19 de janeiro de 2009 – segunda-feira
Eis que chega nosso último dia de acampamento, e deixamos tristemente a saudosa “Vilinha dos Extremos” às 4:30 da madrugada. O Sol vêm a nascer às 5:30, e a Toyota que viria nos buscar, cumpre seu horário para chegarmos cedo, a ponto de pegarmos um dos carros (outra Toyota para variar) para Monteiro, e de lá o grupo se desfazer com Karina a caminho de Princesa Isabel e Rienzy, Emerson e Allysson para Campina Grande.
Quem vai dirigindo para a praça de São João do Tigre é Gilberson, o filho da dona Beta. O grupo volta para casa com pouca conversa e, um misto de sono e cansaço. Quem chega com Gilberson no Toyota é Seu Gonzaga com aquela risada fabulosa, que nos faz sorrir mesmo exaustos. Deixamos para ele a comida que não utilizamos no acampamento, e uma pequena quantia em dinheiro. Tínhamos certeza que logo após escutar a experiência da muralha da China construída em cima da Serra do Paulo por 8 homens em uma semana, com milhares de pedras justapostas, e com o detalhe principal de cada homem estar ganhando 30 reais por dia de trabalho extremamente pesado, aquela quantia que deixamos seria de grande valia.
Serras, serras e mais serras. Chegamos a placa do Serrote dos Caboclos e viramos à direita, logo avistamos a entrada da A.P.A. das Onças, um arco branco maravilhoso, passamos por quatro passagens molhadas durante o percurso. Chegamos a São João do Tigre imundos, com mochilas odorizando fumaça e logo colocamos as bolsas em um dos carros para Monteiro, o outro já estava cheio. Comemos pães em um dos armazéns da cidade.
Partimos em poucos minutos, chegamos a Monteiro após diversas ameaças de quebra dos frascos onde levávamos as amostras dos colêmbolos e dos oligoquetas devido aos diversos buracos, conhecemos dois moradores do Tigre que íam para Umbuzeiro, a Diana e o Sebastião, que nos olhava rapidamente e ficava encabulado, acho que nos admirando, o jeito dele me lembrava as primeiras fases de aprendizagem de uma criança. O susto do dia ficou por conta de um urubu que bateu no carro, ainda bem que na parte de cima e não diretamente no pára-brisa.
Colocamos nossos pertences no Real Bus, e o cobrador pergunta o que há no barril, e explicamos que ele estava vazio, colocamos nossas mochilas no compartimento lateral do ônibus, e temos como companhia o barulho de galinhas e suas respectivas proles que estavam sendo carregadas dentro do ônibus. A viagem acabou meio-dia, Emerson desceu antes do ponto-final, próximo a casa dele, os outros dois tiveram como ponto final a rodoviária nova.
Final da linha, final da aventura.
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