sábado, 27 de dezembro de 2008

Secularismo

Final de ano, festas ao léu, todos felizes ao lado de amigos parentes e aderentes. Forró, rock, gospel, amor, política, cartas, e assim vai reinando o império da boa sanidade. Onde todos usurfruem de seus estoques de energia em prol da felicidade própria, claro que não podia faltar o famoso ego, e alheia. Salve, salve, o bombardeiro de lipídios e carboidratos.

Quantos inúmeros cidadãos nesta época se enclausuram em casa, rente àquele daquele cheirinho agradável da cozinha. Onde o salário do mês imaginário do ano (13º) é totalmente empregado em comes e bebes, a gula de fato. Além da boa comida, e boa bebida, há o amor e os pecados capitais.

Aquele natal inesquecível com carnes pulando e no ritmo, a fauna XX gritando em prol do êxtase hormonal, aquele primo seu que na pré-adolescência descobre você e sua deusa de ébano estudando a fisiologia da reprodução humana, e como consequencia, ele descobre a velha e famosa masturbação no cômodo ambiente da casa, onde se pratica a higienização corpórea. Aquele casal vizinho que tem uma filha que vai ficar sozinha neste período de recesso escolar, em plena cidade reduto dos seres com coloração aposemática em prol do acasalamento. Onde também os larápios furtam as casas alheias, e quando as famílias voltam de viagem geralmente assadas, uma surpresa as esperam. São essas e outras belas situações que regam nosso início do ano com muito líquido roxo, violeta, lilás, melhor compreendido como vinho. O início do ano maravilhoso com o ócio exemplar, o barulho das ondas do mar, o barulho do vento forte ao tocar os fios de eletricidade no cariri, o barulho do chocalho do bode com a muléstia dos cachorros para comer um tiquinho de palma que restou na cocheira. A beleza da terra rachada símbolo do açude seco, a casinha dos colêmbolos em ambiente paleontológico.

Enfim, vamos aproveitar o final do ano e o que o cristianismo tem de melhor: os feriados, os pecados e os vinhos.


O dia internacional da paz que me espere. Dizem que é dia 21 de setembro, outros afirmam que é dia 1º de janeiro, e assim vamos vivendo em busca do ócio, da boa vida, e do amor. Amor esse que transcede os capilares vermelhos, chanéis revoltosos, a pele branca, o jeito sociável, nada do interior, o estudo dos números formidáveis e da física (de preferência a eletricidade), a bela conversa e o sorriso, ser persuasivo, feroz com distinto secularismo, deixo aqui meu ímpeto platônico daquele amor tridimensional que compôs a porta do hábitat do Baco, do Narciso e da Afrodite. O período helênico, como poligâmico, ops, como politéico, o mundo tinha mais graça (nós somos salvos pelas obras e pela graça), até a homossexualidade não era um tabu, que rima com miócitos de abruptas forças centrípetas.

"Como adoro músicas ideológicas, lá se vai essa parodiada em prol de minha felicidade por estar se aproximando do dia 27 de dezembro (amanhã), mais um dia importante em minha vida, assim como os 364 outros do ano. “A paz do mundo, começa em mim, o amor também, com certeza sou feliz, eu faço bem ao meu irmão, amigos e parentes, dentro do heredograma e cladograma de minha mente sã. Chegou a hora da gente construir os blogs, ninguém suporta mais os recados do orkut. Paz pela paz, pelo capeta, paz pela paz, por Deus também, paz pelada paz, pela certeza de te amar.”

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Pessoas mudam. Mudam?

Primeiro vamos descrever o que é ser alguém. As pessoas são classificadas de acordo com a expressão de sua essência. A essência determinará o ego de cada um. Essência, resumindo, deve-se em total parte aos seus genes, ou a expressão deles. Você nasce para o que é, ou não. A que se dá essa margem paradoxal? Na verdade, você será a expressão dos seus genes. Como um gene geralmente se expressa? Através da resposta à ação do meio. Também é relevante o tempo exposto ao meio. Nasci para ser obeso, não tenho os genes que expressam a proteína leptina ou seus receptores. Serei obeso se, invariavelmente se, em minha dieta houver alimentos gordurosos.

