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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Autoria

Desabafo faz parte do cotidiano, um deles aprisiona meus neurônios: Autoria de artigos científicos em periódicos internacionais de grande impacto.

Primeiramente, parto da lógica e realidade na qual para se exigir autoria tem que participar da construção e saber defender o conteúdo do artigo.

Segundo as diretrizes do CNPq:

http://www.cnpq.br/normas/lei_po_085_11.htm


18: A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos critérios. Os supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria estudantes com pequena ou nenhuma contribuição nem excluir aqueles que efetivamente participaram do trabalho. Autoria fantasma em Ciência é eticamente inaceitável.
17: Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao trabalho merecem autoria em um manuscrito. Por contribuição significativa entende-se realização de experimentos, participação na elaboração do planejamento experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. Empréstimo de equipamentos, obtenção de financiamento ou supervisão geral, por si só não justificam a inclusão de novos autores, que devem ser objeto de agradecimento.

Além de várias outras diretrizes.

Coletar e montar o material é trabalho manual e não intelectual. A capacidade de descrever, discutir, concluir, além de, claro, historicizar tendo a competência de fazer isso em inglês, para uma revista internacional, é para poucos. Poucos que ainda passam pelo corredor da morte do editor e revisores. E após todo esse processo, ainda pagam o fee de esperar longos meses.

Para exigir colocação de agências de fomento, o dinheiro destinado às pesquisas deve também passar pelo crivo do artigo. Será que há dinheiro de projeto X ou Y aprovado que foi substancialmente, ou minimamente, importante para construção do artigo? Um dos casos é o de coleta, visto que há um trabalho paralelo durante uma coleta ou campo diferente, sendo que todo o trabalho descrito no artigo faz parte de ação laboratorial. O dinheiro destinado ao trabalho paralelo foi nulo, pois foi desenvolvido durante atividades que foram descritas em outros artigos, e vai do autor decidir se deve colocar ou não o nome de determinada fonte de dinheiro. Eu não colocaria a verba de campo, pois todo o trabalho descrito é laboratorial.

Receber agradecimento deve existir como educação, agora receber o nome de autor é para poucos.

Ler o artigo integralmente é a primeira das atitudes para não se cometer o equívoco de exigir agradecimento à verba destinada para outra área e para um ambiente distinto. Não ter competência para ciência e sugar o trabalho dos outros com base no verbo parasitar é danoso e até mesmo criminoso. Se não tem competência divulgue ciência, faça artigos de opinião para jornais locais, atuando assim na sociedade e divulgando as potencialidades da área estudada, do grupo estudado, do material estudado. Se não acha a ciência fácil, se a acha bruta e seca, arrume uma extensão.

Incompetência começa pela não internacionalização do conhecimento por programas de pós-graduação que exigem que o estudante saiba inglês para entrar, e não exige que os professores usem essa habilidade dos alunos, ou compartilhe bons textos e traduções para o inglês. Esse pode ser assunto de outra postagem.

Agir com emotividade na ciência é se matar. Quem julga algo com euforia, sempre acaba por se equivocar. O pior é se equivocar, e equivocar um grupo de amigos, compartilhando emotividades e mentiras que, parecido com a brincadeira do telefone sem fio, pode ter consequências pesadas.

Outro ponto vastamente tocado é o de qualidade na ciência, se existe determinada área, com determinado editor e revisores. É competência deles julgar a qualidade do trabalho. Ninguém melhor do que eles para fazer os periódicos onde fazem parte do corpo editorial crescerem.

Muita discussão porvir.

Descanse em paz, pulga atrás da orelha.

All

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Somos, indistintamente,

O que somos a não ser a simplicidade de um ser? O egoísmo compartilhado e o patriotismo idolotrado de gostos e bens comuns? A avaria por minúcias e a liberdade por grandezas?

Somos repletos de individualidades compartilhadas, individualidades moldadas em estereótipos já vistos antes socialmente. Diluições acometidas de terceiros, devaneios secundários de primeiros. Somos eternas réplicas de antepassados que nem imaginaríamos pensar que existiram. Somos egoístas a ponto de tornar nossa individualidade em idiossincrasia. Declaramo-nos perfeitos e únicos à nossa mente, que nem os bons e velhos livros nos despertaria. São eventos eternos e repentinos que de fato presenciamos todos os dias e findou-se por se não perceber, não notar.
Agora vejamo-nos como terceiros. Com olhos de crivo e palavras de fel. Somos tão ínfimos que ao vermos nossa imagem, não se é plausível de refletir o ego que nós não desejaríamos ver. O comum que existe em nós é tão comum que existe em todos, compartilhadamente. Apontar nos outros é nossa qualidade, perceber que temos é o nosso defeito. Somos pedaços unidos por encaixe, tão facilmente removíveis e translocados.
Somos a mistura de idéias, filosofias, culturas e genes. Somos tão muito individualmente que à vista do compartilhamento somos tão comuns e que o mesmo comunismo que nos deixa enojados é aquele que nos corre em veia diuturnamente, até o pregamentos dos olhos. Junção de pedaços alheios, de que ninguém tem nada exclusivamente. Mistura de retalhos embaralhados estocasticamente. Porção de ser de que nada é de fato.

A gente “somos” inúteis, por partes, ao acaso, sem diferenciação.

Uirá

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Amor, qualis A?

Bayeux, 05 de junho de 2009



O mundo científico nos prega peças, umas de rejeição, outra de alto impacto internacional, algumas outras discutíveis, muitas engavetáveis.

O cientista vive para publicar e divulgar suas publicações, seja no periódico local (científico ou não), ou no mais prestigiado da área (geralmente no exterior). As práticas de publicação de artigos científicos, atualmente, tem corroborado para escambos autorais, plágios descarados, bibliografias de difícil acesso (inexistentes). Toda a organização dos periódicos com maior número de impacto com as revistas Science, Nature, dentre outras, é acompanhada pela Journal of Citation Reports (JCR) e os manuscritos submetidos nestas revistas são avaliados pelo sistema de pares (peer-reviewed).

A qualidade dos artigos dependem dos "fiscais" do periódico. Alguns pecam por desfocar a área de interesses publicando trabalhos de amigos que fogem do escopo da revista, outros querem aparecer no ramo científico traduzindo o trabalho dos outros. São tantas casos e causos.

O sistema qualis foi implantado pelo CNPq para organizar a qualidade das revistas, sendo dividido em A, B e C. Para entrar no qualis, a revista tem de ser avaliada pela JCR, seguindo claros critérios de acordo com a Área requerida. E eis que nasce, o tão exclusivo fator de impacto (IF). Revista brasileira, é automaticamente excluida pelo sistema CAPES. Mas, para normalizá-lo, nasce o rank-normalized impact factors (rnIF).

A fórmula leva em consideração:
(1) A fator de impacto (IF) da revista no JCR = R;
(2) O número de revistas na área = K.**
(K - R + 1)/K - uma fórmula fácil e rápida.

