedades danosas destes elementos na natureza.

O mesmo, do curso de Medicina Veterinária, onde os formados pré-potentes intitulados doutores na Mídia Tupiniquim, como notei em um dos canais abertos de teor religioso (sic), podem se apropriar destes espaços para publicitar a Pecuária, amiga íntima da Monocultura e do Extrativismo Mineral. Espero que o futuro profissional destes, que estudaram profundamente animais dos mais diversos gêneros não sigam contra eles, onde a Medicina Veterinária e a Zootecnia convergem para algo que podemos chamar de Medicina Pecuária.

A cura da morte.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fapesq e premiação!


À se cumprir uma agenda hebdomadária, apareceu uma majestosa folga em uma certa segunda-feira. Falo em termos do prêmio Telmo Silva de Araújo, evento patrocinado pela fapesq (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba). A disputa tinha como finalidade entregar, além do valor financeiro de 2.000,00 R$ (dois mil reais), ao vencendor a publicação de um livro, o qual escrito e inscrito para o evento. O melhor não vem do fortalecimento de eventos científicos na paraíba ou na sociedade em geral. O bom é que o vencedor da Categoria Universitário fora um sutíl ofídio... Thiago Emmanuel Araújo Severo!, mais conhecido como severo, ou "ô veneeeeeeeeno". Aluno da Universidade Estadual da Paraíba, enviou o projeto “As cadeias reativas verdes: sustentabilidade e preservação no Semi-Árido paraibano”. Nada mais orgulhoso para os membros do holística e colegas de sala dessa incrível "criatura", e quem sabe, orgulho maior como amigo (se é que ele nos considera como!). Parabenizo também os outros autores do livro: Ribamar e Magna (ofídios) e Noiana. Grato por ter provocado esse sentimento altruísta. É de vocês!!!

Lomba Troncha: Monólogo mental de um drogado resmungão!


Sentei sob o juazeiro do agreste da Vila J. B. na tarde de sábado e abri “minha” obra literária mais relaxante. É, estava dando uma de estressado – pura representação – como a vida!

Entretanto, esse bem-te-vi cantou aqui e agora [...] Por três vezes ouvi, depois parei de contar e não prestei atenção nas outras cinco: Cochilei sentado!

Pensei eu, comigo mesmo, só nós: ― “Pode ser que ela game na minha qualquer hora dessas, e venha cheia de carrapichos pregados”. Haja paciência!

Pois é [...], a “Beata” desgraçada não vê que o bem não se apresenta bom, pelo contrário, subtrai fraudulentamente a bondade por demolir a auto-estima. Já o “Bonitão” lá, não nota que é fuzilado pelos anões todos os dias com confetes de cereja e café!

― “Quando ela gamar, quero que seja intensamente desde a J. K. até a Floriano Peixoto”, e nesse caminho: espaço pra tudo! Vamos deslocando-nos em Movimento Retilíneo (não obrigatoriamente) Variado, de mãos dadas, um do lado do outro como um casal pingüins com frio. “Que calor! Cuidado com o 444!”

Aquele “Ximbaba” cabisbaixo tem o desejo de ser um Pacifista Magnânimo, mesmo que seja um pacifista magnânimo cabisbaixo [...] “Qual o mal nisso?!”

― E esse dedo desenhado... vocês [...] Já sabem né?! Vocês dois mesmo!

Por sua vez, a tímida “Amásia meretriz” desprovida de valores morais e financeiros apaixonou-se com exuberante veemência! “Que aflição!”

Montanha me dá constantemente lições do que é o verdadeiro amor, ― Ouviu “Rata”?! Todos os dias quando chego, ele me recebe no portão com seu cotoco balançando alegremente e sua pata levantada! É uma satisfação para mim revê-lo! “Lamber também é amar [...]!” Ki..ki... Vem cá Totó!

A vizinha da frente tem a ilusão de que é alforriada por um Sir. Inglês Atrasado, e enquanto trabalha na casa de Dona Dó se imagina relaxada de bucho pra cima!
― Pobrezinha dela: Ainda são duas da tarde e a labuta diária só finda no comecinho da noite! “Bendita Princesa Bebel!”

― Não vou ler mais... Tem fósforo aí?!

Ter ou não Ter, eis a questão.

"Sem a originária revelação do nada, não há ser-si-mesmo ou liberdade" (Heidegger)
Se o ter é uma questão de existir, então vamos nadificar o nada. Sem saber o que é o nada, não saberei o que é a liberdade de fato, a liberdade é o nada, e vivo em busca do nada. Engraçado, quando estamos nos libertando de algo, algo outro nos aprisiona, e assim vamos levando a vida, em busca do nada.

O mesmo posso fazer uma analogia ao ter, o ter é necessário para viver, sendo que o necessário por vezes é extrapolado, mas como nos libertamos disto e nos aprisionamos ao viver ecocentricamente? Uma boa questão, esta nos leva a princípios ideológicos, a criação de um modo-de-vida que influenciará outros, diria em outros posts, memético.

Basta que queiramos, com senso-crítico no dia-dia, nos policiando e intervindo, mostrando a sociedade o poder antrópico sobre o ambiente, iremos mudar de fato a sociedade civil, os exemplos nós devemos dar. O problema do exemplo é evidente em muitas linhas argumentativas, em muitos discursos persuasivos, e também é facilmente identificável. O exemplo devemos unir a linha argumentativa, nada melhor do que uma intervenção com uma experiência prática, isso enriquece o poder persuasivo.

Depois disso a mudança conceitual é fato, na Sociedade. Agora no Mercado e no Estado, outras estratégias devem ser utilizadas, não de persuasão, mas de combate.

sábado, 18 de outubro de 2008

Quanto vale uma vida?

"Quase 50 jovens são assassinados todo dia no Brasil. Esse dado estarrecedor é parte de uma pesquisa inédita. De 1995 até hoje, são quase 300 mil mortes por causas violentas"
Fonte: Fantástico

Quase 50 jovens morrem por dia! Por que o sensacionalismo de apenas uma jovem? Por que sempre jornais inflictam na sequência de casos que duram mais de 24 horas? Porque não
acompanham as outras 49 mortes de jovens diárias?

Não sei se o nome seria hipocrisia, sei que o estado enojado é o mesmo. O que define a cultura de um povo é como esse mesmo povo se dá com a morte. Antes e depois. Várias
culturas convergem para o mesmo pensamento, sendo que várias delas subterfugia a morte propriamente dita com exclamações religiosas. Então volto a perguntar (pergunta feita
em posts anteriores): Teria a vida mais ou menos valor? Quanto vale?
Segundo "os titãs" nenhuma idéia vale uma vida. Nenhuma? Milhares de pessoas morrem por dia. Muitas mortes banais que poderiam ser evitadas. Nenhuma idéia vale mais do que
essas vidas?
Tomando como tempo de trabalho, quem trabalhou a vida toda morreu por idéias. Viver seria trabalhar ou não? Faço essas perguntas mas já tenho minhas próprias respostas,
todas com bases biológicas. Mas o que se torna enfadonho é a mediocridade da população. Todos na média, todos pensam iguais, uns poucos mais e uns poucos menos.
Ao ler essa explicação de Aécio sobre nós ofídios, deparei-me - talvez de forma errônea- que possuimos idéias com a capacidade de mudar algo ou alguém. Quanto vale a vida
de um criacionista, exposto a toda verdade científica e que renega todos essas provas? Quanto vale a vida de alguém que tira o bem-estar do outro? Quanto vale a vida
de quem tira uma vida?
  • Talvez idéias valham mais do que certas vidas...