Outro exemplo: Possuo os genes que expressam o vício à ingestão de álcool. Serei alcoólatra se, invariavelmente se, começar a degustar bebidas destiladas. Eufemismo às vezes cai bem. Para não decepcionar antropólogos e sociólogos, considero o social uma parte encaixante do meio. Fator social também é fator do meio. Saindo da ciência, entrarei um pouco na filosofia. Pessoas são a reação e a aprendizagem aos fatores do meio, tal reação definida por sua essência. Geralmente quando digo que uma pessoa mudou, ocorreu uma apatia da minha parte sobre o que eu tinha em mente referente àquela pessoa. Se fulano mudou significa que aquilo que eu esperava dele não será mais correspondido. Vemos as pessoas com olhos egoístas. Não vemos as pessoas como elas são, e sim, como gostaríamos que fossem.

Sem mais circunlóquios, todo esse silogismo foi para definir a palavra central do texto: liberdade. O que a liberdade tem a ver com “pessoas mudam”? As pessoas são a expressão da liberdade que lhes damos. Exemplos são melhores de se ter um bom entendimento. Namoro uma menina que cujo pai é sério, intransigente, lacônico e não gosta de brincadeiras. Digamos que sou extrovertido, palreador, dinâmico e prolixo. Havendo um respeito em jogo, nas supostas ocasiões em que eu estiver presente do meu sogro, agirei de forma diferente à minha essência. Serei também sério e lacônico. Caso haja outro evento, no qual ele me viu vociferando “heresias” ou palavrões, qual será sua primeira reação? Ele dirá: Pessoas mudam. Mudei? Na verdade, eu sempre fui o mesmo, o que não havia era a liberdade da expressão das minhas características em ambientes onde meu sogro estivera presente. Aos olhos dele, eu era uma pessoa boa, e era alguém em que se podia confiar (por ser parecido com ele). Após a demonstração real do meu ego, virei uma pessoa má, uma cobra, um vilão (por não satisfazer a imagem distorcida que o mesmo tinha de mim). Ao epílogo, uma pessoa é a resposta que seu organismo dá em relação ao meio exposto, cientificamente falando, filosoficamente falando também. O que muda são os olhos de quem ver. Quem mais fala que os outros mudam ou mudaram, são aqueles que nunca deram a real liberdade aos outros para que expusessem o que significantemente eram.

A liberdade é aquela em que ambos os indivíduos demonstram suas características, sem que ambos critiquem e/ou não aceitem ser criticados. Se me chamam de gordo e feio, primeiramente, quem me chamou deve me dar a liberdade de dizer o que acho dele. Em segunda parte, devo ser um crítico ávido do meu ego para conhecer-me bem e aceitar a opinião do outro, saber até onde ela é real ou imaginária. Pessoas não mudam, no máximo passam por fases onde o meio expressará diferentes características do indivíduo. Apenas fases. Essência é imutável, a real essência. O que se muda realmente, são opiniões de quem nunca deu liberdade o suficiente para conhecer essencialmente o outro.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Sensação Estranha

O dia foi repleto de surpresas. Um amigo de escola que está prestes a casar amanhã, morando pelas bandas do Sul; outra amiga, um tanto mais querida, foi ao exterior e não me contou; outro amigo, freqüente em minha vida, está mal de saúde e sinto que

necessita de minha presença; Outra amiga querida que promete um presente, outra amiga que noticia a sua saída de sua cidade natal em busca de novos ares no Amazonas, e algumas outras notícias que recebi pela internet, a mesma que parou abruptamente, quando estava prestes a terminar meus afazeres acadêmicos. Esse clima sem conexão, culminou após o filme

Efeito Borboleta 2, que tinha feito download há uma semana atrás, sendo que hoje, de fato, o espaço (PC) foi priorizado e a curiosidade necessária apareceu. Uma viagem no tempo através de fotos antigas, e três flashbacks, colocando maior peso na vida, no fator amoroso e no fator profissional, seqüencialmente. O ator principal do filme tinha lá suas chances de voltar ao passado, para reverter a situação. Mas, fico imaginando como nós, que não temos esse poder reagimos ao filme. Como lidar com a morte. Olhei para os lados, para a minha vida, e um flashback reinou. Por que não valorizo mais essas peculiaridades do dia-dia. Qual peso estou dando à família, amigos, estudos, lazer, dentre outros fatores primordiais para uma existencialidade? Quando o filme acabou um pouco de minha sanidade foi junto, muitas perguntas afloraram na cabeça. O desfecho desse enredo deve fazer parte de nosso cotidiano, tenho certeza que valorizaremos mais nossas vivências com aqueles que têm, de fato, vida, e esta tem peso maior existencialmente do que o futuro profissional, ou a busca incessante pela estabilidade financeira. Temos de pensar duas vezes antes de produzir inutilidades ao invés de existirmos de fato. O "em si" e o "para si", idéia de Sartre. O "para si" é o ponto-chave da idéia central deste texto, onde compartilho minha emotividade com vocês. Necessito dedicar parte de meu dia à Heidegger, Schopenhauer, Kierkegaard e o mestre Sartre.

