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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Autoria

Desabafo faz parte do cotidiano, um deles aprisiona meus neurônios: Autoria de artigos científicos em periódicos internacionais de grande impacto.

Primeiramente, parto da lógica e realidade na qual para se exigir autoria tem que participar da construção e saber defender o conteúdo do artigo.

Segundo as diretrizes do CNPq:

http://www.cnpq.br/normas/lei_po_085_11.htm


18: A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos critérios. Os supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria estudantes com pequena ou nenhuma contribuição nem excluir aqueles que efetivamente participaram do trabalho. Autoria fantasma em Ciência é eticamente inaceitável.
17: Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao trabalho merecem autoria em um manuscrito. Por contribuição significativa entende-se realização de experimentos, participação na elaboração do planejamento experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. Empréstimo de equipamentos, obtenção de financiamento ou supervisão geral, por si só não justificam a inclusão de novos autores, que devem ser objeto de agradecimento.

Além de várias outras diretrizes.

Coletar e montar o material é trabalho manual e não intelectual. A capacidade de descrever, discutir, concluir, além de, claro, historicizar tendo a competência de fazer isso em inglês, para uma revista internacional, é para poucos. Poucos que ainda passam pelo corredor da morte do editor e revisores. E após todo esse processo, ainda pagam o fee de esperar longos meses.

Para exigir colocação de agências de fomento, o dinheiro destinado às pesquisas deve também passar pelo crivo do artigo. Será que há dinheiro de projeto X ou Y aprovado que foi substancialmente, ou minimamente, importante para construção do artigo? Um dos casos é o de coleta, visto que há um trabalho paralelo durante uma coleta ou campo diferente, sendo que todo o trabalho descrito no artigo faz parte de ação laboratorial. O dinheiro destinado ao trabalho paralelo foi nulo, pois foi desenvolvido durante atividades que foram descritas em outros artigos, e vai do autor decidir se deve colocar ou não o nome de determinada fonte de dinheiro. Eu não colocaria a verba de campo, pois todo o trabalho descrito é laboratorial.

Receber agradecimento deve existir como educação, agora receber o nome de autor é para poucos.

Ler o artigo integralmente é a primeira das atitudes para não se cometer o equívoco de exigir agradecimento à verba destinada para outra área e para um ambiente distinto. Não ter competência para ciência e sugar o trabalho dos outros com base no verbo parasitar é danoso e até mesmo criminoso. Se não tem competência divulgue ciência, faça artigos de opinião para jornais locais, atuando assim na sociedade e divulgando as potencialidades da área estudada, do grupo estudado, do material estudado. Se não acha a ciência fácil, se a acha bruta e seca, arrume uma extensão.

Incompetência começa pela não internacionalização do conhecimento por programas de pós-graduação que exigem que o estudante saiba inglês para entrar, e não exige que os professores usem essa habilidade dos alunos, ou compartilhe bons textos e traduções para o inglês. Esse pode ser assunto de outra postagem.

Agir com emotividade na ciência é se matar. Quem julga algo com euforia, sempre acaba por se equivocar. O pior é se equivocar, e equivocar um grupo de amigos, compartilhando emotividades e mentiras que, parecido com a brincadeira do telefone sem fio, pode ter consequências pesadas.

Outro ponto vastamente tocado é o de qualidade na ciência, se existe determinada área, com determinado editor e revisores. É competência deles julgar a qualidade do trabalho. Ninguém melhor do que eles para fazer os periódicos onde fazem parte do corpo editorial crescerem.

Muita discussão porvir.

Descanse em paz, pulga atrás da orelha.

All

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

HD RELOADED


Mentes pensantes são conjuntos de ideias unidas pela lógica, a bela lógica que faz com que a cada dia possamos construir e reconstruir aquilo que precisamos. É nesse sentido que venho agora pensar, e o que mais me anima: expor meus pensamentos e minha linha de lógica no que eu acho ser uma oportunidade única de manter nossas sinapses culturais intactas.

O Holística Diária surgiu como uma forma de desabafo, uma turma de amigos que tinha muito o que falar e discutir, e a necessidade de expor essas ideias, aliás, nada mais comum em sociedades de primatas superiores do que a necessidade física de expor ideias e a partir da discussão estipular diferenças e principalmente alianças. A construção memética presente no HD permitiu um crescimento estupendo daqueles que verdadeiramente participavam do grupo de escritores. Mas mesmo assim o fim, ao menos como se imaginava, chegou no momento em que nos deixamos ser dominados pela infantilidade e principalmente nos deixar estafar pela inclusão de ideias contrárias as nossas.

Bom, não estamos aqui para falar do fim, mas sim do recomeço. Recomeço este esperado por todos os que compunham a linha editorial do blog, aqueles que depois de perder o espaço virtual se sentavam no chão e lançavam suas ideias ao ar, na esperança que estas, de alguma forma, sobrepujassem a trama de representação presente em cada um dos ouvintes, fazendo uma frase ser interpretada de maneiras diversas. Superada essa barreira, fica em cada um a expectativa em receber de volta acréscimos à ideia inicial, e que estas não sejam somente elogios vagos, e sim críticas reais, baseados em conhecimento anteriores e nas ideias construídas diariamente, a cada segundo, através de cada observação, por mais banal que um fato seja, uma vez que para cientistas, o que somos todos, a banalidade de um fato deve ser visto somente como resposta de mentes ignorantes a uma observação incompleta.