Somos Ofídios!



Baseado no jargão (“ôooo venenooo”) de nosso estimado Severo, cheguei a conclusão de que nós “Holísticos diários” somos na verdade Ofídios... Isso mesmo, OFÍDIOS!

As serpentes exercem um papel importantíssimo na manutenção do equilíbrio ecológico nos ambientes em que estão inseridas. Mesmo assim são estigmatizadas por populações de leigos e ignorantes apegados a preceitos pré-estabelecidos e felizes por sua indouta decadência!

Nós “Holísticos”, sem falsa modéstia, exercemos um importante papel na manutenção das discussões inerentes aos anseios e à realidade social e cultural da humanidade! (Nossa! Senti-me importantíssimo agora!)

Como todo bom ofídio, é claro que temos nosso veneno, o que não nos faz vilões, pelo contrário, nos dá as armas necessárias para conservação do equilíbrio intelectual de certas populações humanas em meio a uma crescente onda de alienação e aculturação que ameaça destruir os pilares da fertilidade mental!
E resistimos, mesmo sob ataque (descaso, inveja e desinteresse) de alguns, também felizes por sua indouta decadência!

Vamos avançando, com nossos órgãos inoculadores (Exceto Priscila)! Serpentes peçonhentas rumo à realização! Continuemos a afetar: Piquemos [...]!!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Nós amamos o bastante?


“Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer”. Bela descrição em um soneto de Camões!
“Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria”. Essa é de um soneto de Paulo de Tarso.

Parece tão fácil falar de algo tão inexoravelmente complexo! Falo complexo pelo que observei, sobretudo agora à noite.

Vinha da casa da “Patroa” umas dez e pouco da noite, e ao passar próximo ao pastel da esquina de sua casa, um grupo de pessoas comentava a precipitação de uma emissora de TV ao anunciar o falecimento da jovem Eloá, mantida desde segunda-feira como refém por seu ex-namorado Lindemberg. A jovem encontra-se, até o momento, internada em estado gravíssimo!
Caminhando mais um pouco, passo a observar um grupo de amigos que enquanto bebia, conversava a respeito do mesmo caso, afirmando que quem deveria ter entrado no apartamento no lugar da amiga de Eloá deveria ter sido a mãe de Lindemberg.
Em outra esquina próxima a minha casa, enquanto paro pra comprar espetinhos o assunto em volta da churrasqueira é o mesmo de antes!
Chego em casa e, com o mesmo ar estarrecido e comovido minha mãe comenta sobre o caso da jovem de 15 anos!

Vinha refletindo no caminho, e agora, enquanto como essa coxa de frango com lingüiça e arroz me pergunto: ― Qual é o limite daquilo que denominamos “Amor”? Esse sentimento tão intenso que confunde mentes transforma vidas [...]

Não é incomum que atrocidades sejam cometidas por conta de um sentimento como esse. Graças ao que se chama amor, muitas pessoas se acham no direito de privar seus “objetos ansiados” de viver; chegando ao ponto de cometer loucuras, matar, morrer, destruir, e assim por diante.
E não é apenas ao sentimento entre homem e mulher que me refiro. Muitas barbaridades foram e são cometidas por pessoas que proclamam amar a um deus ou a um ideal: As Cruzadas e a Inquisição são exemplos do amor dos cristãos por seus dogmas; os atentados terroristas são exemplos do amor dos mulçumanos por suas crenças; a morte de bebês com alguma imperfeição é um exemplo de amor aos ideais bélicos em Esparta, a circuncisão de mulheres em alguns países da África é um exemplo de amor as tradições, [...]

A questão é: O que leva a esse extremismo?
Por que alguns se entregam tão veementemente a esse sentimento?
Por que até nós mesmos já fomos afetados, minimamente que seja, pelo sentimento de apego intenso a alguém ou a algum ideal?
Qual o limiar que separa-nos daqueles que cometem loucuras por amor? Ou será que não existe limiar e nós é que ainda não amamos o bastante?

A síndrome do "Eu matei uma barata"

Vendo o post do camarada Alexandre, discípulo de Cavalcante, notei um comentário interessante de uma fervorosa colega, indagando-o sobre o "Porque enrolar tanto para contar tão simples fato".
Eu me perguntei, então, qual a essência do enrolar, ou por que as pessoas as vezes acham que estamos enrolando, apenas porque gostamos de contar em detalhes eventos que foram significativos para nós!

É realmente necessário dissecar ainda mais a nossa pueril convivência a fim de sintetizar nossos diálogos à mais basal escala de comunicação? Talvez sim, em certos casos, contudo os fins não justificam os meios. Nada justifica inibir ou reprimir uma mente tentando achar uma saida lógica ou ilógica para transcender. Nada mais relaxante e gostoso de escutar do que a interlocução de um causo. Uma interpretação cheia de detalhas, sendo cada uma delas um produto da percepção hormonal e biológica deste organismo. Apomorfias trabalhando em cooperativismo para proporcionar um "drink no inferno"! Que graça teria, apenas viver de sim e não!?

Mas na verdade, o que seria a enrolação? Muitas vezes narrar um fato não basta... saca só:

matei uma barata

poderia ser:

estava com raiva da vida, agunstiado porque não passei na prova, vi passando uma barata e quis descontar a raiva nela..
que também poderia ser:

Depois de colocar seus ovos, a barata sai em busca de alimento, principalmente em lugares com restos, provenientes do homem. Portanto, é provável que eventualmente algum humano irá pisar na barata.
ou até mesmo ser:

Fiquei feliz hoje... estava passando e encontrei uma daquelas baratas bem cascudas! Sabe aquelas que fazem você ter nojo por você e pelo seu amigo? Pronto! Daquelas... Olhei sua carapaça e balbuciei comigo: faça seu último desejo, ó ser seboso! Sem dó nem piedade estiquei meu pé acima do animal como um titã esmaga um pagão, e com a fúria de mil martelos de Thor esmaguei o pobre infeliz... Coitado.
Matei uma barata.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Não divulgação por possível visitação exagerada

Semana passada, nós do CA de biologia, não todos pois alguns tinham outros assuntos para resolver, fomos visitar o centro de zoonoses aqui de Campina Grande, para ver como eram as instalações. Foi algo muito triste o que todos nós presenciamos, vários cães em uma mesma cela, pouco alimento em quase todas elas, higiênização, inexistente. Vimos tamb´rm, a sala de cirurgia, algo muito precário, não tinha nem o requizito mínimo, a sala de eutanazia, como eles chamam, de sacrificio, era praticamente identica a sala de cirurgia..... Vimos alguns cães "isolados"(na verdade, eles estavam em celas separadas, apenas por paredes que não chegavam ao teto) por estarem infectados com alguma doença. Os animais de grande porte, nos vimos muito rapido, não deu tempo para eu fazer uma analise, mas uma coisa que eu lembro bem era de um cavalo que estava com uma grande ferida esposta. Depois disso fomos para uma sala onde um grupo de funcioarias(?) nos recebeu e deu uma explanda rapida sobre o trabalho que elas fazem, que é APENAS de concientização, também pudera, não tinha um biologo formado por lá, elas era ou de geografia, ou de pedagogia (disseram que tinha um biologo por lá, mas que este ainda não tinha terminado o curso.......), e disseram que não fezem a divulgação por temerem que fique cheio de gente por la. Saimos de lá com outra visão e percebemos que todos estavam desconfiados.

Novas visões...novas?