Campina Grande, 19 de dezembro de 2008. (Sem acesso à internet)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O Final de um Blog


Deduzindo fatos, observando outros. Percebemos que o blog morre, quando os embates ideológicos tendem a acabar. Com base no passado, e desta forma, prevendo (probabilisticamente) algumas ações futuras, tenho certeza que fatores externos se ligam a defesa de uma idéia central ou outra. Como assim? Por exemplo, se algo x acontece no meio de uma jornada extensa de trabalho feita por uma equipe, e a idéia central do algo x é bem vista por alguns do grupo, e mal enxergada por outros, há uma ruptura e os padrões não convergem, pois o poder de persuasão da pessoa que toma a frente da idéia x é berço de uma idéia y por aqueles que não gostaram, após uma estafante jornada de trabalho, das atitudes tomadas por aqueles que defendem a idéia x. Daí os ideais não se ligam, dicotomias, contradições, até culminar nas mudanças conceituais. Dentro destes padrões de mudança conceitual, a persuasão dita no início não influencia muito em um grupo onde todos têm voz e voto com as idéias opostas x e y formadas. Logo após, o grupo cria censuras, estas denominamos barreiras, limites mentais impostos por não avaliar a viabilidade de x ou y ou z (uma outra idéia neutra que pode nascer da guerra entre x e y). Portanto, o sentimento de orgulho, que nos leva ao patamar de imutabilidade das idéias, leva a crer que o x ou o y está certo, e que, só e somente, um dos dois leva à certeza, e esse é o primeiro equívoco. O segundo é ligado à impotência de persuadir o seu oponente. Um membro do grupo fica inutilizado em uma espécie de geladeira dialética, e depois morre com o pensamento: “o que vou fazer aqui gastando minha energia, que pode ser útil para outra ação”. Fazendo com que as futuras idéias construtivas x1, x2, x3, x4, x(n) não se propaguem corretamente, e aquele ideal y, que também pode se tornar y1, y2, y3 se opondo ao x ou não. Isso acontece muito na política, nas relações de poder, a persuasão é implícita, mas existe. As negociações para um ganho de confiabilidade é feito no ambiente externo ao palco onde se desenrolam as discussões acaloradas, e após a quebra da barreira inicial, com diversas idéias convergindo para um único ponto, há um uso demasiado do “não” no discurso alheio, mas, porém, contudo, todavia. Não o “sim, e acrescento ...”. Sim o “não, mas...”.


Geralmente os argumentos têm por trás um que de história, e devemos analisá-la também. Desde os primórdios da evolução ontogenética, onde tomamos como referencial para o futuro, os pais. Levamos conosco idéias centrais que influenciam até boa parte da vida, quando nos depararmos com um mundo externo ao lar, por exemplo, a escola onde passamos metade do dia, e logo após a universidade, onde passarmos geralmente o dia inteiro. Sem contar na internet que nos conecta indiretamente a escola e a universidade. Passamos maior parte do dia em determinados locais, onde agregamos valores, e esses valores impregnam os ideais de vida de cada um de nós, seja o viés ego, antropo, ou ecocêntrico. Este último é um tanto difícil de reinar ante os dois primeiros, embora a cobiça e o oportunismo se sobressaiam, e façam parte da “sobrevivência” dos dois primeiros prefixos citados anteriormente. Quando um blog morre, as idéias centrais não batem, os autores não digitam, e a confiança vai, vulgarmente, para o beleléu. É um produto de existência zero. Como fazemos mal uso de nossos sentidos, não percebemos essas relações em nosso dia-dia. A vida não se tornaria seca ou maquiavélica, se o “passatempo” da persuasão fosse mental, o problema é quando o passatempo se exterioriza através de emotividades fúteis dentro de metas e objetivos em busca de materiais supérfluos à vida.