O C.V. (coeficiente de variação) é menor no rnIF, do que no IF tradicional proposto pela JCR. O que concluímos com isso? Todos abaixo de um 1 ponto! O periódico que tiver 0.9 é Deus, ou a Annals Review of Immunology, ou a Annals Review of Biochemistry, ou a Nature, ou a Science...

Quanto aos cientistas, eles calculam o fator H (FH), quem tem o H maior é tem mais êxito na carreira. O eminente, o pontapé inicial foi dado por, Jorge E. Hirsch, por isso o fator é H.

Leva em consideração:
O número de citações dos artigos (Y), e a série de artigos publicados (X).
(X=Y) = fator H. Se você já tem um artigo, e tem uma citação, você já é um Homo na ciência.

Onde entra o amor nesta história?
Vamos formular um fator A: número de relacionamentos amorosos (paqueras, putas e beijos por ai) Y e o número de namoradas X. O amor à vida, o amor à família e o amor aos amores, por exemplo uma fórmula hipotética:

Fator A dos das namoradas...
Sendo na série A de namoros X=Y, fator A = 8
Namorada - Relacionamentos Amorosos
1 - 20
2 - 14
3 - 13
4 - 18
5 - 14
6 - 12
7 - 10
8 - 8
9 -5
10 - 1
11 - 1
12 - 1
13 - 1

E o periódico de minha vida amorosa? Vamos normalizá-lo (nrIF)?
O número de amores atuais = K. O fator de impacto de minha vida amorosa levando em consideração o número de relacionamentos amorosos / número de namoradas = 138/13 = 10,6.

O número de amores atuais somando o amor próprio, ou seja 1 + amor familiar (avós, etc, vivos) + paquerinhas = 15.
(15 -10,6 +1)/15 = 0.36

Estará alto quando chegar próximo de 1.
Quando estiver abaixo de zero, quando eu não tiver mais de 9 amores, minha vida amorosa não existirá.

Quais A é de circulação internacional *. A vida amorosa é qualis C e não impacta mais, ou pouco se equipara muitas vezes à vida estudantil 0.9, vida social 0.9, e assim o K vai mudando, o número de amores vai aumentando ou diminuindo. Uma pena senhor amor, uma pena. (com direito a bulbo, raquis e bárbulas)

*Segundo a CAPES, circulação internacional de alta, média ou baixa qualidade (A1, A2, A3); circulação nacional de alta, média ou baixa qualidade (B1, B2, B3); circulação local de alta, média ou baixa qualidade (C1, C2, C3).

** Qualquer variável é mera coincidência.

sábado, 30 de maio de 2009

Glicose e Serotonina

Segunda-feira.

Hora do almoço.

"- Alô!"

E lá está embalado, com um laço cor de rosa claro, a encomenda.

Acabou a surpresa.

Caminhos encaracolados coloridos, rosas, amarelos brancos, azuis, e lá seguindo o caminho, diversas voltas, cheiro de corante, cheiro de açúcar. Sustentando, um pedaço de madeira, grande, meio mofado. Voltas que cobrem um rosto inteiro. Um mês inteiro de felicidade, até que ela acabe, ou seja dividida. Cuidado com a língua, pode machucá-la.

Glicose, no mais tardar. Cárie, diabetes, enjôo. Um presente, uma arma. Resta a carta.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Não seja, serás!

O ser é sempre passado ou futuro. Nada se é presente, pois o agora simplesmente não é. Minhas ações excercem apenas reações passadas ou futuras, nunca imediatas. Quem sou é reflexo do que fui, quem serei, reação de uma ação abstrata. Graduando em ciências biológicas, nada sou. Estudante do ensino médio, já fui, mas nada era. Educador serei, talvez algo eu seja. O real, o tocável, não tem importancia. O que sou é tão relapso que só terá valia quando deixarei de ser. O querer do ser é tão paliativo que quando não se é, nunca foi nem nunca será. Mas vale um pássaro na mão que dois voando, deveria de ser. A facilidade ou a obrigação de se ter algo fere a expectativa do ser, ser presente. O ter nada vale, o tido é bom, o terei é a conjectura do ser presente. O agora é tão monótono que nem mesmo o que foi quer ser mais, muito menos o que seria. Fazemos as ações esperando o reslpaldo no futuro. Trabalho, luto, brinco, aventuro... Dizem que é culpa da adrenalina e dopamina, nem tanto. O fazer agora é a sensação imperceptível do prazer do futuro, visto que lá verei que fui. O passado é somente só o futuro, fui e serei ou fostes e serei. A relação do ser e não ser não cabe a ser respondido agora, perguntas procrastinadas, respostas zero.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Hidroantropomorfização

Uma sugestão de aula de ciências, proposta para quinta-série - 5ª, assunto: Água. Aula encenada, onde o professor utiliza a estratégia de monólogo interagindo com o aluno quando ele começa a entrar na viagem, bom seria que todos se transformassem em gotas nestes momentos didáticos.