Ao ler os comentários em nosso blog, percebi um novo e bem vindo participante, cujas idéias são compartilhadas em um espaço semelhante: http://www.marciodanielramos.blogspot.com/
Resolvi então buscar suas idéias e me deparei com uma concepção de amor, este relacionado ao relacionamento homem x mulher baseado em premissas que não levam em consideração as questões biológicas, que verdadeiramente regem todas as ações do homem.
Uma visão centralizada está sendo disseminada, onde questões como o ateísmo e o agnosticimo são distorcidas em detrimento a manutenção de uma visão dogmática, este dogmatismo que não pode ser aceito, inclusive neste espaço.
Esta distorção pode ser vista em alguns espaços onde a fé e tratada como algo estritamente relacionada a religião, sendo esta, um dom que se liga a uma entidade superior, não importando a maneira como esta entidade foi contruida.
Vale então trabalhar com a disseminação de idéias contruidas a partir de princípios palpáveis, e principalmente, comprováveis, considerando assim visões distintas de um mesmo tema para que o enriquecimento cultural possa se dar de maneira real, de forma que preconceitos sejam quebrados, para o bem de toda a comunidade.


Então venho apresentar a vocês, colegas do HOLÍSTICA, uma nova fonte de idéias com as quais possamos concordar ou não, mas acima de tudo, discutir de forma saudável.

PS.: caso resolvam comentar os textos do blog acima citado, é bom avisar-lhes que os comentários serão analisados pelo proprietário, antes de serem exibidos. Fica então um protesto à restrição do direito de mostrar pontos de vista diferentes, o qual é amplamente respeitado neste blog, caso contrário, eu não teria tido conhecimento de espaço supracitado.

Tv EVO



Conhecem a Tv EVO?



A TV Evo é um web site que simula uma tv, com programação seqüenciada, porém abordando apenas alguns aspectos. O maior enfoque da Tv Evo é divulgar vídeos interessantes sobre geologia, ecologia, zoologia e paleobotanica (dentre outros) onde possamos cada vez mais enfatizar e demonstrar as evidencias da evolução do planeta.
Para assistir a Tv Evo basta clicar no nosso logotipo aqui ao lado << href="http://worldtv.com/evotv/">aqui.

O Idealizador deste recurso foi o nosso querido Allysson, e ele quem gerencia o mesmo. Todos vocês podem contribuir, se quiserem, enviando um link de algum video, ou o arquivo, para o nosso editor Allysson ou para qualquer companheiro aqui do blog!

Fica aí a dica pra vocês, e mais uma Extensão do Holística Diária.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Campanha: Orgânicos para o Quintal!


Problematizei mentalmente em uma de minhas caminhadas ao redor do Açude Velho em Campina Grande, o destino dos resíduos sólidos orgânicos que ganham o destino do lixão todos os dias. Comecei a perceber tal problemática ao assistir o vídeo "The story of stuff" (A história das coisas), e uni ao meu dia-dia vendo minha mãe despejar os "restos" das refeições no quintal, mas não em totalidade (!), e o meu trabalho com colêmbolos, que adoram compostos orgânicos em decomposição.

Estava comendo frutas antes de caminhar no Açude, e após comer no caso da banana o endorcarpo, joguei a casca em um dos canteiros da Av. Brasília e pude questionar quanto tempo ela demorou a se degradar sem ser enterrada, na superfície do solo levando raios solares, precipitações, sem contar na poluição atmosférica. Após ter jogado algumas cascas antes, alguns meses e/ou semanas, e com o rigor de onde já tinha jogado antes, não jogar mais, puder perceber que em duas semanas as cascas ficavam murchas e imperceptíveis, parecendo pedaços de folha morta.

Sabemos que os compostos orgânicos levam por si, grandes cargas de nitrogênio ao solo, o mesmo nitrogênio que as bactérias, fungos, colêmbolos adoram, degradando-os para as plantas absorverem as partículas menores destes "restos" junto com a água, fertilizando o solo, alimentando as plantas, fazendo com que o ecossistema edáfico fique rico em nutrientes, biodiverso e pronto para receber uma gama diversa de plantas dos mais estranhos tamanhos, formas e cores. Embora, a implementação de plantas paisagisticamente corretas, não seja ecologicamente correta, podendo permitir a invasão de certas espécies bonitas, mas "egoístas", seja mais danosa. Ou até mesmo trazer pinheiros para algumas das praças de Campina Grande, como foi vergonhoso ver no caminho para UEPB, no giradouro ao lado do Açude de Bodocongó algumas delas dispostas circularmente, sem presença de estrato herbáceo por perto, uma verdadeira falta de bom-senso ao passar no ônibus meio-dia, e ver aquelas plantas levarem Sol intenso com um solo altamente compactado dignos de deserto, quando há variados estilos de plantas nativas, altamente adaptadas às variações climatológicas de nossa cidade.

No último ENEB (Encontro Nacional de Estudantes de Biologia) que ocorreu no Maranhão, pude participar de um Grupo de Discussão sobre Agroecologia, e aprendi algo importantíssimo para minimizar esses impactos consumistas que fazemos a cada dia.

A palavra é Compostagem.

O melhor foi aprender o trabalho de um dos debatedores, e desde o ENEB-Viçosa, grande amigo meu, com um estilão meio Hippie, um tanto impactante às regras "éticas" do profissional biólogo como diria a professora de Prática Pedagógica. O trabalho do "Ras" é com Agroecologia Urbana, ele trabalha a compostagem no quintal, levando os solos fertilizados aos diversos vasos de plantas da casa em que mora, e fazendo isso com uma boa parte da comunidade em que mora. Os vizinhos após descobrirem o grande exemplo que ele propõe, colocaram às mãos na massa, ou melhor no garfo e prato após as refeições, e distribuiram os "restos" em cada parte do quintal, alimentando não só os animais (levando em consideração os colêmbolos e os homens), mas as plantas, as bactérias e os fungos. Não alimentando o lixão da cidade, onde esses compostos orgânicos se juntam aos diversos outros tipos de resíduos sólidos, e aos outros diversos tipos de compostos não reaproveitáveis a curto-prazo, e poluentes líquidos, tendo como produto no final o tão problemático chorume que tanto contamina os arredores da cidade.

Enfim, uma grande prática de Educação Ambiental, de Pesquisa, e possível Extensão Universitária.

Essa prática é viável ante nossa Feira Central, que distribui após as feiras de todos os sábados, toneladas de material orgânico que poderiam ser degradados nos canteiros da cidade. Basta fazermos um trabalho com os agentes de limpeza pública, ou melhor "agentes de ecologia pública", quem sabe uma mudança de nome? As fardas laranjas, ficariam verdes. Estes deveriam receber certificados, deveriam receber treinamento e quem sabe um futuro promissor distribuindo os alimentos que não nos servem, para quem realmente tem fome! As plantas, as bactérias, os fungos e... os colêmbolos. Todos felizes. É como o programa Fome Zero para as outras espécies dos mais diferentes grupos taxonômicos.

Inúmeras práticas que podem ser adotadas em nosso dia-dia, mas não anotamos, perdemos a cada passo, perdemos nossos sonhos, objetivos, metas. Caminhe com um bloco-de-notas, ele é útil.

Campanha: "Orgânicos para o Quintal"
A raiz de sua planta é mais uma boca para alimentar.
Pense nisto.


Turbulencia

Confiança..........tai algo dificil de se obter! So com o passar do tempo que se cionsegue, e as vezes nem assim! Gostaria de ter mais dessa confiança, mas onde se vende? Quanto custa? e quantos tipos de confianla existem?