Sempre levei em consideração o diálogo como fonte de construção humana, embora o orgulho, eufemisticamente a falta de sociabilidade, seja maior. Esse é um erro crasso, qualitativamente abominável em qualquer tipo de táxon. Espero que os autores do Holística retomem seus postos.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cada um no seu quadrado...

Uma necessidade primordial humana é a avidez pelo seu bem-estar. Conceitua-se diversas formas para obtenção improcrastinável desse feitio. Uma dessas é a importância fisiológica, provida à prática de exercícios, alimentação, etc... Outra, certamente pouco estável, é o bem-estar mental. Criamos realidades dependentes do meio "regélido" em que vivemos e convergimos para as melhores estórias e as que mais nos satisfazem. A partir desse ponto, criamos crenças e mitos, para acalmar nossas "mentes e espíritos" (chamem do que quiser). Religiões até conseguem produzir esse efeito esperado, conseguindo haurir o mal-estar. O ponto principal é outro. Religiões tratam diretamente do meio social, onde há procura da população para instar em igrejas/oráculos aquilo que não pode ser produzido individualmente. Por tratar do social, a igreja tem papel importante para a formação do indivíduo quanto à educação, remetendo-o para hábitos "do bem". Não tenho nada a discutir, nem deveria, sobre proselitimos religiosos. O que venho tratar é transmissão da educação em instituições de ensino. Religião se dá muito bem na sua casa, no seu ambiente. O único problema são os excedentes religiosos procurando um local diametral às instituições de ensino. Religião não é nem ciência, nem filosofia. Afirmaria até o inverso: Religião é o fator mais estultificante em uma sociedade. Alguns afirmam que religião e ciência caminham lado a lado, uma apoiando a outra. Outros mais ousados afirmam que nada na vida faz sentido a não ser à luz da religião, parafraseando Dobhzansky. Inconclusiva e não concreta, definição de algo não admitido no âmbito educacional e científico. Explicaria de outra forma o porquê da falibilidade educacional no Brasil? Resposta fácil: Religião em instituições de ensino.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Racismo Ambiental


Lendo, em uma magistrosa madrugada de domingo para segunda-feira, artigos ligados às Organizações Não-Governamentais, mais conhecidas como ONGs, ou NGOs (em inglês), pude esclarecer mentalmente o que é o tal do Racismo Ambiental. Uma das referências que fora anteriomente solicitada no mini-curso de Ecologia Política, é a que utilizo orgulhosamente agora, e perpasso essa conceituação importante para de fato buscarmos a equidade do social e ambiental, politicamente. No artigo a problemática da construção da legalidade que rege a justiça ambiental, teve um pontapé inicial na ECO92 - Rio. Eis o trecho:

O racismo ambiental nos leva ao aparecimento de diferenças entre a qualidade ambiental de comunidades brancas e negras, resultando em racismo institucionalizado. O racismo institucionalizado influencia o uso local das terras, fortalece as regulações ambientais, facilita a implantação de indústrias, e onde as pessoas de cor moram, trabalham e brincam. As raízes do racismo institucional são profundas e tem sido difícil eliminá-las. Discriminação é uma manifestação do racismo institucional e faz com que a vida seja bastante diferente para brancos e negros. Historicamente, o racismo tem sido e continua estando na maior parte do sistema sociopolítico dos Estados Unidos, e como resultado, pessoas de cor se encontram em uma desvantagem na sociedade contemporânea.

O racismo ambiental é qualquer policiamento, prática ou diretiva que diferencialmente afeta ou não dá vantagem a indivíduos, grupos ou comunidades baseadas em raça ou cor. O racismo ambiental combina com policiamentos públicos e práticas industriais que promovem benefício aos brancos enquanto desloca custos para as pessoas de cor. O racismo ambiental é reforçado pelas instituições governamentais, legais, econômicas, políticas e militares.