(Aula narrativa) – Olá meu nome é H²O, conhecido como hidróxido de hidrogênio, estou em todos os lugares, e sou a substância mínima de formação da água. Sou unido a diversas outras substâncias, e não me misturo com outras, como, por exemplo, o óleo. Com diversas outras moléculas iguais à mim formando a água, contarei algumas particularidades desta, mas antes tenho de explicar onde estou localizado no mundo. Isso, no mundo! Poucos percebem que faço parte do corpo dos humanos, do sangue, dos músculos, do cérebro, proporcionalmente dos ombros para baixo o ser humano é água, sendo a parte seca dos ombros acima, comparativamente. Nas plantas também eu me infiltro, gosto de promover o alimento delas, levando os nutrientes das raízes às folhas, nos animais, eu sou liberado com sais para manter a temperatura do corpo constante. Por isso, estou aqui desde o início da vida na Terra. Pois antes a Terra era instável e a estabilidade era proposta por mim, eu não apresentava grandes variações no corpo qu’eu formava, o corpo aquático, no caso da Terra primitiva, o corpo marítimo. Marítimo nos leva ao mar, e mar nos leva à praia, lá na praia aonde nós vamos percebemos água, muita água! Embora, muito salgada também. Essa é a água oceânica, a mais salgada, que nos levam aos sais, nossos amiguinhos, que se misturam à nós e nos tornam turvas em grandes concentrações. Apresento-me também na atmosfera, embora não seja facilmente percebido, eu vejo vocês lá de cima, naqueles pedaços de algodão doce que são denominados nuvens. Seguindo o vento eu vou, e sou denominada água atmosférica. Quando bato em outras nuvens inimigas, me transformo de vapor para líquida, não agüento a batalha e precipito, ou seja, viro chuva. Caindo em forma de gotas, faço parte agora de rios, lagos, açudes, chego a me infiltrar no solo, e lá fico armazenada em camadas com outras amigas “sem sal”, todas lá recebem o nome de Água continental. Adoro as minhas três formas, e as três juntas formam a hidrosfera. Toda vez que escutarem hidro, se lembrem de mim! Hidratar os cabelos, estou ficando desidratado, hidrante. Gosto de viver no Brasil, por apresentar bastante água continental. Não gosto muito de me misturar aos sais pesados que existem no mar, eles retiram nossa atenção. Todos só dizem que é salgado, salgado, salgado, e nada de falar da água. Quando sou “sem sal” , se lembram da água e falam que ela é boa, aí eu gosto! O Rio Amazonas fica lá no norte, por vezes, quando as nuvens me ajudam chego lá, quando não, não tem jeito, fico pelo Nordeste mesmo, aqui sou supervalorizado. Isso quando não ganho muitos outros agregados, os inquilinos são o fósforo, o nitrogênio e o carbono, todos em demasia, guerrilhando contra a vida, só fazem nos usar. O Sol é minha passagem aérea, só viajo por causa dele, ou claro, quando saio de alguma panela por aí. No caminho atmosférico, gosto de cair em rochas e me agarrar às partículas dela, e levo os pequenos pedacinhos dela para o chão, formando o solo, e alisando a pedra, esse processo é chamado de intemperismo. Não gosto de ir direto ao chão, gosto de ficar bulindo com a rocha, escondido nas fendas. Quando caio no chão e o solo é muito fofo, atravesso-o. Geralmente quando escapo das raízes das plantas, e de outros bichinhos do solo, fico lá embaixo com outras diversas moléculas amigas, formando um aqüífero, lá temos o poder de não evaporarmos em grandes proporções. Quando encontramos um buraco saímos quentinhas para a superfície da Terra, formando as fontes naturais, muitas delas são atualmente compradas fornecendo água para a população de humanos beber. Não gosto de ficar mudando de estado físico, essa história de virar gelo, água e vapor, não dá. Frio, normal, quente. Sólido, líquido e gasoso. Tá tenho de admitir, que sou bem mais forte quando sou gelo, mas escapo melhor quando estou gasoso, o meio termo é sempre algo . Como disse antes, o culpado disso tudo é o Sol, se não fosse ele essa variação não existiria, muito menos meu ciclo, o ciclo da água. Perceberam algumas de minhas viagens? Vamos começar uma? Então, estou eu no mar, lá bem tranqüilo, no meio termo. Chega o verão, a coisa começa a esquentar, não gosto de ir para o fundo, ou quando quero, me expulsam de lá, aí não tem escolha, hora de sair do oceano! Saindo viro vapor, e ganho o mundo. Lá em certa altitude me junto àquelas particular branquinhas, que agora estão com inimigos que fazem delas cinzas, não tem escolha, sempre tenho que transportar um estranho comigo. Ai quando tudo fica muito apertado, não agüento mais com meu peso, e nem com o dos estranhos, eu caio. Geralmente eu não escolho onde cair, mas adoro cair lá nas montanhas, virar gelo novamente, até esperar a avalanche. Os animais teimam em me consumir, o solo teima em não me deixar longe do Sol. Agora têm diversos exploradores que além de me idealizarem, como sem cor, sem cheiro e sem sabor, ou seja, incolor, inodora e insípida sabendo que nunca vou me separar dos meus amigos sais minerais, nem na atmosfera, usufruem de mim como solvente! Se já sei que sou mundial, agora coloca universal, ganho o status de Universo, é bom e não é, a responsabilidade é grande. Imagine sair me agarrando às diversas partículas, não tendo mais liberdade de viver sozinha, e sim usada para separar os outros, dissolver o nome disso. Dissolver cansa, tem vezes que não posso me separar da substância que separei, acabo ficando poluída. Eu dissolvo o soluto, os sais que destruo são conhecidos como isso, soluto. Eu sou o solvente, eles, coitados, todos soluços! Ops, solutos. Lembra-se do meu nome que disse no início, hidro?! Pois é, quem sofre minha segregação, é hidrossolúvel. Sou multi uso, tenho outras propriedades interessantes. Como por exemplo, sou densa. Densa me leva à massa e volume, sou medido em litros! Portanto, uma alta concentração de minhas partículas nos leva aos sólidos, meu volume é maior, embora minha massa seja a mesma. Eu sou a divisão entre massa e volume. Agora quando me junto ao sal, minha densidade fica maior, tanto que posso segurar algumas pessoas lendo na minha superfície, meu “espinafre” é o sal para me manter forte segurando diversas pessoas sob minha superfície. Por falar em superfície, outra capacidade que tenho é de tensão superficial, quando estou sem sal, ainda consigo segurar alguns insetos, eu fico me revezando com outras moléculas iguais amigas. Sempre fazemos uma força contra, e uma molécula segura a vizinha, tanto que formamos ondas. Somos bem unidas! Até mesmo na fase líquida. A capilaridade é outra situação um tanto complicada, pois ninguém quase entende quando nós vamos contra a gravidade, nós subimos por entre fios, quando mais fino ele for, mais eu vou alto, isso acontece nas plantas, por isso ninguém quase vê. Os animais me bebem, e ainda nas plantas, me comem. Só dou o troco quando estou cheio de microorganismos, nós levamos ovos minúsculos para todos os cantos, aí quando os olhos dos humanos são maiores que a boca, nós estaremos lá também carregando alguns deles, para ver se esse humano é bom mesmo em reconhecer que algo está contaminado ou não. Só que nessa história, muitos filhotes, dos humanos (bebês) morrem. Algumas das doenças são as giardíases, cólera, leptospirose, hepatite infecciosa e diarréia aguda. A giardíase é água misturada com partículas de fezes infeccionadas, nunca se iludam, comemos um pouco de fezes por dia, embora nós não vejamos muitas pequenas partículas não visíveis eu levo da estação de tratamento para as torneiras. Agora quando não sou bem tratado, levo muitas a ponto de levar comigo ovos de Giardia lamblia, um dos bichinhos fazem mal aos humanos, na hora de comer ninguém sente nada, agora depois há dor de barriga e anemia. A cólera por sua vez, é causada por outro bichinho o vibrião colérico, febre, vômitos e dores abdominais fazem parte dos sintomas, higiene é imprescindível. A leptospirose não é causada pelos ratos, e sim pelos microorganismos que estão presentes na urina destes, não é regra, mas também não é difícil de ocorrer em uma enchente por exemplo. Febre, dores no corpo, vômitos. Mau funcionamento dos rins, fígado e coração. O tratamento adequado dos lixos, não sendo jogados na rua, terrenos baldios e rios. Se eu já não levo muita saúde, como modificar isso? Ah-rá! O tratamento, tratar a água é algo imprescindível, uma água boa, é uma água potável, uma água purificada e filtrada. Fico limpinho na estação de tratamento. No Açude de Bodocongó não tem como eu ficar limpinho, pois não sou tratado antes de ser jogado lá, s’eu fosse, não levaria comigo peso, imagine ficar levando diversas partículas de fósforo, carbono e nitrogênio pra cá, e pra lá. Eu gosto só de minhas amiguinhas iguais à mim, para brincar de ser superfície e não evaporar., e se evaporar, na mesma hora virar gota e cair novamente. Meu banho na estação de tratamento segue alguns passos, como floculação, decantação, filtração e cloração. Na primeira parte, eu viro gelatina, já na segunda os flocos formados na primeira vão para o fundo, e eu passo por cima com minhas amiguinhas, na terceira parte eu ganho o rumo das pedras e areia, deixando depositados os estranhos que me perseguem. Os microorganismos são chatos, e vão conforme a corrente também, mas geralmente morrem na cloração. Sou distribuído para as casas, e ganho o caminho dos canos, no caminho posso encontrar diversos outros inquilinos. Chegando em casa, sumariamente utilizado, viro esgoto, e ganho mais partículas estranhas. Detergente, sabão, gorduras, passo por um local bem desagradável, a fossa, até ganhar outros imundos canos e voltar à estação de tratamento, nestas horas eu gostaria que o Sol me levasse para outra longa viagem. (Adaptado de CRUZ, 2006).