Eu comprei a minha com o convivo, com a moeda do tempo, e tenho vários tipos, tantas que não sou capaz d contar, mas mesmo assim, sempre tem alguma coisa faltando. Sinceramente, asvezes acho que eu não me esforço muito para obter tal objeto de desejo. Mas, convenhamos, isso é o maximo que eu posso fazer, pelo menos por enquanto.

Como posso confiar se so tenho como base a desconfiança? Isso é algo muito dificil de fazer, aprender a confiar com base na desconfiança, é o tipico "faça o que eu digo, não faça o que eu faço", mas ai ja é demais! Como eu posso seguir isso, se tenho como base, pelo menos em quanto criança, o modelo dos meus pais? E se um de seus pais disses isso pra você? Como você se sntiria? Não me refiro a esse fato ocorrer na adolescêcia, ou depois, mas sim na infância. Como uma criança vai poder não imitar o pai ou a mãe que ela considera como sendo seres perfeitos?

Pior ainda, sendo um menino: e se fosse seu pai que lhe dissesse algo do tipo? Se for menina, se fossesse sua mãie? Então, volto ao ponto de partida, como posso confiar em alguem que me diz para fazer algo, mas na pratica, faz outra coisa? E mais como posso aprender a confiar com esse ponto de partida?

domingo, 12 de outubro de 2008

Novidade no blog: Tirinhas do Holística


E aí galera!!? Tranquilo?

Venho anunciar que hoje é o início de um novo ramo aqui no blog: As tirinhas! Sim, tirinhas!
Não, nenhum de nós tem tempo pra desenhá-las, e por isso usamos um programa de computador para facilitar nossa vida... Web 2.0, como eu te amo!

Mas nem por isso as tirinhas deixarão de ser críticas e engraçadas!
A minha dica é: Espere e confie!

http://hdtirinhas.blogspot.com

Ps: Pra quem quiser editar tirinhas, é so me falar! Abraço!

O médico e o monstro


Eu tento fugir, a cada momento aumento a velocidade dos meus passos, a respiração já está ofengante, aos poucos minhas pernas cansadas vão parando. Desisto e espero o momento do ataque. Já parado, olho para trás, estou só, se olho um pouco mais ao meu redor, vejo que ninguem parece querer me atacar, mas a sensação de que estou sendo seguido continua.
Mas se não há ninguem a me perseguir por que essa sensação nao para?
Aos poucos paro, reflito e me dou conta de algo que nao desejava saber: o meu perseguidor não estava realmente seguindo meus passos, isso pareceria bom, se a proxima constataçao não fosse a que mais poderia me amedrontar: Quem tanto me persegue está dentro de mim, como um câncer, por muito tempo inerte e que suga a minhas energias como se a fuga persistisse por quilometros, e sabendo que eu sou o criador de quem me amedronta, a cada istante se torna mais dificil aceitar que o que me faz sofrer é provavelmente o criei para me proteger de faces da vida que nao desejava enfrentar.
Como posso então me ver livre de algo ajudou na minha formação?
De que maneira meu algoz e eu podemos estar juntos para sempre?
Aos poucos começo a entender as divagações que reviravam a mente do Dr. Jeckill, e principalmente a necessidade que ele tinha de se manter sozinho, uma vez ele amava aqueles que o cercavam, e sabia do sofrimento que poderia causar, principalmente por saber que o monstro surgia e destruia sem que ele pudesse o controlar. Isso aliado ao fato que tanto o médico como o monstro obtem sua energia da mesma fonte. Então, como será possível destruí-lo e manter-se vivo?

Vício = Doença ! ?


"Queria ter mais tempo para relexar", "queria ter tempo para viver"...
Será que eu realmente quero isso?
Mas se eu quero qeu seja dessa forma, o que me faz agir de maneira diferente?

Sim, eu quero relaxar, quero tempo para descançar, quero da mesma maneira que um fumante com câncer de pulmão quer largar o cigarro. Sinto realmente que o trabalho que me
enobrece também me mata, mas não importa, uma vez que no momento em que estou trabalhando me sinto bem com se fosse uma criança que acabou de ganhar um brinquedo desejado todo o ano e que finalmente chega no Natal.
A forma como vivemos, se é que viver é o termo apropriado, nos deixa quimicamente dependentes das descargas hormonais caracteristicas do stress. Estas agem como qualquer outra droga, nos tornando dependentes, viciados.

Quem nunca parou e se perguntou , após o término de uma jornada longa de trabalho, o que vou fazer agora que acabou? (caso ninguém se identifique com isso ,percebo que estou pior do que imaginava)

sábado, 11 de outubro de 2008

Eu queria passar mais tempo relaxando
Eu gostaria que todos parassem, e relaxassem,
Eu adoraria se alguem me olhasse e, andando,
Dissesse "estarei sempre com você".


Mas, isso é quase impossivel,
Ainda mais com esse vel,
Que mais parecesse fel,
E todos nós conhecessemos

O seu nome, individualismo,
O seu nome, serventilismo,
O seu nome, escravismo,
O seu nome: captalismo!

Paráfrase: Alimente-se!



Eu queria, semelhantemente ao “Poeta”, o destino de um calmo amor com o suave gosto de uma aprazível fruta, e nós dois “Querida”, embalados no vai e vem de nossos corações, saciando o desejo, um na boca do outro.

Ser teu mantimento, tua necessidade mais básica.

Defender meu “artifício” no nosso dia-a-dia através dos altos e baixos do cotidiano, para que esse soneto que nós nunca vivemos transforme a nostalgia em suave e clara música.

Ser sorvido por ti como “peçonha antiuniformidade”.

Onde está teu selo? Ah! Se encontro o doce estigma, tomo teu corpo em meus braços como um turbilhão: língua, fragrância, membros, exceto tuas quimeras.

Quisera eu ser sugado por teus lábios como antídoto às mazelas passionais.


José Aécio Alves Barbosa.

Queria ter mais tempo para postar!



Faz alguns dias que quero postar e não consigo...
É que não posso postar algo irrelevante, e pra tratar de algum assunto simpático tenho que ter tempo de escrever.
Isso me fez pensar em como nosso tempo tem se resumido. Estava conversando, quando vinhamos da universidade, com um de nossos estimados autores holísticos, a saber, o digníssimo "LIMA, J.R.F.". Era um desses interessantes papos que se desenvolvem em assentos de transportes coletivos. Falávamos de alguns projetos que eu, particularmente queria ter tempo de realizar, como o de praticar um esporte ou algo não rotineiro que me fizesse relaxar. E eu pensava comigo mesmo na ocasião: "Em que período do dia eu vou fazer isso?!".
Se não me engano, no mesmo dia, um pouco antes da conversa do ônibus, assistiamos, eu e Ribas (LIMA, J.R.F.), a uma convidativa reunião de um projeto de extensão, e lembro-me de quando ele comentou que "queria que o dia tivesse trinta e seis horas" para termos condições de participar.
Agora a pouco eu estava pensando com meus botões e achando que se o dia tivesse mesmo as 36 horas que meu amigo desejou, arranjariamos uma maneira de lotar esse tempo também, sabe por que?!
Porque sempre temos mais o que fazer do que cuidarmos de nosso bem estar...
Sempre temos um trabalho a mais, pra ter o dinheiro daquelas férias que nunca vêm...
Sempre temos um problema pessoal a mais pra resolvermos antes de deixarmos tudo de lado ao menos por algusn dias...
Sempre temos uma prova a mais com a qual nos preocuparmos antes de desenvolver nossa intelectualidade livre de imposições...
Sempre temos o banho do cachorro, as contas pra pagar, provas pra corrigir, lavar o carro, estudar, ir na procuradoria da universidade, bla, bla, bla...
Agora me diga: Quando foi a última vez que você olhou nos olhos de alguém que realmente é essencial e lhe disse que ele era muito importante em tua vida? Não vale por "MSN" e cam!
Qual a última vez que você sentou pra apreciar a letra ou a melodia de uma música que você gosta, por puro prazer, sem ao mesmo tempo estar ocupado em outros afazeres ou no caminho para algum lugar?
Quando foi a última noite em que você olhou as estrelas acima de você e pensou na beleza delas?
Qual foi o último sorriso de criança que te fez esboçar um sorriso também, e sentir nostalgia pela inocência?
Qual foi o último abraço que te deu a certeza de que ainda existe amor no mundo?
Eu faço essas perguntas, porque não sei as respostas!
Sinceramente confeço que meu tempo tem sido ocupado por muitas coisas inúteis... Que tenho deixado de lado muito do que realmente deveria importar pra mim... Que tenho me tornado um alienado temporal, correndo pra lá e pra cá com fainas desmedidas!
Não fujo da regra né?! Tenho praticado paliativos... Apenas medidas de urgência, que só dissimulam a loucura contemporânea das atividades humanas. É uma questão de prioridades! As que tenho tido por, não são, muitas vezes, as que gostaria de ter!
Entretanto, e é isso que me deixa esperançoso, há sempre quem conteste minha posição e ecolha fazer o que realmente deseja fazer! Isso acabou de acontecer enquanto termino de escrever esse breve comentário! Que bom!
Contudo, não postei mais... E não sei quando poderei fazê-lo dignamente!
Acho q só quando começar a usar sabiamente meu poder de escolha. Por enquanto vou só fazendo esses comentários!

