sábado, 30 de maio de 2009

Falseabilidade e Latinismos

Viva Popper, o modus ponens, e o modus tollens.

Os dois termos expressam característica da epistemologia, o cerne da ciência dentro dos cladogramas (árvores hipotéticas de biodiversidade) cheia de induções, aquelas intervenções humanas para tentar se chegar à algo. Claro, depois de analisados os fatos históricos e rigorosamente enumerados. O poder dedutivo dentro dos cladogramas existe, mas o indutivo é bem maior, as famosas hipóteses ad hoc. E falseável, é claro, pelas homoplasias = convergência de caracteres para uma função, mesmos caracteres com origens distintas, melhor, uma evolução independente.

Viva a biologia evolutiva. Os cladogramas, as deduções e as séries de transformação.

O artigo de Vogt (2008) que trata sobre a falseabilidade dos cladogramas, é bem claro quanto à isso. As homoplasias seguem a contramão das apomorfias, e nelas devemos nos embasar para ver o quão os cladogramas são científicos. Falseáveis, de fato.

Outro artigo, agora de Kluge (2003) nos mostra as diversas citações, a problemática das deduções entre as relações de parentesco. As explicações causais dos fatos nos levam ao que podemos chamar de história, explicamos o processo, o acontecimento do evento, como se deu. Através dos produtos, dos fins. O Kluge dá uma série de 11 argumentos pró-filogenia.

E cita no final, que há um conhecimento objetivo histórico dentro da filogenia, portanto pode ser tratada sim como ciência, embora não testável, não "popperável".

E assim a ciência avança, que elegância.

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