A beleza de poder construir ideias em grupo é partir do consenso inicial que os preconceitos serão minimizados, que teorias contrárias serão respeitadas.

RESPEITO, com base no que já passamos, venho tratar sobre respeito não somente como a reação nula a uma ideia contrária, e sim como uma atitude de abertura a ideias novas, poder receber um pensamento e se dispor a elaborar uma opinião que tente entender o ponto de vista do autor e não somente rechaçá-lo, ou aceitá-lo de forma passiva. Me pergunto as vezes porque eu tenho que concordar com o que os outros falam, mas isso também me leva a pensar, porque eu tenho que discordar? Podemos então colocar isso em outro nível quando eu me pergunto: sabendo que há outros conceitos e opiniões acerca das mesmas ideias, porque pensar que a minha está correta? O que há de especial no meu ponto de vista que me faz achar que o outro está totalmente errado?

A partir dessas questões, este texto inicial vem como um convite, não somente ao envio e publicação de ideias, as quais são muito bem vindas, mas principalmente como um pedido para que participemos juntos de um processo de mudança de ideias, de movimentação constante, uma dinâmica de conceitos, sem o certo e o errado, com uma observação e principalmente um admiração e respeito pelo transitório, este o único conhecimento que temos a nossa disposição hoje, agora.

Pensando assim, nada melhor que começar com os pensamentos do grande amigo, biólogo, filósofo, arqueólogo, enólogo, dentre outras qualidades, Allysson Allan.

O post 'The End' não nega a situação emotiva que passamos por nos desfazermos de algo que era um hospedeiro de situações cotidianas e compartilhamento de idéias e ideais. O 'up' ou 'increase' de rigor se deu logo após a finalização do blog, o grupo formado essencialmente de estudantes de biologia, que hoje são pós-graduandos em áreas distintas, compartilhou um pouco do debate tête-à-tête, levando o conteúdo para as aulas e diálogos em todas as partes.

Se não bastasse aquele arrependimento "- Que saudade do HD", tínhamos um retrocesso no diálogo com outros que não eram do grupo. Ou seja, para não causar impactos, nos abstivemos de muitos debates para não perdermos tempo, nem energia, em épocas que necessitaríamos.

Nada mais justo que retomar esse blog utilizando temáticas especializadas.

Aqui descobrimos que o reducionismo, o positivismo e o rigor tem lá seu lado bom. Aqui também descobrimos como funciona o sistema, a quem recorrer, e como funcionam as políticas públicas. Discernir o joio do trigo é importante, e cá estamos nós colidindo o passado com o presente. Um mundo de conhecimento está se formando localmente, mundialmente. Não podemos perder tempo, que seja dada a largada. Pedaços de engasgos também terão vez, logo após aprovação do Ribamar, nosso Editor-in-chief.

Assim, abatemos a distância que nos separa, tanto de você leitor, como entre nós, autores.

All.

E concluir com as boas vindas do grande Souto Melo, Uirá (2011) :

"Enfim, depois do fim, de volta. É o começo depois do fim, ou fim do fim que há anos começou? Mesma equipe, mesmos devaneios, mesma ingenuidade, mesma qualidade. O que diferencia agora é o mesmo; os mesmos não são mais os mesmos. Não me refiro a qualificações ou status, me refiro a experiência que por tempos não era compartilhada. Amadurecemos, as ideias talvez também. Textos serão escritos, pensamentos serão libertados, pontos de vista criticados e compromisso garantido. Faço dessas palavras a garantia das minhas ações e reações. De rotina, de volta ao Holística Diária."

quinta-feira, 25 de junho de 2009

4 Séculos de Exploração

Triste Bahia, explorada e registrada artisticamente no passado. Analogias são válidas para os outros Estados atualmente. A escassez de recursos já é mostrada através das estrofes, uma prostituição escravagista da terra, imaginem dos trabalhadores dela. Há quatrocentos anos atrás.

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!



Gregório de Matos, por volta de 1600.

Outro registro interessante, mais explorações da "colonizadora" Portugal, isso em 1655:

"Conjugam por todos os modos o Verbo Rapio, porque furtam por todos os modos da arte, não falando em outros novos e esquisitos. Tanto que lá chegam, começam a furtar pelo modo Indicativo, porque a primeira informação que pedem aos práticos é que lhes apontem e mostrem os caminhos por onde podem abarcar tudo. Furtam pelo modo Imperativo, porque como têm o mero e misto império, todo ele aplicam despoticamente às execuções da rapina. Furtam pelo modo Mandativo, porque aceitam quanto lhes mandam, e para que mandem todos, os que não mandam não são aceitos. Furtam pelo modo Optativo, porque desejam quanto lhes parece bem, e gabando as coisas desejadas aos donos delas, por cortesia sem vontade as fazem suas. Furtam pelo modo Conjuntivo, porque ajuntam o seu ponto cabedal com o daqueles que manejam muito, e basta só que ajuntem a sua graça, para serem, quando menos, meeiros da ganância. Furtam pelo modo Potencial, porque, sem pretexto, nem cerimônia usam de potência. Furtam pelo modo Permissivo, porque permitem que outros furtem, e estes compram as permissões. Furtam pelo modo Infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes, em que se vão continuando os furtos. Estes mesmos modos conjugam por todas as Pessoas, porque a primeira pessoa do Verbo é a sua, as segundas os seus criados e as terceiras, quantas para isso têm indústria e consciência. Furtam juntamente por todos os tempos, porque do Presente (que é o seu tempo) colhem quanto dá de si o triênio, e para incluírem no Presente o Pretérito e Futuro, do Pretérito desenterram crimes, de que vendem os perdões e dívidas esquecidas, de que se pagam inteiramente, e do Futuro empenham as rendas, e antecipam os contratos, com que tudo o caído, e não caído lhe vem cair nas mãos. Finalmente, nos mesmos tempos não lhes escapam os Imperfeitos, Perfeitos, Plusquam Perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtaram, furtavam, furtariam e haveriam de furtar mais, se mais houvesse. Em suma que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo Verbo: a furtar para furtar."