"Angustiado" 2 ed.


Até onde uma pessoa pode realmente se mostrar diante da sociedade? Quais partes de sua personalidade alguém realmente desejaria que fossem expostas? O quanto mais fraco me torno quando os outros me veêm da forma que somos?

Após a leitura do post "Angustiado" e me ver em várias das situações ali citadas, não pude deixar de pensar o quanto temos que nos calar ou baixar a cabeça diante de uma situação que não nos agrada, com o intuito de manter relações que deveriam ser alicerçadas na verdade, esta que pode as vezes não agradar a uma ou ambas as partes.
Ao expor o que realmente pensamos nos tornamos mais sensíveis ao demais que nos cercam, pessoalmente admiro quem fala o que diz sem se preocupar nas consequências.
Tentar se adaptar a diferentes pessoas e situações é uma peculiaridade do homem que permitiu a ele viver em sociedades teoricamente pacíficas, mas a que preço? Resistir ao impulsos e não falar ou agir de uma maneira que acha certa, ou simplismente aceitar um comentário desconfortante é uma maneira de se manter em sociedade, de se relacionar bem com pessoas, as quais você muitas vezes tenta não machucar e faz isso de uma forma que acaba se sentindo mal, angustiado por não ter falado algo qeu caberia, ou não, àquela situação: talvez fruto de baixa auto estima ou falta de confiança em si, talvez medo de magoar alguém de quem você gosta.

O âmago da discussão então é centralizado sobre a necessidade de um mínimo conhecimento pessoal e a respeito de quem nos cercam, a fim de que relações de cumplicidade possam ser estabelecidas e mantidas. Este conhecimento vai além de costumes e idéias e deve chegar a análise de reações que muitas vezes passam despercebidas, mas que são capazes de mostrar s sentimentos e impressões.

Inquisição já!


Saiu na Superinteressante de outubro (OBS: eu não leio essa revista, apenas fiquei ciente dessa notícia) que um grupo radical nos EUA, grupo governamental, chamado de "O Partido dos Cavaleiros", compôs uma ementa de idéias mirabolantes, incríveis (isso para eles). Tais idéias seriam embebidas nas leis norte-americanas caso eles ganhem a disputa governamental. Até aqui tudo bem, tirando a fonte que obtive essa notícia. Vejam suas propostas:

Incentivo financeiro para a repatriação de estrangeiros para o país natal.

Internação obrigatória em hospitais de todos os infectados pelo HIV.

Criação de uma lei proibindo a prática do homossexualismo.

Aprovação de medidas que incentiveis a posse de pelo menos uma arma por cidadão.

Proibição da entrada de mulheres na polícia e nas forças armadas.

Fim do ensino da Teoria da Evolução nas escolas.

Uso de tropas do exército para impedir a entrada de imigrantes no país.

Proibição da compra de empresas e propriedades americanas por estrangeiros.

Abolição do aborto.

Fim de todas as cotas para negros em universidades e de mulheres em cargos públicos.

Fechamento das agências que monitoram o abuso de crianças pelos pais.

Término de todos os programas americanos de ajuda humanitária ao exterior.

Retirada dos Estados Unidos das Nações Unidas.

Votem no Partido dos Cavaleiros e bem-vindos à era medieval.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Angustiado

Até que me esfacelo em diversas facetas, e me recomponho como em um quebra-cabeça. Como é tentar ser hipócrita ante reações com pessoa adoráveis que estão próximas ao nosso dia-dia? Me abstenho de certas atitudes, ações, pois penso duas vezes antes de falar algo, pedir explicação sobre, esperar o momento certo. Analisar, e não generalizar brincadeiras para situações formais, e vice-versa. Uma pena que não possa de certa forma regular as pessoas, ante os impulsos.

Lembro-me de situações que expus minha indignação antes de escutar e, segundo Voltaire, a liberdade de expressão deve ser a primeira regra, o poder do diálogo. Algo danoso, que por vezes é perdido. Como vamos ganhar confiança sem ao menos escutar. Minha vó lembrava bem: "Deus criou dois ouvidos e uma boca!". Senso-comum que segue comigo até hoje, embora com outra ideologia quanto as origens destas estruturas. A impaciência incomoda e também tem reações primárias e secundárias, as primárias são indesejáveis, como ser ridicularizado em público, ser incoveniente, ser infantil, e outros rótulos maléficos, já as secundárias têm o viés de desconfiança, ganham com isso a distância dos principais amigos, o ato de se isolar do mundo. Quantas atitudes fazemos, e não pensamos duas vezes. Até que ponto estamos certos, estamos errados. Até onde podemos realmente analisar outrem. Devemos ter um pouco mais de parcimônia em nossas relações sociais. Não esquecendo que o fundamento especial de todo esse enredo é utilizar palavras certas, mistos de formalidade e bom-humor, com um tempero de educação.

Um caloroso "bom dia" serve, um "licença, posso entrar" também, um aperto de mão, e de preferência onde haja um maior tato, as pessoas estão se afastando uma das outras, o mundo está se tornando virtual, onde os tchauzinhos são os substitutos dos beijos, abraços, carinhos. Quantas vezes somos rotulados de homossexuais, por abraçar nossos amigos, quantas vezes somos rotulados de "aplicadores" por estarmos próximos às nossas amigas, fazendo carinhos. Isso é danoso.

O cotidiano tem se tornado rotineiro, sem graça. Estressante, quantas vezes nos vemos fazendo práticas errôneas, dando ênfase a superfluidades em épocas que poderíamos estar construindo nossas vidas profissionais. Quanto de exploração já há no mundo, e não nos damos conta, e ainda fazemos estas práticas. Onde vamos parar, se nós temos de decorar diversas estruturas (anatomicas humanas, vegetais, zoologicas) durante um ano, durante um semestre, durante um mês, uma semana, um dia, qual reprodução disto devemos ter? Devemos realmente boicotar tal decoreba, e tirar uma nota ruim no final, ou nos unir ao sistema didático expositivo avaliativo tupiniquim? Até que ponto vamos nos libertar de tais modelos, ... e também não fazer o contrário, deixando o ócio imperar. Parcimônia, como na bela filogenia, ela nos auxilia no nosso dia-dia.