BULLARD, R. D. (2001) Environmental Justice in the 21st Century: Race Still Matters. Phylon (1960-), Vol. 49, N. 3/4, p. 151-171.
Caracterizando o racismo ambiental como um sistema de dominação e exploração, Bullard versa sobre as diferenças, baseado em números da saúde pública ligados a problemática dos resíduos sólidos e destinação deles aos guetos americanos. Outro trecho interessante do artigo:
Resíduos de perigo e indústrias 'sujas' têm seguido os 'caminhos da menor resistência'. Pessoas pobres e comunidades pobres têm recebido uma falsa escolha de 'nenhum emprego e nenhum desenvolvimento' contra 'arriscados trabalhos de mão-de-obra barata e poluição'. Indústrias e governos (incluindo os militares) têm freqüentemente explorado a vulnerabilidade econômica das comunidades pobres, estados pobres, regiões pobres, para suas operações de 'risco'. O movimento por justiça ambiental desafia o colonialismo tóxico, o racismo ambiental,bem como o comércio tóxico internacional em casa e fora dela.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Avaliação dos Livros Didáticos de Biologia - 2008

Os livros da disciplina Biologia que fazem parte do PNLDEM 2008 foram criticados por 26 professores universitários, onde as críticas renderam tanto, que os produtos foram divididos em três artigos. Um sobre Genética e Biologia Celular, outro sobre Ecologia e Fisiologia, e o mais interessante, sobre Evolução e Diversidade Biológica. Parabéns para a equipe de especialistas por produzir um material tão útil aos professores de Biologia do Brasil. Embora, os quatro critérios utilizados, pequem por não ter o fator criatividade didática como avaliação, sempre com os mesmos exemplos e diversas explicações diferentes, se multiplicando e se tornando equivocadas, no pé da letra: as chamadas misconceptions extensivamente presentes nos três artigos. A metodologia compreendeu: (1) a adequação e conceitos corretos, e exatidão na informação básica; (2) adequação e coerência metodológica; (3) promoção de uma adequada visão sobre a construção do saber científico; (4) princípios éticos. (El-Hani, Roque & Rocha 2006)

... (5) adequação dos exemplos às pesquisas e geografia brasileira.

Chega de Manchester, Galápagos, Londres, se aqui temos Paraíba, Fernando de Noronha, Rio de Janeiro. Por exemplo, Darwin não esteve só em Galápagos para inferirem, somente, a fauna de lá.

El-Hani, C. N.; Roque, N. & Rocha, P. L. B. (2006). Brazilian High School Biology Textbooks: results from a Brazilian national program. Submitted to IOSTE International Meeting on Critical Analysis of School Science Textbook.

Neurônios, líquidos e vazios


Lendo aqui a Biografia do Darwin de autoria do Desmond & Moore, que segundo os 'críticos' é uma das mais fieis reproduções da vida dele, não só contando os fatores pessoais, mas sociais, culturais, econômicos, familiares. Os diversos fatores que atuavam na vida dele, embora não todos, mas boa parte. Cada descoberta era entusiasmante, principalmente por saber da mente aberta do avô dele, o Erasmus, o mesmo do Josiah, o outro avô. Os dois, mas principalmente o Erasmus, tinha um quê de ateu em uma sociedade totalmente conservadorista.
Nutrida por mornos raios de Sol em priscas grutas
Começara a vida orgânica sob as ondas
Portanto sem pais por nascimento espontâneo
Apareciam os primeiros vestígios de uma terra animada.
Erasmus Darwin

Aí bateu um vazio, a chuva começou a cair, o cheiro de terra molhada. Fui para janela, observei aquele fenômeno belo. Comecei a ler sobre a infância do Darwin, os momentos que ele se rebelava, até mesmo na escola, e ía para os bosques, até mesmo caçar. Ir ao laboratório de química, fazer experimentos com o irmão. Enfim, um cientista que tinha tesão pelo que fazia. Não só fazia, mas escrevia, diversas cartas, para diversos locais diferentes, diversas amizades pelo mundo. Admirável. Mais ainda saber, que quando o vazio bate, a história nos preenche de coisas belas. Histórias e estórias, metafísicas, ebriedade, sonhos, receios, e o jogo endócrino infindável.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fogo, vinho e pizza

As postagens em blogs são como chamas. Quando há muito calor elas continuam acesas por muito tempo. Empecilhos do dia-dia são os grandes responsáveis pela falta de criatividade? Ou não. Exponho aqui uma das situações que vivenciei neste último dia 8 (de dezembro).