O literato pe. Antônio Vieira nos mostra o quão, um registro histórico, é imprescindível para deixá-lo imortalizado, bem como imortalizar o sistema gajo-econômico da época. Uma verdadeira aula, denotativamente, de português.

Ele também cita Aristóteles levando em consideração a noção de governança do mundo, que se divide em onze paixões, mas acaba se resumindo em duas, dois polos que o dividem: o amor e o ódio. Por isso, tão mal governado.

Com amor o demônio é formoso.
Desabafo aqui o que não posso fazer a curto prazo, nem a médio, nem a longo. Acabar com a política exploratória brasileira. Só nos resta fazer registros desocultando a realidade, intervir nos espaços, existir.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Omissão Sensata

“- Nunca meu trabalho foi reconhecido durante a gestão do CABio.”

Após caloroso debate sobre a formatura da turma, lá estava este desfecho. Sentimento de missão cumprida. Discurso maravilhoso.

Acabou. Simplesmente a representação estudantil, acabou. Fico feliz por esses momentos, momentos de desabafo ao coletivo. O eterno ato de jogar responsabilidades. Nunca disse não, mas esse foi o primeiro, e com gosto. Afinal, já chega. Joguei a peteca, tomara que ela caia.

Assembléia Geral dos Estudantes no dia 22 de maio, um dia após o Dia D da evolução, Dia 21 de maio. E lá estou eu, a esperar algum componente da sala que faço parte, comparecer. Desculpas, saídas, enfim, nada de zelo pelo curso, pela representação estudantil. Pelo futuro nome da Instituição de Ensino Superior que levarão no currículo, Lattes de preferência (a síndrome). Era uma simples tarde, começou às 14 e foi até às 17 horas, debates intensos, e nada de representantes de sala. Uns criticam que não almoçaram, outros que estarão ocupados à tarde, outros olham com indiferença e não respondem porra nenhuma. Afinal:

“- Não me trará lucro”

Algo construído pelo coletivo, diversas ações ao longo do ano, a construção delas, pesadas. Sudorese pura, aulas perdidas, diversas. Claro, em diversas comissões organizadoras: Semana Universidade Pensante, ENEComp, COREBio, EREB-NE, ENEB, Encontro de Etnobiologia e Etnoecologia, Calouradas, Manifestações, Dia disso, Dia daquilo, daquilo outro. E lá estava eu, organizando, organizando, organizando. A última e mais dispendiosa, Comissão Eleitoral do CCBS 2009, com o recorde de 89 memorandos em uma madrugada.

Chega a grande época! Belle époque em quase cinco anos! Final do curso, formatura?! Escuto:

“- Perco aulas, participo de diversas reuniões toda semana, só eu sou Comissão Organizadora, e não ganho nada por isso”.

Passa diversas cenas na cabeça, desde o início do CABio, de minha entrada no DCE, de diversos encontros de estudante. Todos os eventos na base do voluntariado. Todos finalizados em pleno êxito. Todos exímios, construtivos, cheios de contatos. Estava lá eu, conhecendo, e sendo reconhecido, por quem? Pela administração da Universidade, será que só serei valorizado pelo trabalho que desempenho frente a eles? Os próprios estudantes nunca valorizaram um quê, uma ou outra vírgula. Enquanto à frente da administração central da Universidade, tenho respeito e reconhecimento.

Destes por aqueles? Fico com estes.

Aprendi algo durante essas experiências de representação estudantil. Relações de poder, saber se inserir nos espaços. Faz bem ter discurso, para chegar a um orientador da linha que desejas, para chegar a um administrador público, fazer contatos, inúmeros contatos. Saber fazer memos, ofícios, editais.

Atualmente me valho destes artifícios, de expedir os papéis em forma de dinheiro, os auxílios. Pedidos para todos os locais, Secretaria de Interiorização, Reitoria, Coordenação de Curso, Assembléia Legislativa. Existem rubricas específicas para isso, direito nosso. Quem nasceu em berço de ouro, sabe muito bem o quão dinheiro é fácil, e assim vão levando a vida, utilizando o dinheiro do pai, da mãe, do trabalho. É mais cômodo sentar a bunda na cadeira, do que ir atrás do produto do trabalho.

Nessa corrida pelo auxílio saio na dianteira, afinal trabalho reconhecido é mais fácil de ser aprovado. A confiança conta muito nestas relações de poder. Nisso eu ganhei, e continuo ganhando, hora de chegar ao Consulado quem sabe, hora de se inserir mais ainda noutros espaços. Embora individualmente, uma pena. Trabalhos dispendiosos, energia e tempo concentrados. Estarei eu fora, em breve, tenho certeza. Com o dinheiro da tão almejada formatura, será minha passagem de ida, sem volta.

Espero que consigam concluir os festejos formais de final de curso com os serviços contratados por uma empresa. Diversos discursos contra a contratação desta empresa, mas enfim, tudo de última hora, desespero na porta. Dinheiro serve pra que? Pra tudo não? Ate para fazer uma formatura de última hora.

