domingo, 22 de março de 2009

Status quo, práxis e exis

Difíceis palavras ao tom laico de ser, ao tom laico de existir, em si ou para si. Vide Sartre, e eis aqui uma análise de sua obra enfatizando a antropologia estrutural e histórica.

A antropologia estrutural e histórica de Jean-Paul Sartre

O conhecimento da alienação é a parte mais interessante deste trabalho de Andre Dalpícolo.

Trabalhando a liberdade, nunca diga nunca, se você age passivamente:
Tal conjunto, com efeito, é aquilo que sou; mas, como observamos no início de nossa segunda parte, o Para-si não pode ser nada. Para-mim, eu não sou professor ou garçom, assim como tampouco sou bonito ou feio, judeu ou ariano, espiritual, vulgar ou distinto. Vamos chamar de irrealizáveis tais características (...) Todavia, esses irrealizáveis não nos são apresentados somente como irrealizáveis: com efeito, para que tenham o caráter de irrealizáveis, é necessário que se desvelem à luz de algum projeto que vise realizá-los. E é exatamente, com efeito, aquilo que há pouco observávamos, quando mostramos o Para-si assumindo seu ser-para-o-outro no e pelo próprio ato que reconhece a existência do outro. Correlativamente, portanto, a tal projeto assuntivo, os irrealizáveis desvelam-se como 'a realizar'. Antes de tudo, com efeito, a assunção efetua-se na perspectiva de meu projeto original: não me limito a receber passivamente a significação 'feiúra', 'enfermidade', 'raça', etc., mas, pelo contrário, só posso captar esses caracteres - a simples título de significação - à luz de meus próprios fins
Penso, logo pró-ativo. Em busca das desocultação da realidade, como diria outrora Gramsci, os humanos, proletários, morrem no quotidiano, ou se equilibram? (O que ideologicamente é danoso)
De minha parte, chamo de ideologia simplesmente ao fato de que, no interior da filosofia reinante - no interior, pois do marxismo -, outros trabalhadores surgem depois do desaparecimento dos primeiros grandes filósofos e estão obrigados a ir adaptando perpetuamente o pensamento às mudanças quotidianas, dando um balanço nos acontecimentos na medida mesma em que se processam (...) É assim também que, na minha opinião, os assim chamados filósofos da existência deveriam, de preferência, ser denominados ideológos da existência, pois representam um certo número de indivíduos, um grupo, uma tendência que buscam valorizar e desenvolver algumas terras não exploradas pelo marxismo? Em especial porque, digamos, o marxismo é uma filosofia extensiva e não uma filosofia intensiva. Porque é sempre necessário cuidar do mais urgente.

0 comentários:

Postar um comentário

Queremos muito saber sua opinião! Ao comentar, por favor, identifique-se.