CRUZ, J. L. C Projeto ARARIBÁ, Ciências, 5ª Série. Editora Moderna. São Paulo - 1ª Ed. 2006.

domingo, 26 de abril de 2009

Oscilação sonora abrupta

Escrita sem sentido,
O escuro me dita palavras
E eu em ruínas escrevo
A noite que me afaga

A perda é o que resta
Após tudo se ter perdido,
Então à perda me apego
E liberto minha vida num grito.

- El-hani, C. N. Salvador. Novembro de 1991.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Plesiomorfias

Buttons, me deparo com a reflexão.

Fugindo das normas da sociedade, o impacto. A quebra do narcisismo. A problemática Evolução Ontogenética. O voltar a ser criança. Logo após ver o filme, do Benjamin, exprimi uma reflexão grata.

Como um bom filme deve ter uma boa família, posso ver que o impacto não foi mais além, ficou nas aparências do protagonista que viveu amparado pelo rejuvenescimento. Aí termina a vida do protagonista e começa a minha, quais serão minhas práticas futuras?

Percebi o quão a sociedade necessita de representação, sociedade confusa e maleável, que se persuade por aqueles que tem mais poder, poder de convivência, poder monetário, poder clerical, poder científico, e o espectro das análises a cada dia cresce mais. Antagonicamente ao Benjamin, não quero ter filhos, ou compor família com uma companheira parte da biodiversidade. As problemáticas da parceira conceber filhos por pura vaidade, egoísmo, pois chegou em uma fase necessária da vida, onde todos têm filhos e não posso fugir da linha.

Desculpas de sobrevivência não colam, a taxa de natalidade cresce, e por vezes estagna, raramente decai. Os melhores genes não colam, afinal uma carga cultural e científica os neurônios dos filhos sempre receberão. Portanto, analisem os filhos dos principais amigos intelectuais que vocês acham, encontrarão aqueles que não gostam da razão de existir e do ato de refletir. A solidão não cola, imagina livros e mais livros escritos, experiências, e uma sociedade inteira para conviver. A responsabilidade consequentemente após a prole aumenta, as energias são focadas na produção de bens, para manter a vida da prole, enquanto esta mesma energia poderia ser empregada para dez famílias ou mais. A carga de trabalho para satisfação de outrem, mesmo sendo de mesmo sangue (egocentrismo), nos leva a invisibilidade, a ausência da existência. Afinal, em três gerações serás esquecido, você, sua história, seus bens adquiridos. Histórias de organismos humanos ainda podem ser recuperadas por bibliografias. Imagina o poder de viajar, conhecer pessoas novas, carinhos novos, novas culturas, sem precisar estar com uma mesma família, um mesmo filho, uma rasa noção egoísta de viver. Dar atenção a um coletivo maior do que três ou quatro pessoas, sem compromissos. Visto que o compromisso da morte se exclui com o da vida, e o que nos resta é existir.

Imagino eu, meus genes e a herança deles sobre minha prole. Agora imagino a influência das potencialidades de meus genes em uma sociedade que pode ser minha prole, influenciando bem mais do que em um organismo, em populações. Populações que podem levar nossas características, as melhores, as discursivas de fato, as ideológicas. Ideologias que se perdurarão por gerações e gerações, nada de nomes, e sim idéias, depois os nomes, mas antes as idéias. Imagina um determinismo, X genes, para X filhos, X miniaturas minhas? Claro que não. Jamais gostaria de dar este tiro no escuro.

Acertar o alvo populacional é mais provável, e é nele que investirei.

A quebra do narcisismo, enquanto novo, bebê lindo, enquanto idoso, velho com rugas. Características daqueles que pensam a curto prazo. Imagine nascer com um nível de calcificação baixo, diversos osteoclastos agindo, logo na idade de bebê. Você ganha seus vinte anos, entra no ônibus e quebra uma perna após uma arrancada do motorista, visto que estavas em pé. Todos ajudam você com extrema atenção, chamando-o de senhor. Há aqueles que não lhe cedem lugar, e pensam que você é mais um invisível da sociedade, mais um número, e mais um gasto para o estado. Depois aos sessenta anos, você está na flor da idade, pega o ônibus, cede o lugar aos idosos que necessitam, e vê o quão impactante é mudar do velho para o novo, do ômega para o alfa.

Existir sem reflexão não é válido. Aproveitarei minha jovialidade em total harmonia com a sociedade? Jamais, pois as divergências são construtivas a longo prazo. A quebra deste bloqueio está inerente ao processo lógico do pensar, probabilisticamente raro evento, mas não impactante quando pensamos nestas possibilidades (rejuvenescer) antes.

Evolução Ontogenética Inversa.

Seguindo a lógica da saúde, a beleza também é impactada, sair do idoso para o bebê. Das rugas para os níveis máximos de colágeno e elastina. Da desatenção de todos, para a posterior atenção.

O quão reflexiva deve ser esta vida. Observar tudo e todos. Uma pena se acontecer este evento hoje em dia, pois será amplamente noticiado em jornais, fazendo do portador, um objeto de estudo. Em épocas passadas, o objeto de estudo viraria um grande sociólogo, viveria no mais profundo sigilo, analisando o nicho, ganhando ampla visão de mundo, sem conhecerem as causas de tal evento raro. Nada de holofotes e tapes. Somente registros diários das contradições na etapa final do organismo humano.

Embora, eu sem família e filhos, ele sem senescência. Impactos diferentes, registros gradativos, afinal são escolhas para antes de respeitadas, serem questionadas e criticadas. Optei por alguns impactos, ele não optou, mas praticou os impactos que foram inerentes a ele. Sâo dois casos distintos, respectivamente, voluntário e involuntário.

Aqui fica justificada minha escolha.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Livros por Créditos

Refletindo..
Eu tenho um objeto, e não o uso mais... José não tem este objeto, e está indo comprar um.
Dois objetos, eventualmente, irão para o lixo...
A partir desta lógica, trago até vocês o serviço público Trocando Livros.
O site Trocando Livros consiste em uma idéia muito criativa, que serviria para solucionar o meu problema e o de João, caso o objeto fosse um livro.