Aquela tira de “otário” na testa acabou. Hora de encher o currículo. Projetos de pesquisa, colêmbolos, sítios arqueológicos, e todo o resto. O HTTP://evobiouepb.blogspot.com acabou, todas as cinco etapas previstas, com diversos produtos inesperados. Agora tenho mais argumentos, e futuramente terei o prazer de falar que sou profissional, seguindo os três pilares do ensino superior.

A “formatação”, a festa! Vem aí! Em parcelas máximas de R$: 1,99 via paypal. Um exemplo de festa, com direito a queima de fotos, provas, e relatórios diversos, exsicatas também estão prometidas para a grande fogueira. Quem se interessar, se manifeste, estaremos fazendo o levantamento dos participantes pelo método de Lincoln. Se estiver marcado e for recapturado, entra na festa.

Já o Centro Acadêmico de Biologia da UEPB (campus I)?

Saibam que a última Assembléia Geral dos Estudantes ocorreu no dia 02/05/1999, há dez anos, para legitimar a gestão que estava irregular. A última modificação do Estatuto por Assembléia Geral dos Estudantes, não há registros nos livros de ATA. Algo histórico, jamais acontecido. Agora posso assinar com vigor. O único que elogiou tal feitio foi o atual diretor do CCBS. Uma pena. Só a administração geral.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Auto-Imune

Hoje, há pouco (por volta das 18 horas) na UFCG estava eu caminhando em busca da xérox mais barata, isso logo após ter deixado a reunião da comissão eleitoral do CCBS, e ganhar uma carona do presidente da comissão. Exausto, sigo, e encontro amigos. Um deles travestido de pastor, ou empresário, não sei direito o que era, mas logo chego me divertindo com aquela situação (de proletário para burguês). Outro, o que vou enredar essa narrativa, seguia seu caminho, e logo parou ao me ver. Escuto um "- Opa!" caloroso, e a velha pergunta "- Como está o CABio?". Logo reconheço a ausência deste no rotineiro dia-dia do curso (que parece ensino médio). "- Por que não tens ido mais assistir aula?" Claro, sem responder antes a pergunta do CABio. E ele me disse que problemas de saúde afastaram-o. Dores nos ossos, que impossibilitariam a permanência deste no curso. Me convida para beber um suco, digo que estou com azia e não vou. Culpa do café, misturado com suco de manga e Coca-Cola.

Sigo conversando com o ser travestido de pastor/empresário, grande amigo antigo de movimento estudantil, que só andava de camiseta de congresso, sempre colocando a culpa na: "- Conjuntura, analisei minha conjuntura e vi que não estava dando certo, mudei". Conversa boa, tchau.

Sigo para a xérox, o ex-graduando de Bio agora lanchando. Passo, desapercebido.

Cópias de três capítulos de genética feitas. Missão cumprida na UFCG.

Me direciono ao ponto de ônibus, dentro deste intervalo de tempo e espaço, converso com outros diversos amigos.

Chego no ponto, e logo o vejo com outro amigo, agora de eng. de produção. Amigo de fumo, que está terminando o curso, onde eu deveria estar terminando também as últimas disciplinas neste semestre. E o mais interessante, saber qu'ele toca um projeto de extensão na área de tecnologia, após a aprovação há pouco na seleção do PROBEX (Bolsa de Extensão) na área de Gestão Ambiental. Feliz estou.

Entramos no 333, o amigo de produção senta do meu lado, esse outro meu amigo que deixou a Bio senta logo atrás. Este último permanece calado. O outro vai conversando sobre a turma qu'eu fazia parte, quem está se formando, e já sabendo quem está, só faço confirmar minhas expectativas. Feliz permaneço.

Desço do ônibus na Integração, me despeço da potência produtiva, e logo o que permanecia calado se levanta na minha frente, e segue, indago "- Nesta metade do ano, eleições para o CABio, queres coordenar pro lá?". Ele responde "- Não quero mais saber de política, depois que a Correnteza perdeu duas vezes na UFCG!". Aquele sorriso sarcástico dos dois impera.

Puxo conversa, enfatizando o porquê dele ter deixado a Biologia. Ele me explica:

"- Estou com problemas nos ossos, na lombar, nos braços, nas pernas, na coluna. Depois de uma trilha, não posso mais fazê-la, devido a estes problemas."

O silêncio impera, eu embora curioso, permaneço em calado, nada pior do que perguntar a doença de outrem diretamente à ele.

Alguns minutos se passam.

"- Doença imuno-deficiente" ele diz. E completa "- Mas, você gosta de biologia, né?". E eu sem entender porque ele completa com essa pergunta, cansaço, respondo com um "- Sim".

Logo, ele aperta minha mão e sai de perto. Ganha seu rumo, fico observando-o. Ele foi para seu ponto. Depois de alguns minutos, longe de mim ele passa, se afastando, não pegando mais o ônibus, ganhando o rumo do Açude Novo.

Descanso, quase dormindo e flashback.

"- Doença imuno-deficiente"?

?

Porra, caiu a ficha.

Pego o ônibus, refletindo.

Chego em casa, refletindo.

Triste permaneço, debaixo do chuveiro passo alguns minutos.

Ele deve ter ido se esconder, assim como todos os outros que são discriminados por tal doença. Descoberta pesada essa minha, não sei qual seria minha reação, se a "doença imuno-deficiente" fosse diretamente dita.

