“- Nunca meu trabalho foi reconhecido durante a gestão do CABio.”
Após caloroso debate sobre a formatura da turma, lá estava este desfecho. Sentimento de missão cumprida. Discurso maravilhoso.
Acabou. Simplesmente a representação estudantil, acabou. Fico feliz por esses momentos, momentos de desabafo ao coletivo. O eterno ato de jogar responsabilidades. Nunca disse não, mas esse foi o primeiro, e com gosto. Afinal, já chega. Joguei a peteca, tomara que ela caia.
Assembléia Geral dos Estudantes no dia 22 de maio, um dia após o Dia D da evolução, Dia 21 de maio. E lá estou eu, a esperar algum componente da sala que faço parte, comparecer. Desculpas, saídas, enfim, nada de zelo pelo curso, pela representação estudantil. Pelo futuro nome da Instituição de Ensino Superior que levarão no currículo, Lattes de preferência (a síndrome). Era uma simples tarde, começou às 14 e foi até às 17 horas, debates intensos, e nada de representantes de sala. Uns criticam que não almoçaram, outros que estarão ocupados à tarde, outros olham com indiferença e não respondem porra nenhuma. Afinal:
“- Não me trará lucro”
Algo construído pelo coletivo, diversas ações ao longo do ano, a construção delas, pesadas. Sudorese pura, aulas perdidas, diversas. Claro, em diversas comissões organizadoras: Semana Universidade Pensante, ENEComp, COREBio, EREB-NE, ENEB, Encontro de Etnobiologia e Etnoecologia, Calouradas, Manifestações, Dia disso, Dia daquilo, daquilo outro. E lá estava eu, organizando, organizando, organizando. A última e mais dispendiosa, Comissão Eleitoral do CCBS 2009, com o recorde de 89 memorandos em uma madrugada.
Chega a grande época! Belle époque em quase cinco anos! Final do curso, formatura?! Escuto:
“- Perco aulas, participo de diversas reuniões toda semana, só eu sou Comissão Organizadora, e não ganho nada por isso”.
Passa diversas cenas na cabeça, desde o início do CABio, de minha entrada no DCE, de diversos encontros de estudante. Todos os eventos na base do voluntariado. Todos finalizados em pleno êxito. Todos exímios, construtivos, cheios de contatos. Estava lá eu, conhecendo, e sendo reconhecido, por quem? Pela administração da Universidade, será que só serei valorizado pelo trabalho que desempenho frente a eles? Os próprios estudantes nunca valorizaram um quê, uma ou outra vírgula. Enquanto à frente da administração central da Universidade, tenho respeito e reconhecimento.
Destes por aqueles? Fico com estes.
Aprendi algo durante essas experiências de representação estudantil. Relações de poder, saber se inserir nos espaços. Faz bem ter discurso, para chegar a um orientador da linha que desejas, para chegar a um administrador público, fazer contatos, inúmeros contatos. Saber fazer memos, ofícios, editais.
Atualmente me valho destes artifícios, de expedir os papéis em forma de dinheiro, os auxílios. Pedidos para todos os locais, Secretaria de Interiorização, Reitoria, Coordenação de Curso, Assembléia Legislativa. Existem rubricas específicas para isso, direito nosso. Quem nasceu em berço de ouro, sabe muito bem o quão dinheiro é fácil, e assim vão levando a vida, utilizando o dinheiro do pai, da mãe, do trabalho. É mais cômodo sentar a bunda na cadeira, do que ir atrás do produto do trabalho.
Nessa corrida pelo auxílio saio na dianteira, afinal trabalho reconhecido é mais fácil de ser aprovado. A confiança conta muito nestas relações de poder. Nisso eu ganhei, e continuo ganhando, hora de chegar ao Consulado quem sabe, hora de se inserir mais ainda noutros espaços. Embora individualmente, uma pena. Trabalhos dispendiosos, energia e tempo concentrados. Estarei eu fora, em breve, tenho certeza. Com o dinheiro da tão almejada formatura, será minha passagem de ida, sem volta.
Espero que consigam concluir os festejos formais de final de curso com os serviços contratados por uma empresa. Diversos discursos contra a contratação desta empresa, mas enfim, tudo de última hora, desespero na porta. Dinheiro serve pra que? Pra tudo não? Ate para fazer uma formatura de última hora.
Aquela tira de “otário” na testa acabou. Hora de encher o currículo. Projetos de pesquisa, colêmbolos, sítios arqueológicos, e todo o resto. O HTTP://evobiouepb.blogspot.com acabou, todas as cinco etapas previstas, com diversos produtos inesperados. Agora tenho mais argumentos, e futuramente terei o prazer de falar que sou profissional, seguindo os três pilares do ensino superior.
A “formatação”, a festa! Vem aí! Em parcelas máximas de R$: 1,99 via paypal. Um exemplo de festa, com direito a queima de fotos, provas, e relatórios diversos, exsicatas também estão prometidas para a grande fogueira. Quem se interessar, se manifeste, estaremos fazendo o levantamento dos participantes pelo método de Lincoln. Se estiver marcado e for recapturado, entra na festa.
Já o Centro Acadêmico de Biologia da UEPB (campus I)?
Saibam que a última Assembléia Geral dos Estudantes ocorreu no dia 02/05/1999, há dez anos, para legitimar a gestão que estava irregular. A última modificação do Estatuto por Assembléia Geral dos Estudantes, não há registros nos livros de ATA. Algo histórico, jamais acontecido. Agora posso assinar com vigor. O único que elogiou tal feitio foi o atual diretor do CCBS. Uma pena. Só a administração geral.
2 comentários:
É Karkará, show show show!
allysson fez uma grande gestão, eis a verdade dada pelos sentidos!
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