O sistema é bem simples: Eu faço um cadastro e depois inscrevo no site alguns livros que estão mofando e eu gostaria de passar à frente. Estes livros irão, desta forma, fazer parte da vasta biblioteca presente no site, e assim que alguem se interessar por ele, irei enviá-lo pelo correio para esta pessoa (Única parte dispendiosa do processo). Desta forma, ganherei um crédito, e ficarei apto a solicitar qualquer livro disponível na bilbioteca do site.

Legal né? 1 Crédito = 1 Livro, 1 Livro = 1 Crédito.

Por que comprar um livro novo, se você pode se desfazer de um velho, e ainda por cima aproveitar o de alguém? Pensem nisso!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Secularismo

Final de ano, festas ao léu, todos felizes ao lado de amigos parentes e aderentes. Forró, rock, gospel, amor, política, cartas, e assim vai reinando o império da boa sanidade. Onde todos usurfruem de seus estoques de energia em prol da felicidade própria, claro que não podia faltar o famoso ego, e alheia. Salve, salve, o bombardeiro de lipídios e carboidratos.

Quantos inúmeros cidadãos nesta época se enclausuram em casa, rente àquele daquele cheirinho agradável da cozinha. Onde o salário do mês imaginário do ano (13º) é totalmente empregado em comes e bebes, a gula de fato. Além da boa comida, e boa bebida, há o amor e os pecados capitais.

Aquele natal inesquecível com carnes pulando e no ritmo, a fauna XX gritando em prol do êxtase hormonal, aquele primo seu que na pré-adolescência descobre você e sua deusa de ébano estudando a fisiologia da reprodução humana, e como consequencia, ele descobre a velha e famosa masturbação no cômodo ambiente da casa, onde se pratica a higienização corpórea. Aquele casal vizinho que tem uma filha que vai ficar sozinha neste período de recesso escolar, em plena cidade reduto dos seres com coloração aposemática em prol do acasalamento. Onde também os larápios furtam as casas alheias, e quando as famílias voltam de viagem geralmente assadas, uma surpresa as esperam. São essas e outras belas situações que regam nosso início do ano com muito líquido roxo, violeta, lilás, melhor compreendido como vinho. O início do ano maravilhoso com o ócio exemplar, o barulho das ondas do mar, o barulho do vento forte ao tocar os fios de eletricidade no cariri, o barulho do chocalho do bode com a muléstia dos cachorros para comer um tiquinho de palma que restou na cocheira. A beleza da terra rachada símbolo do açude seco, a casinha dos colêmbolos em ambiente paleontológico.

Enfim, vamos aproveitar o final do ano e o que o cristianismo tem de melhor: os feriados, os pecados e os vinhos.


O dia internacional da paz que me espere. Dizem que é dia 21 de setembro, outros afirmam que é dia 1º de janeiro, e assim vamos vivendo em busca do ócio, da boa vida, e do amor. Amor esse que transcede os capilares vermelhos, chanéis revoltosos, a pele branca, o jeito sociável, nada do interior, o estudo dos números formidáveis e da física (de preferência a eletricidade), a bela conversa e o sorriso, ser persuasivo, feroz com distinto secularismo, deixo aqui meu ímpeto platônico daquele amor tridimensional que compôs a porta do hábitat do Baco, do Narciso e da Afrodite. O período helênico, como poligâmico, ops, como politéico, o mundo tinha mais graça (nós somos salvos pelas obras e pela graça), até a homossexualidade não era um tabu, que rima com miócitos de abruptas forças centrípetas.

"Como adoro músicas ideológicas, lá se vai essa parodiada em prol de minha felicidade por estar se aproximando do dia 27 de dezembro (amanhã), mais um dia importante em minha vida, assim como os 364 outros do ano. “A paz do mundo, começa em mim, o amor também, com certeza sou feliz, eu faço bem ao meu irmão, amigos e parentes, dentro do heredograma e cladograma de minha mente sã. Chegou a hora da gente construir os blogs, ninguém suporta mais os recados do orkut. Paz pela paz, pelo capeta, paz pela paz, por Deus também, paz pelada paz, pela certeza de te amar.”

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ter ou não Ter, eis a questão.

"Sem a originária revelação do nada, não há ser-si-mesmo ou liberdade" (Heidegger)
Se o ter é uma questão de existir, então vamos nadificar o nada. Sem saber o que é o nada, não saberei o que é a liberdade de fato, a liberdade é o nada, e vivo em busca do nada. Engraçado, quando estamos nos libertando de algo, algo outro nos aprisiona, e assim vamos levando a vida, em busca do nada.

O mesmo posso fazer uma analogia ao ter, o ter é necessário para viver, sendo que o necessário por vezes é extrapolado, mas como nos libertamos disto e nos aprisionamos ao viver ecocentricamente? Uma boa questão, esta nos leva a princípios ideológicos, a criação de um modo-de-vida que influenciará outros, diria em outros posts, memético.

Basta que queiramos, com senso-crítico no dia-dia, nos policiando e intervindo, mostrando a sociedade o poder antrópico sobre o ambiente, iremos mudar de fato a sociedade civil, os exemplos nós devemos dar. O problema do exemplo é evidente em muitas linhas argumentativas, em muitos discursos persuasivos, e também é facilmente identificável. O exemplo devemos unir a linha argumentativa, nada melhor do que uma intervenção com uma experiência prática, isso enriquece o poder persuasivo.

Depois disso a mudança conceitual é fato, na Sociedade. Agora no Mercado e no Estado, outras estratégias devem ser utilizadas, não de persuasão, mas de combate.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A síndrome do "Eu matei uma barata"

Vendo o post do camarada Alexandre, discípulo de Cavalcante, notei um comentário interessante de uma fervorosa colega, indagando-o sobre o "Porque enrolar tanto para contar tão simples fato".
Eu me perguntei, então, qual a essência do enrolar, ou por que as pessoas as vezes acham que estamos enrolando, apenas porque gostamos de contar em detalhes eventos que foram significativos para nós!

É realmente necessário dissecar ainda mais a nossa pueril convivência a fim de sintetizar nossos diálogos à mais basal escala de comunicação? Talvez sim, em certos casos, contudo os fins não justificam os meios. Nada justifica inibir ou reprimir uma mente tentando achar uma saida lógica ou ilógica para transcender. Nada mais relaxante e gostoso de escutar do que a interlocução de um causo. Uma interpretação cheia de detalhas, sendo cada uma delas um produto da percepção hormonal e biológica deste organismo. Apomorfias trabalhando em cooperativismo para proporcionar um "drink no inferno"! Que graça teria, apenas viver de sim e não!?

Mas na verdade, o que seria a enrolação? Muitas vezes narrar um fato não basta... saca só:

matei uma barata

poderia ser:

estava com raiva da vida, agunstiado porque não passei na prova, vi passando uma barata e quis descontar a raiva nela..
que também poderia ser:

Depois de colocar seus ovos, a barata sai em busca de alimento, principalmente em lugares com restos, provenientes do homem. Portanto, é provável que eventualmente algum humano irá pisar na barata.
ou até mesmo ser:

Fiquei feliz hoje... estava passando e encontrei uma daquelas baratas bem cascudas! Sabe aquelas que fazem você ter nojo por você e pelo seu amigo? Pronto! Daquelas... Olhei sua carapaça e balbuciei comigo: faça seu último desejo, ó ser seboso! Sem dó nem piedade estiquei meu pé acima do animal como um titã esmaga um pagão, e com a fúria de mil martelos de Thor esmaguei o pobre infeliz... Coitado.
Matei uma barata.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Campanha: Orgânicos para o Quintal!