"AIDS"

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Didática Esquizofrênica


Às 7 da manhã!

Grito aos quatro cantos da sala: " - Didática!". Mas, ninguém me ouve. Sou vaiado mentalmente, entro em transe, fico invisível ante os outros companheiros hipnotizados pela aula, ou sem o mínimo de atenção nela. Passo por trás do data-show, desapercebido abro a porta, saio sem bater. Sento no banco ao lado da porta, penso. Logo, caminho até a lanchonete.

Tomo café, converso, após 30 minutos, vou à sala, com maior vontade, maior vontade de atenção, embora com senso-crítico mais apurado. Abro a porta, clima de sono, penumbra. Escuto os tics do professor, "-né?" "-né?" "-né?".

Um coração de mamífero, aula de anfíbio. Dipnoi representando salamandra.

Chega! Não dá mais. Se já não bastasse ler os slides mal, errando a leitura, mente deslavadamente?

Escrevo, critico, critico, critico, mas nada. Convenhamos, aula estritamente feita para presenças.

Época de provas, quatro capítulos após oito meses de peixe. Estudar?

Pesquisar e Extensionar.

Resultado, todos abaixo da média. Santa masturbação intelectual.

Preocupado, o professor para a aula após escutar um barulho lá atrás: "- Olha quem quiser sair, pode sair, agora não queiram conversar na aula não"; "- Não dá, não dá, passo 12 horas fazendo uma apresentação de power point para vocês ficarem conversando?".

Agora o cúmulo, para finalizar:

Incorporating Ontogeny into the Matrix: A Phylogenetic Evaluation of Developmental Evidence for the Origin of Modern Amphibians. Anderson, J. S.

Diversos nomes estranhos de grupos com caracteres desconhecidos, traduzimos, e qual destino a tradução ganha? Gaveta. Provas? Gaveta. Zoologia? Gaveta.

Sem tesão, deixo aqui minhas condolências à disciplina.

"- Né?"

segunda-feira, 23 de março de 2009

Estado Laico

Se o Estado é laico, por que o próximo feriado é a Semana Santa?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Plesiomorfias II

A Ecologia Política nos leva às críticas da ideologia que pode ser formar através do estudo dos conflitos pelos recursos naturais, e dos estudos que podem ser formar através das ideologias. Como a sociologia, a metodologia ecóloga política pode tomar uma base ideológica para argumentar sobre os estudos.

Começo o texto com Ecologia Política, pois a influência do ambiente pode cancelar a influência genética? Qual dos dois é mais importante neste processo?

Citamos trabalhos ligados à história, trabalhos ligados ao patriarcalismo. Essa vertente tem um quê histórico de exploração de gênero, e isso na vista de alguns é algo genético. Enquanto outros, argumentam que o momento social, as ações em determinado tempo, tinha como característica comum esta: Exploração da Mulher.

O mesmo como capitalismo, sendo ele natural, segue estratégia análoga ao patriarcalismo. Sendo este, portanto genético, seria repassado à prole que desenvolverá esta cultura, a cultura do dinheiro, quiçá lucro. Estaremos nós codificados geneticamente com informações que influenciem totalmente nossa ideologia, cultura, filosofias?

As células neuronais são importantes neste processos de estímulos, s'eu fosse escolher uma célula específica ao estudos destas adversidades em busca do capital, utilizaria o neurônio, por ele apresentar grande influência nas áreas cerebrais, recebendo estímulos e distribuindo aos lobos responsáveis pelos cinco sentidos. Maravilhoso cérebro, que é compacto, digno do raciocínio rápido, estimulos involuntários precisos.

Levando em consideração a Psicologia da Aprendizagem, o consciente leva em consideração o necessário e o supérfluo, este último é influenciado pelo euri-superego, o id leva em consideração o instinto, o necessário de fato. O feedback sempre deve acontecer entre o limite dos instintos em busca do necessário, até onde é necessário? Se deixar o superego levar, este euri-superego, vamos gozar de superfluidades, dignas de algo industrial, superficial, empresarial, excluidor, com obsolescência programada.

Até onde esse argumento da genética continuará? Determinismo biológico?

O marasmo do cala-te (síndrome da mudez), economize energia, e não dissemine informações, também parece fazer parte deste contexto, onde poucos mostram interesse sobre o assunto (social), e boa parte das informações são obscuras pela própria elitização que forma o grupo de estudos em genética de Universidade X ou Y. Tomara que a Z seja menos técnica, e mais social.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

As estratégias de Mercado da WMG e Youtube

Hoje, após uploadear um vídeo no gigante Youtube, recebo a seguinte mensagem do mesmo:

Prezado(a) allyssonallan,

Seu vídeo, Serra do Paulo - São João do Tigre/PB I, pode ter conteúdo que é de propriedade ou licenciado por WMG.

Você não precisa fazer nada. No entanto, se desejar saber como seu vídeo será afetado, consulte a seção Correspondências de ID do conteúdo da sua conta para obter mais informações.

Sincerely,

- Equipe do YouTube

Ou seja, meu vídeo foi impossibilitado de sair o áudio, isso porque coloquei alguns segundos da música de REM - It's the End of The World as We Know It. Fico extremamente triste com tal mensagem, e não uploaderei vídeos no Youtube. Google Videos, por enquanto. Depois outro hospedador de vídeos, pois já sei que essas práticas se replicam. Uma pena que isso tenha acontecido, acontece e acontecerá.

