Lendo artigos da Cladistics sobre a problemática da Evolução da fauna Cavernícola, encontro os clássicos do Grandcolas, D'Haese e Gnaspini. Este último pude conhecer pessoalmente em visita à Paraíba.
O artigo "The problem of characters susceptible to parallel evolution in phylogenetic analysis: a reply to Marquès and Gnaspini (2001) with emphasis on cave life phenotypic evolution" Desutter-Grandcolas, L. et al. - 2003 - nos leva à problemática da evolução paralela e as consequências desta escolha ad hoc sobre os resultados. Na cladística há muito destas problemáticas ad hoc, para minimizar seus efeitos são citados dois métodos: (1) aplicar as hipóteses dos troglomorfismos depois da inferência filogenética em cima da topologia ou (2) colocar os troglomorfismos documentados na distribuição dos estados dos caracteres no cladograma.
Os troglomorfismos como caracteres de interesse são cavernosos. Podem mascarar amplamente um resultado final. A evolução por cima da cladística, ou seja, o subjetivo pelo objetivo, vira uma mistura combustível.
No artigo, quebraram o pau em cima da (1) característica não universal do troglo[bio]morfismo¹, do (2) único caminho evolutivo possível à fauna cavernícola, (3) as falsas novidades evolutivas (por convergência, geralmente) ocasionadas pelas pressões ambientais influenciando no clado.
Data venia, descendência com modificação caiu de moda.
Nada de ad libitum.
Haja latinismos.
¹caracteres dos troglobios (fauna estrita ao ambiente cavernícola), que diferem dos troglóxenos e dos troglófilos.
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