Problematizei mentalmente em uma de minhas caminhadas ao redor do Açude Velho em Campina Grande, o destino dos resíduos sólidos orgânicos que ganham o destino do lixão todos os dias. Comecei a perceber tal problemática ao assistir o vídeo "The story of stuff" (A história das coisas), e uni ao meu dia-dia vendo minha mãe despejar os "restos" das refeições no quintal, mas não em totalidade (!), e o meu trabalho com colêmbolos, que adoram compostos orgânicos em decomposição.

Estava comendo frutas antes de caminhar no Açude, e após comer no caso da banana o endorcarpo, joguei a casca em um dos canteiros da Av. Brasília e pude questionar quanto tempo ela demorou a se degradar sem ser enterrada, na superfície do solo levando raios solares, precipitações, sem contar na poluição atmosférica. Após ter jogado algumas cascas antes, alguns meses e/ou semanas, e com o rigor de onde já tinha jogado antes, não jogar mais, puder perceber que em duas semanas as cascas ficavam murchas e imperceptíveis, parecendo pedaços de folha morta.

Sabemos que os compostos orgânicos levam por si, grandes cargas de nitrogênio ao solo, o mesmo nitrogênio que as bactérias, fungos, colêmbolos adoram, degradando-os para as plantas absorverem as partículas menores destes "restos" junto com a água, fertilizando o solo, alimentando as plantas, fazendo com que o ecossistema edáfico fique rico em nutrientes, biodiverso e pronto para receber uma gama diversa de plantas dos mais estranhos tamanhos, formas e cores. Embora, a implementação de plantas paisagisticamente corretas, não seja ecologicamente correta, podendo permitir a invasão de certas espécies bonitas, mas "egoístas", seja mais danosa. Ou até mesmo trazer pinheiros para algumas das praças de Campina Grande, como foi vergonhoso ver no caminho para UEPB, no giradouro ao lado do Açude de Bodocongó algumas delas dispostas circularmente, sem presença de estrato herbáceo por perto, uma verdadeira falta de bom-senso ao passar no ônibus meio-dia, e ver aquelas plantas levarem Sol intenso com um solo altamente compactado dignos de deserto, quando há variados estilos de plantas nativas, altamente adaptadas às variações climatológicas de nossa cidade.

No último ENEB (Encontro Nacional de Estudantes de Biologia) que ocorreu no Maranhão, pude participar de um Grupo de Discussão sobre Agroecologia, e aprendi algo importantíssimo para minimizar esses impactos consumistas que fazemos a cada dia.

A palavra é Compostagem.

O melhor foi aprender o trabalho de um dos debatedores, e desde o ENEB-Viçosa, grande amigo meu, com um estilão meio Hippie, um tanto impactante às regras "éticas" do profissional biólogo como diria a professora de Prática Pedagógica. O trabalho do "Ras" é com Agroecologia Urbana, ele trabalha a compostagem no quintal, levando os solos fertilizados aos diversos vasos de plantas da casa em que mora, e fazendo isso com uma boa parte da comunidade em que mora. Os vizinhos após descobrirem o grande exemplo que ele propõe, colocaram às mãos na massa, ou melhor no garfo e prato após as refeições, e distribuiram os "restos" em cada parte do quintal, alimentando não só os animais (levando em consideração os colêmbolos e os homens), mas as plantas, as bactérias e os fungos. Não alimentando o lixão da cidade, onde esses compostos orgânicos se juntam aos diversos outros tipos de resíduos sólidos, e aos outros diversos tipos de compostos não reaproveitáveis a curto-prazo, e poluentes líquidos, tendo como produto no final o tão problemático chorume que tanto contamina os arredores da cidade.

Enfim, uma grande prática de Educação Ambiental, de Pesquisa, e possível Extensão Universitária.

Essa prática é viável ante nossa Feira Central, que distribui após as feiras de todos os sábados, toneladas de material orgânico que poderiam ser degradados nos canteiros da cidade. Basta fazermos um trabalho com os agentes de limpeza pública, ou melhor "agentes de ecologia pública", quem sabe uma mudança de nome? As fardas laranjas, ficariam verdes. Estes deveriam receber certificados, deveriam receber treinamento e quem sabe um futuro promissor distribuindo os alimentos que não nos servem, para quem realmente tem fome! As plantas, as bactérias, os fungos e... os colêmbolos. Todos felizes. É como o programa Fome Zero para as outras espécies dos mais diferentes grupos taxonômicos.

Inúmeras práticas que podem ser adotadas em nosso dia-dia, mas não anotamos, perdemos a cada passo, perdemos nossos sonhos, objetivos, metas. Caminhe com um bloco-de-notas, ele é útil.

Campanha: "Orgânicos para o Quintal"
A raiz de sua planta é mais uma boca para alimentar.
Pense nisto.


Turbulencia

Confiança..........tai algo dificil de se obter! So com o passar do tempo que se cionsegue, e as vezes nem assim! Gostaria de ter mais dessa confiança, mas onde se vende? Quanto custa? e quantos tipos de confianla existem?

Eu comprei a minha com o convivo, com a moeda do tempo, e tenho vários tipos, tantas que não sou capaz d contar, mas mesmo assim, sempre tem alguma coisa faltando. Sinceramente, asvezes acho que eu não me esforço muito para obter tal objeto de desejo. Mas, convenhamos, isso é o maximo que eu posso fazer, pelo menos por enquanto.

Como posso confiar se so tenho como base a desconfiança? Isso é algo muito dificil de fazer, aprender a confiar com base na desconfiança, é o tipico "faça o que eu digo, não faça o que eu faço", mas ai ja é demais! Como eu posso seguir isso, se tenho como base, pelo menos em quanto criança, o modelo dos meus pais? E se um de seus pais disses isso pra você? Como você se sntiria? Não me refiro a esse fato ocorrer na adolescêcia, ou depois, mas sim na infância. Como uma criança vai poder não imitar o pai ou a mãe que ela considera como sendo seres perfeitos?

Pior ainda, sendo um menino: e se fosse seu pai que lhe dissesse algo do tipo? Se for menina, se fossesse sua mãie? Então, volto ao ponto de partida, como posso confiar em alguem que me diz para fazer algo, mas na pratica, faz outra coisa? E mais como posso aprender a confiar com esse ponto de partida?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Descrição da Crítica Urbano Sustentável

Por vezes, quando sobra um tempinho no final da tarde, primo por ir ao largo do Açude Velho, correr um pouco e desestressar. Corridinhas estas que estão sendo perigosas levando em consideração o percurso mal iluminado e sem segurança, foi o que senti hoje ao correr minhas religiosas voltas para liberar os hormônios e me exercitar um tanto, deixando a saúde em dia.