Aconteceu novamente,

28/02/09 - 22:40

Dear member,

This is to notify you that your video "sjtI.wmv" from your Google Video
account has been disabled because it has been identified by our Content
Identification tools as potentially lacking the necessary copyright
authorization for use on the Google Video site. Content Identification is
a program that analyzes similarities in audio or video between user videos
and a library of reference content provided to us by copyright owners.
When a video matches a reference file, that video is automatically
disabled.


If you believe that this identification is a mistake, please click on the
following link to learn how you can dispute this
http://video.google.com/support/bin/answer.py?answer=82442

Please note: Repeat incidents of copyright infringement will result in the
deletion of your account and all videos uploaded to that account. In
order to avoid future strikes against your account, please delete any
videos to which you do not have all rights, and refrain from uploading
additional videos that infringe on the copyrights of others.

More information about Content Identification can be found at this link
http://video.google.com/support/bin/answer.py?answer=82734

Sincerely,

The Google Video Team
http://video.google.com/

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A Morte Como um Prelúdio

Há tempos não escrevia...


Estava lendo o post "O Final de Um Blog", e refletindo sobre a imagem do túmulo que tem lá.. Achei bem interessante a analogia..

Mas quem sabe a "Morte" deste blog, não era o elemento chave que faltava para entrarmos em uma nova fase?
Talvez após a "morte", as entranhas, partes de fácil decomposição, foram retiradas de nós... carcumidas!

A parte mais simplória, mais visceral, se foi! Se fizermos uma analogia disto com a maturidade, acho que este processo nos fez mais maduros! O Esqueleto deixado para traz, mostra fisicamente que passamos por uma situação apertada, mas o que sobrou, meus amigos, é justamente a parte mais forte!!! Osteoblastos Universais, Cristais de Adamantium, Nitrogênio Líquido, Tudo! (Momento Allysson)...

Através desta força de seleção natural, estamos aqui, em parte, mas estamos, Firmes e fortes! Prontos para colocar o blog nos trilhos novamente.


Mais uma vez me desculpo pela minha ausencia, mas agora é tudo novo! A começar pelo template!



bingo Web Poll



Considero isso como um presente de "Ano novo" pra o Holística... .e o quão simplórias são estas coisas de presentes e promessas.. como se ao passar de alguns segundos aquela pessoa amarga vá se tornar o serginho malandro... Como se tudo que aconteceu não importasse mais, só porque se passaram alguns dias.. meses.. segundos! Ano novo, ano velho... Qual a diferença?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Pessoas mudam. Mudam?

Primeiro vamos descrever o que é ser alguém. As pessoas são classificadas de acordo com a expressão de sua essência. A essência determinará o ego de cada um. Essência, resumindo, deve-se em total parte aos seus genes, ou a expressão deles. Você nasce para o que é, ou não. A que se dá essa margem paradoxal? Na verdade, você será a expressão dos seus genes. Como um gene geralmente se expressa? Através da resposta à ação do meio. Também é relevante o tempo exposto ao meio. Nasci para ser obeso, não tenho os genes que expressam a proteína leptina ou seus receptores. Serei obeso se, invariavelmente se, em minha dieta houver alimentos gordurosos.

Outro exemplo: Possuo os genes que expressam o vício à ingestão de álcool. Serei alcoólatra se, invariavelmente se, começar a degustar bebidas destiladas. Eufemismo às vezes cai bem. Para não decepcionar antropólogos e sociólogos, considero o social uma parte encaixante do meio. Fator social também é fator do meio. Saindo da ciência, entrarei um pouco na filosofia. Pessoas são a reação e a aprendizagem aos fatores do meio, tal reação definida por sua essência. Geralmente quando digo que uma pessoa mudou, ocorreu uma apatia da minha parte sobre o que eu tinha em mente referente àquela pessoa. Se fulano mudou significa que aquilo que eu esperava dele não será mais correspondido. Vemos as pessoas com olhos egoístas. Não vemos as pessoas como elas são, e sim, como gostaríamos que fossem.

Sem mais circunlóquios, todo esse silogismo foi para definir a palavra central do texto: liberdade. O que a liberdade tem a ver com “pessoas mudam”? As pessoas são a expressão da liberdade que lhes damos. Exemplos são melhores de se ter um bom entendimento. Namoro uma menina que cujo pai é sério, intransigente, lacônico e não gosta de brincadeiras. Digamos que sou extrovertido, palreador, dinâmico e prolixo. Havendo um respeito em jogo, nas supostas ocasiões em que eu estiver presente do meu sogro, agirei de forma diferente à minha essência. Serei também sério e lacônico. Caso haja outro evento, no qual ele me viu vociferando “heresias” ou palavrões, qual será sua primeira reação? Ele dirá: Pessoas mudam. Mudei? Na verdade, eu sempre fui o mesmo, o que não havia era a liberdade da expressão das minhas características em ambientes onde meu sogro estivera presente. Aos olhos dele, eu era uma pessoa boa, e era alguém em que se podia confiar (por ser parecido com ele). Após a demonstração real do meu ego, virei uma pessoa má, uma cobra, um vilão (por não satisfazer a imagem distorcida que o mesmo tinha de mim). Ao epílogo, uma pessoa é a resposta que seu organismo dá em relação ao meio exposto, cientificamente falando, filosoficamente falando também. O que muda são os olhos de quem ver. Quem mais fala que os outros mudam ou mudaram, são aqueles que nunca deram a real liberdade aos outros para que expusessem o que significantemente eram.

