domingo, 12 de outubro de 2008

O médico e o monstro


Eu tento fugir, a cada momento aumento a velocidade dos meus passos, a respiração já está ofengante, aos poucos minhas pernas cansadas vão parando. Desisto e espero o momento do ataque. Já parado, olho para trás, estou só, se olho um pouco mais ao meu redor, vejo que ninguem parece querer me atacar, mas a sensação de que estou sendo seguido continua.
Mas se não há ninguem a me perseguir por que essa sensação nao para?
Aos poucos paro, reflito e me dou conta de algo que nao desejava saber: o meu perseguidor não estava realmente seguindo meus passos, isso pareceria bom, se a proxima constataçao não fosse a que mais poderia me amedrontar: Quem tanto me persegue está dentro de mim, como um câncer, por muito tempo inerte e que suga a minhas energias como se a fuga persistisse por quilometros, e sabendo que eu sou o criador de quem me amedronta, a cada istante se torna mais dificil aceitar que o que me faz sofrer é provavelmente o criei para me proteger de faces da vida que nao desejava enfrentar.
Como posso então me ver livre de algo ajudou na minha formação?
De que maneira meu algoz e eu podemos estar juntos para sempre?
Aos poucos começo a entender as divagações que reviravam a mente do Dr. Jeckill, e principalmente a necessidade que ele tinha de se manter sozinho, uma vez ele amava aqueles que o cercavam, e sabia do sofrimento que poderia causar, principalmente por saber que o monstro surgia e destruia sem que ele pudesse o controlar. Isso aliado ao fato que tanto o médico como o monstro obtem sua energia da mesma fonte. Então, como será possível destruí-lo e manter-se vivo?

4 comentários:

Muito massa!! poético e desabafante..
o título deveria ser "Divagações de um pote de ouro"

Isso me lembra... CBARADA! Eita pergunta boa essa do final, me incitou a assistir o vídeo.

O Jardineiro é Jesus, e as arvoros, somos noses.... =)

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