A responsabilidade da reivindicação para colocação de lâmpadas é nossa, minha, sua, Campina Grande não é mais a mesma, segundo histórias de meus ancestrais. No percurso ao Açude, caminhando e observando a paisagem, uma grande carga de poluição das vias públicas me deixou inquieto, plásticos com mais de 100 anos para se degradar naturalmente, banners, "mosquitinho" de candidato, "cola", e outros diversos artifícios cheios de números, e de sorrisos satânicos.

A cidade amanheceu com um ritmo fúnebre, e os reais prejudicados pela zorra de ontem, além da natureza, são os agentes de limpeza pública, os garis, que vão trabalhar em dobro, sem ganhar nada.

Certa vez, disse um amigo, estudante de psicologia. "- Allysson, o melhor caminho é hipervalorizar o errado". Surpreso perguntei por que, ele logo responde: "- Pois esses recursos são limitados, eles tem de perceber que aquilo que fazem não é novidade, e temos de destruir o modismo". Fiquei pensando nisso, e coloquei em prática. Hipervalorizei a Coca-Cola que um amigo estava tomando, e isso se repetiu por uma semana, tanto que ele disse que estava enjoado de Coca-Cola, pois sempre que pude, paguei o refrigerante e impanturrei o mesmo com o líquido negro mais popular do mundo. O mesmo amigo me disse: "- Quando ele se sentir fraco (no caso do meu objeto de estudo, enjoado), destrua o conceito". Portanto, segui o que ele falou, e destrui a mercadoria Coca-Cola, expus o fator social, econômico, biológico e ambiental, da tal marca que tem representações em todo Brasil, e mundo.

Espero que essas práticas se repitam por Campina Grande, pois um dia os recursos vão faltar, ou o enjoou vai chegar, quando isto acontecer ajude a destruir os conceitos errôneos. Embora essa mudança seja em uma pessoa, com o viés individual, e não coletivo. Agora, para o o coletivo, nos resta também a intervenção social, pegar o microfone e impactar, mudar conceitos abruptamente. Primeiro discursa em favor do que é exposto, e do nada, quando a platéia estiver bem concentrada e confiante, destroi-se o conceito. Isso é um tanto perigoso, mas vale a pena, e não dispende muita energia.

Das duas, sigo a segunda, a intervenção social, e por não gastar muita energia, volto a correr no Açude Velho, ou praticar outros esportes que não vem ao caso, liberar os hormônios é essencial para não sermos persuadidos. Espero que encontre as lâmpadas lá na orla do Açude em breve.

Se não encontrar, faço outro texto, desta vez com outra experiência agradável, a persuasão via telefone, e-mail e presencial, qual foi a melhor escolha. Cena do próximo texto.

domingo, 5 de outubro de 2008

Fetichismo Acadêmico

(...)


Há termos críticos, até jocosos, que designam esta ordem de questões éticas diante do fenômeno de proliferação na literatura científica. Alguns mais conhecidos, como “ciência-salame”: uma pesquisa é fatiada em unidades menores publicáveis para se tornarem vários artigos distribuídos em diferentes revistas. Outros menos comuns como “publicacionismo” e “produtivite” começam a ser utilizados para designar tal quadro.


Em outras palavras: um mesmo conteúdo pode aparecer em vários artigos, após receber pequenas mudanças cosméticas. A autocitação pode constituir-se no chamado “autoplágio”. Já há revistas que solicitam na declaração que se costuma fazer na entrega dos originais um item especificando não se tratar de publicação redundante. Outro aspecto importante seria se o artigo traz algo ao conhecimento ou à discussão científica, isto é, se é pertinente, relevante e “revelante”.



As questões éticas na pesquisa científica não são de forma alguma negligenciáveis. Em termos mais específicos, pode haver vários tipos de má-conduta e fraudes no meio científico, como o gerenciamento dos protocolos, amostragens e dos dados em geral. Ademais, há um crescente aumento de autores por artigo, significando mais do que o suposto aumento dos integrantes dos grupos de pesquisa, mas sim a possível prática de “escambo autoral” (meu nome no teu artigo, teu nome no meu artigo etc.).



A própria presença do plágio se torna algo mais praticável e difícil de ser percebido – ainda que sejam “microplágios” –, viabilizados pela cópia de trechos de textos disponíveis na Internet. Não parece ser incomum a prática de autores, ao utilizarem uma determinada referência consultada e indicada no próprio artigo destes autores, também citarem outra(s) referência(s) presente no artigo citado como citação de seu próprio artigo, sem haver a consulta específica de tal referência. Sem dúvidas, a tarefa de editar revistas científicas se tornou bastante complexa ao envolver intrincados e múltiplos aspectos éticos.



Cabe ainda assinalar que, ao lado do “publicacionismo”, convive-se com outro fenômeno acadêmico: o “citacionismo” – a grande importância do ato de citar outros autores e de ser-se citado em artigos –, que é em grande parte um efeito do êxito dos indicadores de impacto desenvolvidos pelo Institute for Scientific Information/ Thomson Scientific (ISI). Essa excessiva preocupação tornou-se, de certa forma, representativa do espírito de “avaliações rápidas” de nossos tempos modalizados na ambiência acadêmica. Aliás, a etimologia dos adjetivos latinos “citus, cita, citum” é emblemática ao indicar “posto em movimento”, “vivo”, “pronto”, “rápido”, “ligeiro”. É preciso produzir artigos que gerem citações, ou seja, que sejam publicados e tenham vitalidade para estarem presentes nas outras publicações.



CASTIEL, Luis David; SANZ-VALERO, Javier and RED MEI-CYTED. Entre fetichismo e sobrevivência: o artigo científico é uma mercadoria acadêmica?. Cad. Saúde Pública, Dec. 2007, vol.23, no.12, p.3041-3050. ISSN 0102-311X.


http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n12/25.pdf


Vêm por aí, o Fetichismo Acadêmico II, III, IV e V.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Eu leio Superinteressante!!!


Credo ut intelligam...

