Por vezes, quando sobra um tempinho no final da tarde, primo por ir ao largo do Açude Velho, correr um pouco e desestressar. Corridinhas estas que estão sendo perigosas levando em consideração o percurso mal iluminado e sem segurança, foi o que senti hoje ao correr minhas religiosas voltas para liberar os hormônios e me exercitar um tanto, deixando a saúde em dia.
A responsabilidade da reivindicação para colocação de lâmpadas é nossa, minha, sua, Campina Grande não é mais a mesma, segundo histórias de meus ancestrais. No percurso ao Açude, caminhando e observando a paisagem, uma grande carga de poluição das vias públicas me deixou inquieto, plásticos com mais de 100 anos para se degradar naturalmente, banners, "mosquitinho" de candidato, "cola", e outros diversos artifícios cheios de números, e de sorrisos satânicos.
A cidade amanheceu com um ritmo fúnebre, e os reais prejudicados pela zorra de ontem, além da natureza, são os agentes de limpeza pública, os garis, que vão trabalhar em dobro, sem ganhar nada.
Certa vez, disse um amigo, estudante de psicologia. "- Allysson, o melhor caminho é hipervalorizar o errado". Surpreso perguntei por que, ele logo responde: "- Pois esses recursos são limitados, eles tem de perceber que aquilo que fazem não é novidade, e temos de destruir o modismo". Fiquei pensando nisso, e coloquei em prática. Hipervalorizei a Coca-Cola que um amigo estava tomando, e isso se repetiu por uma semana, tanto que ele disse que estava enjoado de Coca-Cola, pois sempre que pude, paguei o refrigerante e impanturrei o mesmo com o líquido negro mais popular do mundo. O mesmo amigo me disse: "- Quando ele se sentir fraco (no caso do meu objeto de estudo, enjoado), destrua o conceito". Portanto, segui o que ele falou, e destrui a mercadoria Coca-Cola, expus o fator social, econômico, biológico e ambiental, da tal marca que tem representações em todo Brasil, e mundo.
Espero que essas práticas se repitam por Campina Grande, pois um dia os recursos vão faltar, ou o enjoou vai chegar, quando isto acontecer ajude a destruir os conceitos errôneos. Embora essa mudança seja em uma pessoa, com o viés individual, e não coletivo. Agora, para o o coletivo, nos resta também a intervenção social, pegar o microfone e impactar, mudar conceitos abruptamente. Primeiro discursa em favor do que é exposto, e do nada, quando a platéia estiver bem concentrada e confiante, destroi-se o conceito. Isso é um tanto perigoso, mas vale a pena, e não dispende muita energia.
Das duas, sigo a segunda, a intervenção social, e por não gastar muita energia, volto a correr no Açude Velho, ou praticar outros esportes que não vem ao caso, liberar os hormônios é essencial para não sermos persuadidos. Espero que encontre as lâmpadas lá na orla do Açude em breve.
Se não encontrar, faço outro texto, desta vez com outra experiência agradável, a persuasão via telefone, e-mail e presencial, qual foi a melhor escolha. Cena do próximo texto.
1 comentários:
E aí grande Allyson!
E completando um texto que você postou um dia desse, com o atual, as passeatas contriburiam muito viu, para o aumento desta taxa de lixo, que não apenas é um tormento para nós, como é principalmente para os ecossistemas dulcícolas do açude...
É uma questão complicada, mas impactar só me lembra nossa odisséia na camara dos vereadores, onde fomos vaiados gratuitamente...
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