Por vezes, cito a revolta como principal ante o exemplo, por que nos revoltamos se não construimos o exemplo? Até que ponto o que é falado é escrito, o que é escrito é sintetizado, e até que ponto nosso ócio deixa nosso dia-dia ser exemplar? Quando vamos nos libertar dele? Quando vamos dar prioridades às necessidades de nosso dia-dia? Quando nosso poder de escolha será em prol da necessidade.

Quando o "conversar bosta" será convenientemente necessário? Rotular, escutar? Agir? Cadê o poder persuasivo, a mudança conceitual, a tão almejada mudança conceitual. Cadê a pro-atividade? Cadê o senso crítico de se igualar aos outros, também seres humanos?

Centralizar é danoso, e pior ainda é parasitar, tirar proveito daqueles que realmente querem fazer a revolução, mas antes o exemplo, o exemplo é necessário. Portanto, faça-o. Não vou utilizar aquele velho bordão aqui: "- Se olhe no espelho", essa seria uma tremenda falta de originalidade, digna de primeiros impulsos, dignas de emoção e hormônios a flor da pele.

Divulgação do Holística e Boom de acessos

Boa noite queridos amigos!

Hoje, dia 10 de outubro de 2008 os colegas Aécio, Allysson, Raoni e eu começamos a campanha de divulgação do Holística Diária na UEPB. Pra quem não viu, aí está o cartaz afixado no Campi III da nossa universidade.


(Cliquem na imagem pra ver em alta resolução)

Contudo, porém, todavia, o que me intriga é que depois desta modesta divulgação hoje pela manhã, o blog recebeu aproximadamente 121 visitas estrangeiras de países como Estados Unidos, Alemanha, França, e Inglaterra!!!

Alguem explica?

Xico ta de prova!

Justiça

Qual o real valor dessa palavra? Desconheço. Somos determinados a seguir regras dependentes do local onde vivemos, havendo divergência entre lugares. Tais regras criadas por pessoas, como nós, ditas hierarquicamente superiores. Não entrarei em discussão o que seria mais ou menos superior a algo. O que convém ressaltar é que, independente da nossa aceitação, leis são leis e devem ser cumpridas. O que dizem é que, a partir do nosso primeiro voto (cujo tal é obrigatório), estamos afirmando concordar com todas as leis presentes no código penal, etcetera e tal. Epilogando, voto no candidato A para prefeito, pois acho que ele "tem" as melhores propostas, e o candidato B acaba ganhando.
Pagarei o pato da mesma forma. O candidato B, ímpio por natureza, progride logrando sua situação, enquanto nossos direitos não são realmente nossos. Nunca me perguntaram se eu concordo ou não com a lei 231 do artigo 1.45 do código penal. Apenas "tenho" que concordar.
A falha já está impregnada desde o começo do sistema, desde os formadores do tal. Voltando ao assunto primordial, o que seria julgar como certo? Vamos a suposições: Nasço pré-disposto a falar, ouvir e ver. Posso falar, ouvir e ver, ou não. Já como fui pré-disposto (falo em termos genéticos) tenho uma maior probabilidade de falar, ouvir e ver. Há quem diga que isso é um dom. Não gosto muito dessa palavra pois explicita que quem não o possui é inferior (?) (tendo uma visão comumente sensitiva da palavra dom, que relata "superioridade").

Outro exemplo: Nasço pré-disposto (genéticamente) a roubar, matar e enganar (Suposições). Posso roubar, matar e enganar, ou não (aqui caberia alguns termos sociais). Já como fui pré-disposto, tenho uma maior probabilidade de roubar, matar e enganar. Ao cometer algum dos
atos, Pagarei por apenas ter cumprido meu papel, por possuir genes deletérios? O que seria justo?

Menor de idade pega bigu em ônibus, cai e é atropelado, morrendo na hora. Os familiares perante a câmera clamam por justiça. Sinceramente, reconheço minha ignorância para tal feitio.

Volto a afirmar: Desconheço o real valor dessa palavra e, quando desconheço algo, fico calado. Ao clamarem por justiça, digam pelo menos o que é justiça, para não cairem na rotina da burrice.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A síndrome do "Universitário à esquerda"

Indignação...

1 - Universitário, ou estudante, tem mesmo é que estudar.
2 - Vai fazer biologia pra quê, morrer de fome?
2,5 - Ih,Vamo indo que essa aula não tem futuro não...


Bem, não exatamente....


Mesmo no "quase" século 22 (como se isso significasse algo) encontramos pessoas em instituições de ensino superior que, por assim dizer, são "Universitários à esquerda".

Imagine o ensino fundamental e o médio como uma linha de produção, ok? Independente de predisposições biológicas, pois estou tomando um modelo "neutro" (viu, cipro neto?) , a vivência escolar muitas vezes se resume a tarefas massantes, fórmulas intermináveis, denominações enfadonhas, regras e exceções. O que influencia de forma muito negativa, principalmente, pessoas que estão tentando formar idéias sobre o mundo!

Ora, você não chega para uma criança e dis que a "florzinha bonitinha" que ela acabou de colher, na verdade é aclamídia, tem 79 óvulos, sete carpelos e é introssa.

INTROSSA? Faça me um favor!
Revolta a parte, e voltando para a reflexão, o que quero dizer é que o mundo se faz simples e complexo para os olhos de quem o estuda, e principalmente, para os olhos de quem o vê. Contudo há quem não o veja. Muitas pessoas vivem em mundos totalmente isolados, muito preocupados com bolsas de valores, arquitetura pós moderna, medo do sr. Jesus as punirem por falar mal do padre, por ter flatulado naquele domingo...

Mas será que elas não veêm vários outros fatores porque não sabem, ou porque não foram ensinadas que não existe tal dicotomia?
Até esta palavra foi inventada por nós.... mas será que temos que ser escravos vendados com tanta coisas interessantes batendo na nossa cara?
Não é papo "chato" de biólogo não, estou me referindo a diversas coisas: Os sonhos, o que será que eles significam! A obscuridade do subconsciente é fascinante, assim como as marés quentes impedem que nosso planeta entre em uma era glacial! A educação, a música, a aviação!!!

Se os cidadãos devem ou não se perguntar sobre estas diversas questões, a moral, a cidadania, as leis e o pudor vão ditar...

A questão é: pessoas são influenciadas. E pessoas que estão tentando compreender o mundo, precisam mais é de perguntas! Sim! Pra que respostas? Qual a graça de viver em um mundo que não tem o que descobrir sobre ele?

- Eita!!!!!!!! Olha esse bixo aqui!
- Ah, é um tetrápoda..
- aah!
-...
-...

Este é o quadro atual, as regras, e o estatuto da "linha de produção" citada anteriormente... Cópia "cagada e cuspida" do seu irmão mais velho, o Capitalismo.

Omisso.
Frio.
Direto.

O resultado desta linha de produção... Feras! Ô Beleza (Não estou generalizando, isto é evidente aqui ok?)

Indivíduos que foram, ou melhor, fomos cobaias de uma lavagem cerebral. Uma competição "humana" onde adolescentes se fecham para o resto do mundo e são forçados a entrar na ciranda do Peneirão, como era conhecido antigamente, a fim de disputar uma vaga na universidade....

Mas pra quê?? Me diga? Pra que um cidadão desse quer entrar numa danada de uma universidade?