A liberdade é aquela em que ambos os indivíduos demonstram suas características, sem que ambos critiquem e/ou não aceitem ser criticados. Se me chamam de gordo e feio, primeiramente, quem me chamou deve me dar a liberdade de dizer o que acho dele. Em segunda parte, devo ser um crítico ávido do meu ego para conhecer-me bem e aceitar a opinião do outro, saber até onde ela é real ou imaginária. Pessoas não mudam, no máximo passam por fases onde o meio expressará diferentes características do indivíduo. Apenas fases. Essência é imutável, a real essência. O que se muda realmente, são opiniões de quem nunca deu liberdade o suficiente para conhecer essencialmente o outro.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O Final de um Blog


Deduzindo fatos, observando outros. Percebemos que o blog morre, quando os embates ideológicos tendem a acabar. Com base no passado, e desta forma, prevendo (probabilisticamente) algumas ações futuras, tenho certeza que fatores externos se ligam a defesa de uma idéia central ou outra. Como assim? Por exemplo, se algo x acontece no meio de uma jornada extensa de trabalho feita por uma equipe, e a idéia central do algo x é bem vista por alguns do grupo, e mal enxergada por outros, há uma ruptura e os padrões não convergem, pois o poder de persuasão da pessoa que toma a frente da idéia x é berço de uma idéia y por aqueles que não gostaram, após uma estafante jornada de trabalho, das atitudes tomadas por aqueles que defendem a idéia x. Daí os ideais não se ligam, dicotomias, contradições, até culminar nas mudanças conceituais. Dentro destes padrões de mudança conceitual, a persuasão dita no início não influencia muito em um grupo onde todos têm voz e voto com as idéias opostas x e y formadas. Logo após, o grupo cria censuras, estas denominamos barreiras, limites mentais impostos por não avaliar a viabilidade de x ou y ou z (uma outra idéia neutra que pode nascer da guerra entre x e y). Portanto, o sentimento de orgulho, que nos leva ao patamar de imutabilidade das idéias, leva a crer que o x ou o y está certo, e que, só e somente, um dos dois leva à certeza, e esse é o primeiro equívoco. O segundo é ligado à impotência de persuadir o seu oponente. Um membro do grupo fica inutilizado em uma espécie de geladeira dialética, e depois morre com o pensamento: “o que vou fazer aqui gastando minha energia, que pode ser útil para outra ação”. Fazendo com que as futuras idéias construtivas x1, x2, x3, x4, x(n) não se propaguem corretamente, e aquele ideal y, que também pode se tornar y1, y2, y3 se opondo ao x ou não. Isso acontece muito na política, nas relações de poder, a persuasão é implícita, mas existe. As negociações para um ganho de confiabilidade é feito no ambiente externo ao palco onde se desenrolam as discussões acaloradas, e após a quebra da barreira inicial, com diversas idéias convergindo para um único ponto, há um uso demasiado do “não” no discurso alheio, mas, porém, contudo, todavia. Não o “sim, e acrescento ...”. Sim o “não, mas...”.


Geralmente os argumentos têm por trás um que de história, e devemos analisá-la também. Desde os primórdios da evolução ontogenética, onde tomamos como referencial para o futuro, os pais. Levamos conosco idéias centrais que influenciam até boa parte da vida, quando nos depararmos com um mundo externo ao lar, por exemplo, a escola onde passamos metade do dia, e logo após a universidade, onde passarmos geralmente o dia inteiro. Sem contar na internet que nos conecta indiretamente a escola e a universidade. Passamos maior parte do dia em determinados locais, onde agregamos valores, e esses valores impregnam os ideais de vida de cada um de nós, seja o viés ego, antropo, ou ecocêntrico. Este último é um tanto difícil de reinar ante os dois primeiros, embora a cobiça e o oportunismo se sobressaiam, e façam parte da “sobrevivência” dos dois primeiros prefixos citados anteriormente. Quando um blog morre, as idéias centrais não batem, os autores não digitam, e a confiança vai, vulgarmente, para o beleléu. É um produto de existência zero. Como fazemos mal uso de nossos sentidos, não percebemos essas relações em nosso dia-dia. A vida não se tornaria seca ou maquiavélica, se o “passatempo” da persuasão fosse mental, o problema é quando o passatempo se exterioriza através de emotividades fúteis dentro de metas e objetivos em busca de materiais supérfluos à vida.



Sempre levei em consideração o diálogo como fonte de construção humana, embora o orgulho, eufemisticamente a falta de sociabilidade, seja maior. Esse é um erro crasso, qualitativamente abominável em qualquer tipo de táxon. Espero que os autores do Holística retomem seus postos.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fogo, vinho e pizza

As postagens em blogs são como chamas. Quando há muito calor elas continuam acesas por muito tempo. Empecilhos do dia-dia são os grandes responsáveis pela falta de criatividade? Ou não. Exponho aqui uma das situações que vivenciei neste último dia 8 (de dezembro).