Saindo com uma amiga pelas ruas de Campina Grande, convidei ela a ser minha companhia no Açude Novo, era por volta das 18 horas. Ficamos bebendo vinho no barzinho da sinuca, e filosofando a vida, falando sobre amor, sexo, família, dia-dia, etc. Logo após alguns copos de vinho, pude receber uma inusitada visita na mesa, uma senhora, ébria, com diversos netinhos, que segundo ela estavam saindo de casa raramente, e só ela fazia esse papel de levar as crianças para passear. Alguns minutos de prosa, e chega uma das netas, logo se apresentando. "- Meu nome é Vitória". Não muito tempo depois, chega o resto do grupo e ela formidavelmente começa a apresentar o nome de um por um. Impossível não refletir nossas práticas do dia-dia com uma família, embora com a avó ébria, feliz. Feliz? É o que chegava de lógico em minha mente, os netinhos sorridentes, cuidando da avó. "- Vem vó, deixa de incomodar eles", se referindo a nós dois. O mesmo falava o garçom, incomodado com a presença da velhinha: "- Minha senhora, deixe de incomodá-los", e ela: " - Ali são conhecidos meus". Era engraçada e reflexiva a cena.

Algumas horas depois, por volta das 21 , a fome bate, e vamos para um local mais requintado, uma pizzaria italiana, com música agradável para um bate-papo, toda decorada. Sentamos, e logo temos atenção de todos, como também a babação e o atendimento rápido dos garçons. A pizza chega, e com ela um casal senta ao nosso lado, um casal com duas crianças, uma por volta de 10 anos, e uma menina que não chegava aos 4. A menina, estava super feliz com uma boneca de pano, e tinha atenção integral dos pais, não podia sair de perto da mesa, e nos achava extraterrestres pelos poucos olhares de boa vizinhança que a menina fazia, acho que por não nos conhecer.

Isso significa o que?

Meninas da mesma faixa etária, em realidades diferentes. Uma mais acanhada, outra extrovertida. Das duas, a última. A super proteção dos pais em deixar a criança esquizofrênica, com sua amiga bonequinha, é extremamente danosa no desenvolvimento cognitivo da criança. C0gnitivo, intrinsecamente ligado à aprendizagem. A Vitória, hoje deve estar toda tagarela com os amigos na rua, já que os pais não saem de casa, e deixam a criança ao léu com a avó, e só ela promove essas saídas espontâneas com os netinhos.

São lições cotidianas, experiências válidas para ficarmos pensando, principalmente sobre efeito do etílico. Vou fazer isso mais vezes, agora sozinho, anotando essas pérolas de nosso dia-dia.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Alegria e Dinheiro

Lendo o Science Daily de hoje, pude perceber uma matéria muito interessante com a temática Alegria. Esta é produto do coletivo, e não do individual, é presente nas redes de amigos segundo cientistas da Universidade da Califórnia, por uma emoção contagiosa, por isso é denominada infecciosa.

Foram feitas observações em 5.000 indivíduos durante 20 anos. E foi também percebido que:

Examination of this dataset shows that having $5,000 extra increased a person's chances of becoming happier by about 2 percent. But that the same data also show, as Fowler notes, that "Someone you don't know and have never met—the friend of a friend of a friend—can have a greater influence than hundreds of bills in your pocket."

Matéria no S.D. em 05/12/08

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O mar

Escuto os sons da maré quebrando ao longo de um mol de silício, a maré contida em torno de um continente, ido, ente, doente. Saindo da litosfera, pulando em um copo de NaCl, chego à panela de temperaturas estáveis, alto calor específico. Sol forte, água fria. Lua cheia, água morna. O mar. Enfim, aquele que reflete todos os audaciosos raios solares, lunares, interplanetares, imagine aquele átomo que não vemos, e que está lá, presente na tensão superficial de diversos átomos de hidrogênio e oxigênio., com seus amigos fótons, que interagem com os príons, virusóides, viróides, extrematólitos. A beleza dos organismos marinhos, que não temos frequente contato, não utilizamos nossos cinco sentidos, e portanto não aprendemos, desvalorizamos a maior parte do planeta. Planeta narcisista, notado pelo Belo, analisando os padrões crípticos temos singularidades, analogias, vistas por uns, despercebidas por outros, ó seres aposemáticos. Chegando aos trópicos, chegando logo após aos pólos, pulando no equador, correndo todos os dias paralelamente ao meridiano de Greenwich faço um corte transversal na simetria radial da Terra, ou não por ser oval e apresentar simetria bilateral, adentramos na quarta dimensão, logo saimos, não entendemos nada. Refletindo defronte ao mar, de costas ao pacífico. Pensamentos atlânticos.