Etimiologicamente Universidade conota "Universo", ou seja, uma abrangência de fatores. Sejam eles conteúdos, disciplinas, cadeiras, tamburetes. A universidade se materializa através de uma instituição de ensino, onde professores e alunos buscam levantar hipóteses e compreender as que já foram levantadas, sempre analisando os diversos fatores da sociedade e do ambiente. Pelo menos devia ser...

Claro né... nem tudo na vida é "rodinha" e estes "feras" querem mais é ganhar o deles! Fazer fortuna! Subir em cima dos outros, aprendendo a mentir, desviar dinheiro, ou até mesmo a ser politico!... por isso que biólogo é tudo liso, né?

Ah, vão "contar" coquinhos!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Memética e os problemas com o modelo científico

O programa de pesquisa dos memes é uma investigação ainda incipiente: para Hull em 2001, ela teria cerca de doze anos (Hull, 2001). A memética pretende tratar a informação cultural e as próprias tradições como complexos informacionais que se replicam via nossas mentes, e outros artefatos produzidos por nossas mentes, com o intuito de propagar informações. A própria mente humana, para Blackmore e Dennett, é um ninho de memes. A metáfora do ninho é, ao meu ver, bastante apropriada por que o ninho não só é o produto de uma atividade biológica, como é também o local onde a própria vida será cultivada, vale dizer, replicada (pelo menos do ponto de vista dos genes). Interpretar a mente humana como um locus onde as idéias ganham moradas e se reproduzem é ver o processo não do ponto de vista de indivíduos autônomos, senhor de seus dias, mas sujeitos interagindo em uma complexa trama. O problema com essa linha de pensamento é que mal e mal resolvemos o que realmente seja isso que chamamos mente. Além de não existir uma definição unívoca de mente, as relações do cérebro com a mente, e do corpo com a mente, continuam objeto de extensas controvérsias. Embora as neurociências enriquecidas dos insights da informática tenham progredido muito, continua aberta a pergunta de como a mente humana emergiu em termos filogenéticos.

Naturalmente, o programa de pesquisa dos memes é tão heterodoxo que atrai para si muitas críticas. Até agora as mais contundentes se encontram em Darwinizing Culture: the status of memetics as a Science, organizado pelo antropólogo evolucionista Robert Auenger, publicado em 2001. Existem também outras críticas (Wimsatt, 1999; Gould, 19917; Midgley, 2000), mas a segunda metade do livro de Aunger, assim como a introdução e as considerações finais desse mesmo autor, são abertamente contra a idéia de que os memes terão no futuro um grande poder de explicação e de predição, apostando que o programa é degenerativo. Gostaria de ressaltar que os autores que negam a memética no livro de Aunger, em absoluto negam a relevância e a importância de modelos abduzidos da biologia evolutiva para compreender a cultura; o que eles negam, é a procedência de compreender a cultura, reduzindo-a a entidades, os memes, que pudessem ter algum poder explicativo. Todos consideram a evolução humana de uma perspectiva bem darwinista. Alguns dos defensores mais sagazes do programa assinam os primeiros artigos do bem equilibrado Darwinizing Culture. Eles sabem que a memética precisa de um teste empírico e produtivo para acabar de uma vez por todas com as reticências sobre a investigação baseada na idéia de que as próprias idéias são replicadores com vida própria. Teóricos da linguagem, sobretudo da linguagem computacional, são os que levam os memes mais a sério. O que seriam os vírus de computador senão partículas de informação que se replicariam a despeito do interesse de seus veículos? Algumas conquistas já fazem parte da memética: 1) A distinção entre veículos e replicadores, ou ainda melhor, entre interatores e replicadores, tão fundamental para a memética, quanto a distinção entre fenótipo e genótipo para a biologia; 2) Os memes são seres em si, seres informacionais. O grande problema é a natureza da informação, ou seja, o que é a informação? (Hull, 2001). Do que a informação é feita? 3) Algumas modelagens dos memes, encontrada em sítios eletrônicos especializados, como Journal of research in memetics (url:www.mmu.ac.uk/jom-emit) e Memetics publications in the web (http://users.lycaeum.org/~sputnik/Memetics/), mostram, ao meu ver, que pode estar próximo o dia em que um modelo baseado nos memes será altamente explicativo para fenômenos que envolvem as chamadas ciências humanas e sociais.

Waizbort, R. DOS GENES AOS MEMES: A EMERGÊNCIA DO REPLICADOR CULTURAL Episteme, Porto Alegre, n. 16, p. 23-44, jan./jun. 2003.


Descrição da Crítica Urbano Sustentável

Por vezes, quando sobra um tempinho no final da tarde, primo por ir ao largo do Açude Velho, correr um pouco e desestressar. Corridinhas estas que estão sendo perigosas levando em consideração o percurso mal iluminado e sem segurança, foi o que senti hoje ao correr minhas religiosas voltas para liberar os hormônios e me exercitar um tanto, deixando a saúde em dia.

A responsabilidade da reivindicação para colocação de lâmpadas é nossa, minha, sua, Campina Grande não é mais a mesma, segundo histórias de meus ancestrais. No percurso ao Açude, caminhando e observando a paisagem, uma grande carga de poluição das vias públicas me deixou inquieto, plásticos com mais de 100 anos para se degradar naturalmente, banners, "mosquitinho" de candidato, "cola", e outros diversos artifícios cheios de números, e de sorrisos satânicos.

A cidade amanheceu com um ritmo fúnebre, e os reais prejudicados pela zorra de ontem, além da natureza, são os agentes de limpeza pública, os garis, que vão trabalhar em dobro, sem ganhar nada.

Certa vez, disse um amigo, estudante de psicologia. "- Allysson, o melhor caminho é hipervalorizar o errado". Surpreso perguntei por que, ele logo responde: "- Pois esses recursos são limitados, eles tem de perceber que aquilo que fazem não é novidade, e temos de destruir o modismo". Fiquei pensando nisso, e coloquei em prática. Hipervalorizei a Coca-Cola que um amigo estava tomando, e isso se repetiu por uma semana, tanto que ele disse que estava enjoado de Coca-Cola, pois sempre que pude, paguei o refrigerante e impanturrei o mesmo com o líquido negro mais popular do mundo. O mesmo amigo me disse: "- Quando ele se sentir fraco (no caso do meu objeto de estudo, enjoado), destrua o conceito". Portanto, segui o que ele falou, e destrui a mercadoria Coca-Cola, expus o fator social, econômico, biológico e ambiental, da tal marca que tem representações em todo Brasil, e mundo.

Espero que essas práticas se repitam por Campina Grande, pois um dia os recursos vão faltar, ou o enjoou vai chegar, quando isto acontecer ajude a destruir os conceitos errôneos. Embora essa mudança seja em uma pessoa, com o viés individual, e não coletivo. Agora, para o o coletivo, nos resta também a intervenção social, pegar o microfone e impactar, mudar conceitos abruptamente. Primeiro discursa em favor do que é exposto, e do nada, quando a platéia estiver bem concentrada e confiante, destroi-se o conceito. Isso é um tanto perigoso, mas vale a pena, e não dispende muita energia.

Das duas, sigo a segunda, a intervenção social, e por não gastar muita energia, volto a correr no Açude Velho, ou praticar outros esportes que não vem ao caso, liberar os hormônios é essencial para não sermos persuadidos. Espero que encontre as lâmpadas lá na orla do Açude em breve.

Se não encontrar, faço outro texto, desta vez com outra experiência agradável, a persuasão via telefone, e-mail e presencial, qual foi a melhor escolha. Cena do próximo texto.