Saindo com uma amiga pelas ruas de Campina Grande, convidei ela a ser minha companhia no Açude Novo, era por volta das 18 horas. Ficamos bebendo vinho no barzinho da sinuca, e filosofando a vida, falando sobre amor, sexo, família, dia-dia, etc. Logo após alguns copos de vinho, pude receber uma inusitada visita na mesa, uma senhora, ébria, com diversos netinhos, que segundo ela estavam saindo de casa raramente, e só ela fazia esse papel de levar as crianças para passear. Alguns minutos de prosa, e chega uma das netas, logo se apresentando. "- Meu nome é Vitória". Não muito tempo depois, chega o resto do grupo e ela formidavelmente começa a apresentar o nome de um por um. Impossível não refletir nossas práticas do dia-dia com uma família, embora com a avó ébria, feliz. Feliz? É o que chegava de lógico em minha mente, os netinhos sorridentes, cuidando da avó. "- Vem vó, deixa de incomodar eles", se referindo a nós dois. O mesmo falava o garçom, incomodado com a presença da velhinha: "- Minha senhora, deixe de incomodá-los", e ela: " - Ali são conhecidos meus". Era engraçada e reflexiva a cena.

Algumas horas depois, por volta das 21 , a fome bate, e vamos para um local mais requintado, uma pizzaria italiana, com música agradável para um bate-papo, toda decorada. Sentamos, e logo temos atenção de todos, como também a babação e o atendimento rápido dos garçons. A pizza chega, e com ela um casal senta ao nosso lado, um casal com duas crianças, uma por volta de 10 anos, e uma menina que não chegava aos 4. A menina, estava super feliz com uma boneca de pano, e tinha atenção integral dos pais, não podia sair de perto da mesa, e nos achava extraterrestres pelos poucos olhares de boa vizinhança que a menina fazia, acho que por não nos conhecer.

Isso significa o que?

Meninas da mesma faixa etária, em realidades diferentes. Uma mais acanhada, outra extrovertida. Das duas, a última. A super proteção dos pais em deixar a criança esquizofrênica, com sua amiga bonequinha, é extremamente danosa no desenvolvimento cognitivo da criança. C0gnitivo, intrinsecamente ligado à aprendizagem. A Vitória, hoje deve estar toda tagarela com os amigos na rua, já que os pais não saem de casa, e deixam a criança ao léu com a avó, e só ela promove essas saídas espontâneas com os netinhos.

São lições cotidianas, experiências válidas para ficarmos pensando, principalmente sobre efeito do etílico. Vou fazer isso mais vezes, agora sozinho, anotando essas pérolas de nosso dia-dia.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Bem-estar? Dez?

Reflexões, me sinto mal por compartilhar o sentimento de passividade ante o quadro de professores que temos, em suma dinossauros, que estão muito próximos da aposentadoria e deixam o pilar Ensino ao léu, bem como não sabem que existe os pilares Pesquisa e Extensão a serem cumpridos. Sistema nojento de repressão às atitudes de crítica formal aos professores, vindas de Coordenação/Departamento, quantas vezes a metodologia do deixar para o próximo ano, ou até mesmo, o aluno é temporário, o professor não, existe dentro de cursos de graduação por todo Brasil. Sinto-me conivente com tais ações passivas, e aqui desabafo como futuro profissional que serei, até que ponto devemos nos calar ante tais ações de medievalismo em sala-de-aula.



Bem-estar? Reflexões tomam frente esta palavra, sinto-me inútil, o que faço do meu tempo que me faz feliz. Após um dez, em uma prova de ecologia, a tristeza reina. O modelo não me satisfaz, é um modelo de dez para alguns, e abaixo de sete para outros, será que isso reflete o dia-dia, será que isso condiz mesmo com a aprendizagem excluidora? Embora utilize os velhos textos inspirados no Rickelefs, sentimentalizo aqui a importância das dissertações, imagina viajar os quatro cantos do mundo, explicar mecanismos globais, até mesmo cósmicos, receber bem o aluno, um show de prática por um professor de Ecologia. E é por isso que meu bem-estar está embaixo da zona oceânica com carbonato de cálcio, muito baixo mesmo. Pois o legado que este nos deixa, outros desconstroem, aliás, muitos outros, e essa é a causa maior de minha tristeza. Não só professores, mas alunos, administradores do curso, funcionários, todos coniventes com o sistema autoritário, sem diálogo, sem negociações. Repressão total, indiscriminada. Quanto aos alunos? Egocentrismo, imposição religiosa, babões, mercadológicos, onde se contentam com dez, uma pena. Para que o dez em nossas vidas se não fazemos outros tantos, em prol do existencialismo coletivo. O grande professor de Ecologia nos leva a reflexões legais, aulas super didáticas, embora nos deixe em breve, e esse será o tema de meu próximo post. Até breve.

sábado, 15 de novembro de 2008

Prá o DNA, diga SÁ!


Certo dia J. Pinto Fernandes foi convidado a convidado a almoçar na casa de uma pessoa que dividia com ele a identidade de uma série de combinações genetícas graças ao enlace sexual entre dois casais, este em perídos de tempo distintos.
Graças a essa semelhança genética, as pessoas que o tinham convidado se deram o direito de opinar sobre as atitudes e escolhas do J. de maneira incisivamente inoportuna, mesmo que essas pessoas não tenham o mínimo conhecimento sobre o cotidiano do nosso amigo, mas como eles vivem falando: "irmão é pra isso mesmo", "irmao é assim qeu faz, tem que escutar e respeitar, até porque é irmão mais velho".

Sim, parentesco genético, o amigo J. escolheu isso?

Enquanto a personalidade está a ser formada, várias pessoas auxiliam na cunha de caracteres que nos tornam nós, e essas pessoas ficam em nossas vidas de forma que se tornam mais intímas, ocupando espaços que caracteristicamente pertenciam a família.
Mas se o amigo J. deciciu que a família que ele foi escolhida por ele, e não fruto de um acaso, qual é o problema?