sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A síndrome do "Eu matei uma barata"

Vendo o post do camarada Alexandre, discípulo de Cavalcante, notei um comentário interessante de uma fervorosa colega, indagando-o sobre o "Porque enrolar tanto para contar tão simples fato".
Eu me perguntei, então, qual a essência do enrolar, ou por que as pessoas as vezes acham que estamos enrolando, apenas porque gostamos de contar em detalhes eventos que foram significativos para nós!

É realmente necessário dissecar ainda mais a nossa pueril convivência a fim de sintetizar nossos diálogos à mais basal escala de comunicação? Talvez sim, em certos casos, contudo os fins não justificam os meios. Nada justifica inibir ou reprimir uma mente tentando achar uma saida lógica ou ilógica para transcender. Nada mais relaxante e gostoso de escutar do que a interlocução de um causo. Uma interpretação cheia de detalhas, sendo cada uma delas um produto da percepção hormonal e biológica deste organismo. Apomorfias trabalhando em cooperativismo para proporcionar um "drink no inferno"! Que graça teria, apenas viver de sim e não!?

Mas na verdade, o que seria a enrolação? Muitas vezes narrar um fato não basta... saca só:

matei uma barata

poderia ser:

estava com raiva da vida, agunstiado porque não passei na prova, vi passando uma barata e quis descontar a raiva nela..
que também poderia ser:

Depois de colocar seus ovos, a barata sai em busca de alimento, principalmente em lugares com restos, provenientes do homem. Portanto, é provável que eventualmente algum humano irá pisar na barata.
ou até mesmo ser:

Fiquei feliz hoje... estava passando e encontrei uma daquelas baratas bem cascudas! Sabe aquelas que fazem você ter nojo por você e pelo seu amigo? Pronto! Daquelas... Olhei sua carapaça e balbuciei comigo: faça seu último desejo, ó ser seboso! Sem dó nem piedade estiquei meu pé acima do animal como um titã esmaga um pagão, e com a fúria de mil martelos de Thor esmaguei o pobre infeliz... Coitado.
Matei uma barata.

5 comentários:

kkkkkk boa, boa

Iria fazer um texto sobre! Parabéns Thiago, tirou as palavras de meus dedos (já que aqui digito). Então, li primeiro a postagem de Alexandre, e me deliciei com essa. Tratamento de Choque total!

Identifiquei a descrição Age of Mythology no seu último trecho!

"Estava eu aos prantos quando uma barata parou e pude perceber em seus grandes olhos desenhados em seu exoesqueleto o quão ela estava me observando naquela hora, procurando a umidade promovida pela minha lágrima ao tocar ao solo. Foi aí, neste momento, célebre momento, que ela se afogou."

kkkkkkkkkk num espalha não!!
=D Valeu maxo!

Que a libedade de disseminaçao de utilidades e inutilidades seja igual, quero sim passar meio hora escutando meu amigo me contar como ele fez pra matar uma borboleta usando formas não convencionais ou outra amiga me falar como chegou a universidade depois e o ônibus bater em um carro qu mais parece um inseto.
E daí, quero sim poder gastar meu tempo precioso com aquilo me me relaxa e que realmente tem valor na minha vida: meus amigos, não importa se eles vão divagar comigo sobre acontecimento s simples ou falar cobre o aumento de temperatura na zona polar qeu disseminou na extinção de um caramujo de 5 centímetros.

parece enrolação mas não é, acontece que há pessoas que não gosta de dificuldades mas sim de comodismo, vivemos numa sociedade que quer tudo pronto e com a nossa amiga Laura que fez o comentario nao foi diferente, talvez isso nos remete ao fato de pessoas não gostarem interpretar as ditas "enrolações", pois destas mesma podem estar o enigma de um texto.
Ah mas se eu fosse discipulo de Cavalcante ja estaria causando mutações em toda a UEPB, mas confesso que tenho tamanho apreço!

auehaeuhauhae Que nem o lema da EvoTv. Todos mudando e se adaptando!

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