"Tudo puta" -- uma abordagem epistemológica

Esse texto não é meu, bem que eu queria, mas achei interessante o conteúdo semântico dele.

"
Eu participava de uma comunidade chamada “Os Piores Perfis do Orkut”, cujo objetivo era sacanear essa gentinha sem noção que aparece no Orkut fazendo caretas ridículas, tirando foto de óculos escuros em casa ou fazendo pose de gata na frente de uma parede podre.

Certa vez apareceu por lá um fake da Lisa Simpson que era o maior barato: toda vez que postavam um perfil de alguma mulher escrota exibindo vulgaridade ela botava um comentário seco e definitivo: “tudo puta”.

Alguns achavam meio injusto, afinal nem toda mulher escrota e vulgar do mundo pode ser igualada às putas (principalmente porque tem muita puta que é menos escrota e vulgar que muita mulher que não é profissionau do séquiço). A maioria, porém, adorava. Sempre que aparecia isso, tinha outros que aderiam dizendo “tudo puta” também. Logo o uso se generalizou para outros casos, tais como beeshas pagando mico, emos de subúrbio, favelados raquíticos pagando de preibói e machos esquisitos com cara de mau e um espaço inutilizado entre as orelhas.

A generalização aconteceu porque, no fim das contas, a vulgaridade e a escrotice não tem sexo nem classe social. Tanto a madame plastificada que posa pelada no apê da Zona Sul quanto a coitada favelada que aparece sentada num monte de telhas escondendo com os cotovelos as tetas caídas e fazendo pose de cadelinha assustada com o flash são, no fundo, a mesma coisa: é “tudo puta”. Assim como retardado otário que bota piercing artesanal no nariz, uma camisa do Simple Plan e um tênis All Star falsificado e posa com maquiagem excessiva numa laje de favela, assim como o riquinho metido a besta que mostra muque desenvolvido e alfabetização precária. É “tudo puta”.

Esta generalização pode ser repetida de outra forma, em outro campo. Os “místicos do conhecimento” são, também, “tudo puta”. Ou seja, se comportam de forma previsivelmente igual embora na aparência eles sejam diferentes, afinal, estão defendendo coisas muito diferentes e, em tese, podem até se odiar.

Astrologia, homeopatia, afrocentrismo, criacionismo, teosofia, espiritismo, neonazismo, acupuntura, revisionismo, design inteligente... é “tudo puta”.

Carl Sagan já dizia que no fundo toda pseudociência se baseia em nosso desejo de que as coisas sejam como nós queremos que elas sejam ― e não do jeito que são. Como as coisas não seguem nossos desejos, precisamos negar a realidade para poder crer em algo diferente. E para poder negar a realidade precisamos de um sistema que explique porque a realidade “não confere”. É nesse ponto que estas teses se tornam “tudo puta”.

Para começar a pseudociência é obscura, fala de coisas inexplicáveis, não descobertas, vagas. Todo mundo sabe qual é o objeto de estudo da entomologia, mas ninguém sabe do que fala a criptozoologia por exemplo. Todos sabem o que a história oficial diz sobre a Segunda Guerra Mundial, mas há inúmeras versões variantes circulando entre os revisionistas. Todo mundo entende muito bem o que a TE propõe, mas há dezenas de tipos de criacionismo por aí.

Diante dessa obscuridade, as putas científicas saem afirmando que têm um conhecimento especial, minoritário, perseguido, suprimido. Eles criam uma dicotomia entre a ciência “oficial”, “tradicional”, etc. e suas próprias idéias, tidas como novas, reveladoras, destrutivas para o “saber estabelecido”.

Outro argumento favorito deles todos é a crença quase mística em lideranças, cujos testemunhos, depoimentos, etc. são mais importantes do que a verdade, cuja reputação defendem diante de QUALQUER circunstância. Essas lideranças podem ser físicas (um líder mesmo) ou virtuais (um livro, um conceito), mas o efeito é o mesmo. Ver um neonazi dizendo que Hitler foi um incompreendido gênio é a mesma coisa que ver um afrocentrista dizendo que os egípcios eram negros, os gregos eram negros, os árabes eram negros, o leite da vaquinha preta era negro. Ver um homeopata difamando a “alopatia” e seus efeitos “nefastos” sobre o corpo é o mesmo que ver um criacionista espumando no canto da boca para falar que a TE conduz ao crime e à dissolução da sociedade.

É “tudo puta”.

domingo, 5 de outubro de 2008

Fetichismo Acadêmico

(...)


Há termos críticos, até jocosos, que designam esta ordem de questões éticas diante do fenômeno de proliferação na literatura científica. Alguns mais conhecidos, como “ciência-salame”: uma pesquisa é fatiada em unidades menores publicáveis para se tornarem vários artigos distribuídos em diferentes revistas. Outros menos comuns como “publicacionismo” e “produtivite” começam a ser utilizados para designar tal quadro.


Em outras palavras: um mesmo conteúdo pode aparecer em vários artigos, após receber pequenas mudanças cosméticas. A autocitação pode constituir-se no chamado “autoplágio”. Já há revistas que solicitam na declaração que se costuma fazer na entrega dos originais um item especificando não se tratar de publicação redundante. Outro aspecto importante seria se o artigo traz algo ao conhecimento ou à discussão científica, isto é, se é pertinente, relevante e “revelante”.



As questões éticas na pesquisa científica não são de forma alguma negligenciáveis. Em termos mais específicos, pode haver vários tipos de má-conduta e fraudes no meio científico, como o gerenciamento dos protocolos, amostragens e dos dados em geral. Ademais, há um crescente aumento de autores por artigo, significando mais do que o suposto aumento dos integrantes dos grupos de pesquisa, mas sim a possível prática de “escambo autoral” (meu nome no teu artigo, teu nome no meu artigo etc.).



A própria presença do plágio se torna algo mais praticável e difícil de ser percebido – ainda que sejam “microplágios” –, viabilizados pela cópia de trechos de textos disponíveis na Internet. Não parece ser incomum a prática de autores, ao utilizarem uma determinada referência consultada e indicada no próprio artigo destes autores, também citarem outra(s) referência(s) presente no artigo citado como citação de seu próprio artigo, sem haver a consulta específica de tal referência. Sem dúvidas, a tarefa de editar revistas científicas se tornou bastante complexa ao envolver intrincados e múltiplos aspectos éticos.



Cabe ainda assinalar que, ao lado do “publicacionismo”, convive-se com outro fenômeno acadêmico: o “citacionismo” – a grande importância do ato de citar outros autores e de ser-se citado em artigos –, que é em grande parte um efeito do êxito dos indicadores de impacto desenvolvidos pelo Institute for Scientific Information/ Thomson Scientific (ISI). Essa excessiva preocupação tornou-se, de certa forma, representativa do espírito de “avaliações rápidas” de nossos tempos modalizados na ambiência acadêmica. Aliás, a etimologia dos adjetivos latinos “citus, cita, citum” é emblemática ao indicar “posto em movimento”, “vivo”, “pronto”, “rápido”, “ligeiro”. É preciso produzir artigos que gerem citações, ou seja, que sejam publicados e tenham vitalidade para estarem presentes nas outras publicações.



CASTIEL, Luis David; SANZ-VALERO, Javier and RED MEI-CYTED. Entre fetichismo e sobrevivência: o artigo científico é uma mercadoria acadêmica?. Cad. Saúde Pública, Dec. 2007, vol.23, no.12, p.3041-3050. ISSN 0102-311X.


http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n12/25.pdf


Vêm por aí, o Fetichismo Acadêmico II, III, IV e V.