Acho que "Conceituados Pensadores Positivistas" entendem de latim também! É uma interessante (não super) frase de Anselmo da Cantuária, que por sua vez parafraseia Agostinho de Hipona... Interessante porque trata da "antiga atualidade" do embate Ciência X Religião.
Ok, então creia para entender... Agora, como entenderás sem pensar sequer um pouco?
A máxima citada acima sempre aparecia acompanhada por mais duas: "Compreender ut credam" e "Fides quaerens intellectum".
Desde os primórdios da antiguidade, em civilizações como a egípcia por exemplo, a busca pelo divino e a busca pelo conhecimento do universo caminhavam lado a lado e de mãos dadas.
Em civilizações helênicas existiam deuses para a astronomia, horticultura, irrigação, etc... Os filósofos desenvolviam teorias como a do átomo, dos movimentos celestiais, tentavam responder a perguntas do tipo: Por que estamos nesse mundo? E trabalhavam a ética humana...
No período pós advento do Cristianismo os padres eram os escritores e filósofos pensadores que investigavam todos esses campos do conhecimento.
Na Europa Medieval a Igreja alcançou uma posição de enorme poder, chegando ao ponto de escolher reis... sem contar com o fato de ser (até hoje) a maior detentora de terras do mundo. Com toda essa força a Igreja torna-se "Fornecedora da "Verdade"", incumbida do cargo de ser a única a saber tudo. O Dogma era a Lei!
Mas, em contrapartida, a Ciência evoluía e tornava-se um desafio aos Dogmas, como por exemplo, o do Geocentrismo. A saída foi fazer com que Copérnico, Bruno e Galileu sentissem o peso da mão da Igreja! Servirá de exemplo, pensaram! Tragédia...
Serviu de incentivo. Sem conseguir mais omitir a Ciência, a Igreja e a Ciência dividiram o esforço pela busca do conhecimento...
Descartes "inventa" o Dualismo: A Igreja tinha o imaterial e invisível, a ciência o concreto! Bum... Nasce o Materialismo!
Que embate sangrento! Cientistas não eram mais tolerados e reagiram vingativamente: "O imaterial é inexistente e ilusório, somos pequenas máquinas que vivemos num universo máquina-previsível e respeitamos leis severas e imutáveis" Surgem os dogmatismos científicos.
A Igreja revida: "Os cientistas ateus e sem alma foram condenados ao Inferno!"
Eita!... Lá veio Darwin... "Onde está o Criador? Em lugar nenhum! Somos simples portadores de DNA que sofre constantes mutações..."
"Deus se encaregará de mostrar-lhes!"...

Caramba! E agora?! Se tudo é um mecanismo e Deus é o criador de tudo, então, o que a humanidade deveria fazer?!

A Ciência cava mais fundo em um universo sem Deus e dá de cara com um mistério: "Em pequenas esquinas do tempo e do espaço os cientistas encontraram energia inexplicável e mistérios de quebrar a cabeça. Mistérios que sugerem que tudo está conectado. Que o universo físico em sua essência não é físico! Que tempo e o Espaço são só elementos desse "Não-materialimo". Atualmente, cientistas encontram-se com líderes religiosos na tentativa de realizar o encontro de espírito e ciência de uma vez por todas!"
Assim como o século XX abriu as portas para uma visão mecanicista de mundo, o século XXI irá demolir a parede que separa a Igreja e o Laboratório?!
Será que acabou o divórcio?! Voltamos ao fiel da balança?!

E como fica o Positivismo do nosso "Conceituado Pensador" discípulo de Comte?
Explicarás a "verdade" apelando para entidades sobrenaturais e permanecerás no Teológico?
Recorrerás à entidades abstratas para explicar a realidade: o "Eter", o "Povo" e continuarás nas perguntas de sempre: "de onde viemos e para onde vamos?" aprisionando-se ao metafísico e buscando o absoluto?
Ou deixarás o "Porquê" e partirás para o "Como" com a imaginação subordinando-se à observação na busca apenas pelo relativo?
Ou ainda, lerás "Discurso sobre o espírito positivo" e acharás o que precisas sobre o verdadeiro Positivismo de Auguste Comte?

Lembrando que o Positivismo é uma corrente de pensamento. Se eu digo que "
pensei...raciocinei, e fui ma(I)s positivista poss(Í)vel", como eu posso chamar o discurso dos outros de tendencioso?!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Equívocos, na minha opinião!

[APLAUSOS]...
Bela paráfrase das idéias de Dawkins em "Deus, Um delírio"... sem contar com um toc de Nietzsche em "Quando o homem criar outra realidade, deus morre"...

Não é uma defesa de corrente... que fique claro... Só achei, opinião própria, alguns equívocos no post anterior... (Reafirmando: "Equívocos na minha opinião")

Como conheço um pouco dos dois lados, tanto o criacionismo quanto o evolucionismo, me acho no direito de opinar, e penso que só temos esse direito de fato quando conhecemos os dois lados... Ratificando que não quero aqui começar um embate filosófico ou científico...

É inegável que a Evolução é um fato (por enquanto) até que apareça uma teoria que a substitua ou mude seus moldes, porque sabemos que na ciência verdadeira não há espaço para dogmatismos! Certo?!
Eu ia comentar o post, mas achei melhor postar também... Tudo por conta do finalzinho do Acreditar ou não, não "eis" a questão!, que dizia:

"Você não pode dizer se acredita ou não que existiram os dinossauros, que ocorreu o big bang, que a idade da terra é de 4,6 bilhões de anos. Independente de acreditar ou não ("infelizmente crias"), isso REALMENTE EXISTE!"

Os "crias" foram citados como negando a existência dos dinossauros. Pelo que conheço dessa corrente (falo dos crias teimosos que conheço) essa informação é equivocada, já que eles mesmos utilizam alguns de seus livros sagrados para evidenciar a real existência desses animais, esse foi o 1° equívoco.

A hipótese do big bang é uma das muitas existentes para explicar o surgimento do universo, é uma boa hipótese, mas não é a única e não é segredo pra ninguém que ela sofre duras críticas (falo de críticas não dos crias, mas da própria comunidade científica, especificamente de físicos). Salientando que não estou dizendo que o big bang não aconteceu, só estou falando que até os especialistas no assunto não entraram em acordo, por isso penso que ter o big bang como verdade absoluta ("REALMENTE EXISTE!") parece dogmático, e isso não pode haver em ciência (2° equívoco).

Atualmente a Terra é datada como tendo 4,6 bilhões de anos, mas, há algum tempo o planeta foi datado em 100 mil anos. Essa idade vem aumentando desde que foram sendo encontrados "novos" fósseis, desde que evidências de uma Terra mais antiga foram levantadas... O fato é que não se sabe ainda o que encontraremos pela frente. Em analogia, você não afirmaria que o vírus é um ser vivo, ou afirmaria?! Não faça isso com a idade da Terra, você pode precisar de mais alguns anos lá na frente! (3º equívoco)

Vê como essas afirmações irrevogáveis deixam margem para comparar a pseudociência com o cristianismo medieval?! Quem discordar é estigmatizado como indouto, até que desbanque o "Papa científico"! Então, a partir de agora, deixemos espaço para variações... nem toda ciência é exata!

Viva Einstein, que "contrariou" Newton ao dividir o "tempo físico", e viva a física quântica que já pôs o próprio Einstein na parede...

domingo, 7 de setembro de 2008

Maldita Inclusão Digital

Olhando o orkut alheio, e o de amigas, pude perceber uma mensagem interessante, na verdade um flerte não muito agradável de ser lido, surpreendente e cômico.

"si deus que ser, e voçe não Estiver com namorado; quero dão sar um forro com digo vai poder?"


Tecla SAP:

"Se Deus quiser, e você não estiver com namorado, quero dançar um forró contigo, pode ser?"


Maldita inclusão digital.

domingo, 31 de agosto de 2008

Severn Cullis Suzuki - ECO_92